O (a) trabalhador (a) terceirizado (a) em uma universidade pública: percepções sobre organização do trabalho e educação em saúde
Data
2020-05-11
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Labor relations have become increasingly fragile due to the outsourcing policies adopted in Brazil since the 1990s and enhanced over the recent years. As to Federal Public Universities, there is a constant reduction of funds for their operation, which has created an environment of insecurity in outsourced workers. This research aims to understand the work of the outsourced at Unifesp- Campus Baixada Santista regarding work conditions, processes, organization and work relationships and the influences on the worker’s health. It aims to identify the needs of these workers in health education and verify their expectations about the studies developed within the University where they work. The research has a qualitative focus and is formed by non-exhaustive observation of each outsourced service on the Campus, combined with the Discourse of the Collective Subject, carried out through semi-structured individual interviews with the workers. The study points out that the health of outsourced employees is negatively affected by the precariousness resulting from the outsourcing policies and the constant decline of financial resources given to Public Universities. The research revealed that the downsizing of outsourced personnel and the fear of unemployment worry workers and are causes of health compromise according to studies in the area. In addition, bad structural conditions and work organization were also found. Eventually, the research showed that outsourced workers are unfamiliar with what is developed at the University. Based on the obtained results, we propose meetings with different groups of the campus in order to promote the exchange of knowledge about work and health, as well as to bring these groups together.
As relações trabalhistas têm-se tornado cada vez mais frágeis em razão das políticas de terceirização adotadas no Brasil desde a década de 90 e intensificadas nos últimos anos. No caso das Universidades Públicas Federais, acrescenta-se a isso a constante redução de verbas para seu funcionamento, o que tem gerado uma atmosfera de insegurança nos trabalhadores terceirizados. A presente pesquisa visa compreender o trabalho dos terceirizados da Unifesp- Campus Baixada Santista no contexto das condições, processos, organização e relações de trabalho e as influências em sua saúde. Tem o intuito de identificar as necessidades desses trabalhadores em educação em saúde e levantar suas expectativas sobre compartilhamento dos saberes construídos dentro da Universidade em que atuam. A pesquisa tem enfoque qualitativo e é constituída pela observação assistemática do trabalho de cada serviço terceirizado do Campus, combinada com a Análise do Discurso do Sujeito Coletivo, realizada a partir de entrevistas individuais semiestruturadas com os trabalhadores. O estudo aponta que a saúde dos funcionários terceirizados é afetada negativamente diante da realidade da precarização decorrente das políticas de terceirização e do constante declínio dos recursos destinados ao financiamento da Universidade Pública. Percebeu-se que o enxugamento de pessoal terceirizado e a insegurança da permanência no emprego afligem os trabalhadores e são fatores de comprometimento da saúde segundo a literatura. Além disso, constataram-se também condições estruturais e de organização do trabalho não favoráveis à saúde do trabalhador. Por fim, verificou-se uma alienação desse grupo de trabalhadores quanto àquilo que é desenvolvido na Universidade. A partir dos resultados obtidos, propõem-se encontros com os diferentes grupos da comunidade acadêmica do Campus com a finalidade de promover o intercâmbio de saberes sobre trabalho e saúde, bem como aproximar esses grupos.
As relações trabalhistas têm-se tornado cada vez mais frágeis em razão das políticas de terceirização adotadas no Brasil desde a década de 90 e intensificadas nos últimos anos. No caso das Universidades Públicas Federais, acrescenta-se a isso a constante redução de verbas para seu funcionamento, o que tem gerado uma atmosfera de insegurança nos trabalhadores terceirizados. A presente pesquisa visa compreender o trabalho dos terceirizados da Unifesp- Campus Baixada Santista no contexto das condições, processos, organização e relações de trabalho e as influências em sua saúde. Tem o intuito de identificar as necessidades desses trabalhadores em educação em saúde e levantar suas expectativas sobre compartilhamento dos saberes construídos dentro da Universidade em que atuam. A pesquisa tem enfoque qualitativo e é constituída pela observação assistemática do trabalho de cada serviço terceirizado do Campus, combinada com a Análise do Discurso do Sujeito Coletivo, realizada a partir de entrevistas individuais semiestruturadas com os trabalhadores. O estudo aponta que a saúde dos funcionários terceirizados é afetada negativamente diante da realidade da precarização decorrente das políticas de terceirização e do constante declínio dos recursos destinados ao financiamento da Universidade Pública. Percebeu-se que o enxugamento de pessoal terceirizado e a insegurança da permanência no emprego afligem os trabalhadores e são fatores de comprometimento da saúde segundo a literatura. Além disso, constataram-se também condições estruturais e de organização do trabalho não favoráveis à saúde do trabalhador. Por fim, verificou-se uma alienação desse grupo de trabalhadores quanto àquilo que é desenvolvido na Universidade. A partir dos resultados obtidos, propõem-se encontros com os diferentes grupos da comunidade acadêmica do Campus com a finalidade de promover o intercâmbio de saberes sobre trabalho e saúde, bem como aproximar esses grupos.