Complicações nos períodos intra e pósoperatório de cirurgia de crânio eletiva e de urgência/emergência
Data
2013-03-27
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objectives: To evaluate the incidence of neurological and systemic complications, adverse events and mortality among patients undergoing an elective cranial surgery and urgent/emergency surgery during the intra and post-operative periods. Methods: This was a prospective study in patients, who underwent elective cranial surgery and urgent/emergency surgery, aged equal to or above 18 years, of both genders and were followed daily from the surgical procedure until hospital discharge or death. Results: 127 patients were included in the elective group, with a mean age of 49,2 years with 45,7% being men and 75 patients were in the urgent/emergency group, with a mean age of 51,5 years and 64% being men. In the intraoperative period, the incidence of neurological complications was 12,7% in the elective group and 63.5% in the urgent/emergency group (p<0.0001) and systemic complications was 95,4% in the elective group and 82,7% in the urgent/emergency group (p=0,017). Patients in the urgent/emergency group presented more intracranial hypertension (ICH) (p=0,001) and arterial hypotension was more frequent in the elective group (p=0,001). In the immediate post-operative period (POI) the incidence of neurological complications was 45,5% in the elective group and 52,9% in the urgent/emergency group (p=0,402); systemic complications was 98,3% in the elective group and 98,5% in the urgent/emergency group (p=1,000) and adverse events was 19,7% in the elective group and 9,3% in the urgent/emergency group (p=0,071). The patients in the elective group had more vomiting (p=0,010), pain (p=0,003) and loss of arterial catheter (p=0,047) and patients in the urgent/emergency group showed more ICH (p=0,013), anisocoria (p=0,002), use of vasoactive drugs (DVA) (p=0,001), abnormal potassium (p=0,022) and hyperthermia (p=0,026). In the post-operatively mediate (POM) the incidence of neurological complications was 71,7% in the elective group and 79,7% in the urgent/emergency group (p=0,241), systemic complications was 99,2% in the elective group and 98,6% in the urgent/emergency group (p=1,000) and adverse events was 72,4% in the elective group and 81,3% in the urgent/emergency group (p=0,176). The patients in the elective group presented more pain (p<0.001) and patients in urgent/emergency group presented more ICH (p=0,001), vasospasm (p=0,043), pupils with no fotomotora reaction (p=0,006), re-operation (p=0,046), hypotension (p=0,001), use of vasoactive drugs (p<0,001), bradycardia (p=0,001), tachycardia (p=0,033), cardiopulmonary arrest (p=0,001), gastric reflux (p=0,001), acute renal failure (p=0,014), potassium electrolyte abnormalities (p=0,001), calcium (p=0,008) and sodium (p=0,001), hypoglycemia (p=0,001), hyperthermia (p=0,002), pulmonary infection (p<0,001), loss of arterial catheter (p=0,001), loss of gastric cateter (p=0,037), loss of enteral tube (p=0,001) and pressure ulcers (p=0,001). The mortality rate was 5,5% in the elective surgery group and 26,7% in the urgent/emergency surgery group (p<0,001). Conclusions: In the intra-operative period, the patients in the urgent/emergency surgery group presented more neurological complications such as ICH. In POI, patients in the elective surgery group presented more systemic complications and adverse events and neurological complications were more frequent in patients in the urgent/emergency surgery group. In POM, the patients of the urgent/emergency surgery group presented more neurological and systemic complications, adverse events than the patients in the elective surgery group. Mortality was higher among patients undergoing surgery of the cranium in the urgent/emergency surgery group.
Objetivos: avaliar a incidência das complicações neurológicas, sistêmicas, eventos adversos e a mortalidade entre os pacientes submetidos à cirurgia de crânio eletiva e de urgência/emergência nos períodos intra e pós-operatório. Métodos: estudo prospectivo, em pacientes submetidos à cirurgia de crânio eletiva e de urgência/emergência, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e que foram acompanhados diariamente desde o procedimento cirúrgico até alta hospitalar ou óbito. Resultados: foram incluídos 127 pacientes do grupo eletiva, com idade média de 49,2 anos e 45,7% homens e 75 pacientes do grupo urgência/emergência, com idade média de 51,5 anos e 64% homens. No período intra-operatório, a incidência das complicações neurológicas foi de 12,7% no grupo eletiva e 63,5% no grupo urgência/emergência (p<0,0001) e das complicações sistêmicas foi de 95,4% no grupo eletiva e 82,7% no grupo urgência/emergência (p=0,017). Os pacientes do grupo urgência/emergência apresentaram mais hipertensão intracraniana (HIC) (p=0,001) e hipotensão arterial foi mais frequente no grupo eletiva (p=0,001). No pós-operatório imediato (POI) a incidência das complicações neurológicas foi de 45,5% no grupo eletiva e 52,9% no grupo urgência/emergência (p=0,402); das complicações sistêmicas foi de 98,3% no grupo eletiva e 98,5% no grupo urgência/emergência (p=1,000) e dos eventos adversos foi de 19,7% no grupo eletiva e 9,3% no grupo urgência/emergência (p=0,071). Os pacientes do grupo eletiva apresentaram mais vômitos (p=0,010), dor (p=0,003) e perda de cateter arterial (p=0,047) e os pacientes do grupo urgência/emergência apresentaram mais HIC (p=0,013), anisocoria (p=0,002), uso de drogas vasoativas (DVA) (p=0,001), alterações de potássio (p=0,022) e hipertermia (p=0,026). No pósoperatório mediato (POM) a incidência das complicações neurológicas foi de 71,7% no grupo eletiva e 79,7% no grupo urgência/emergência (p=0,241), das complicações sistêmicas foi de 99,2% no grupo eletiva e 98,6% no grupo urgência/emergência (p=1,000) e dos eventos adversos foi de 72,4% no grupo eletiva e 81,3% no grupo urgência/emergência (p=0,176). Os pacientes do grupo eletiva apresentaram mais dor (p<0,001) e os pacientes do grupo urgência/emergência apresentaram mais HIC (p=0,001), vasoespasmo (p=0,043), pupilas sem reação fotomotora (p=0,006), reoperação (p=0,046), hipotensão arterial (p=0,001), uso de DVA (p<0,001), bradicardia (p=0,001), taquicardia (p=0,033), parada cardiorrespiratória (p=0,001), refluxo gástrico (p=0,001), insuficiência renal aguda (p=0,014), alterações eletrolíticas de potássio (p=0,001), cálcio (p=0,008) e sódio (p=0,001), hipoglicemia (p=0,001), hipertermia (p=0,002), infecção pulmonar (p<0,001), perda de cateter arterial (p=0,001), perda de sonda gástrica (p=0,037), perda de sonda enteral (p=0,001) e úlcera por pressão (p=0,001). A taxa de mortalidade foi 5,5% no grupo cirurgia eletiva e 26,7% no grupo cirurgia de urgência/emergência (p<0,0001). Conclusões: no período intra-operatório os pacientes do grupo cirurgia urgência/emergência apresentaram mais complicações neurológicas, como HIC. No POI os pacientes do grupo cirurgia eletiva apresentaram mais complicações sistêmicas e eventos adversos e as complicações neurológicas foram mais frequentes nos pacientes do grupo cirurgia de urgência/emergência. No POM os pacientes do grupo cirurgia de urgência/emergência apresentaram mais complicações neurológicas, sistêmicas e eventos adversos do que os pacientes do grupo cirurgia eletiva. A mortalidade foi maior entre os pacientes submetidos à cirurgia do crânio de urgência/emergência.
Objetivos: avaliar a incidência das complicações neurológicas, sistêmicas, eventos adversos e a mortalidade entre os pacientes submetidos à cirurgia de crânio eletiva e de urgência/emergência nos períodos intra e pós-operatório. Métodos: estudo prospectivo, em pacientes submetidos à cirurgia de crânio eletiva e de urgência/emergência, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e que foram acompanhados diariamente desde o procedimento cirúrgico até alta hospitalar ou óbito. Resultados: foram incluídos 127 pacientes do grupo eletiva, com idade média de 49,2 anos e 45,7% homens e 75 pacientes do grupo urgência/emergência, com idade média de 51,5 anos e 64% homens. No período intra-operatório, a incidência das complicações neurológicas foi de 12,7% no grupo eletiva e 63,5% no grupo urgência/emergência (p<0,0001) e das complicações sistêmicas foi de 95,4% no grupo eletiva e 82,7% no grupo urgência/emergência (p=0,017). Os pacientes do grupo urgência/emergência apresentaram mais hipertensão intracraniana (HIC) (p=0,001) e hipotensão arterial foi mais frequente no grupo eletiva (p=0,001). No pós-operatório imediato (POI) a incidência das complicações neurológicas foi de 45,5% no grupo eletiva e 52,9% no grupo urgência/emergência (p=0,402); das complicações sistêmicas foi de 98,3% no grupo eletiva e 98,5% no grupo urgência/emergência (p=1,000) e dos eventos adversos foi de 19,7% no grupo eletiva e 9,3% no grupo urgência/emergência (p=0,071). Os pacientes do grupo eletiva apresentaram mais vômitos (p=0,010), dor (p=0,003) e perda de cateter arterial (p=0,047) e os pacientes do grupo urgência/emergência apresentaram mais HIC (p=0,013), anisocoria (p=0,002), uso de drogas vasoativas (DVA) (p=0,001), alterações de potássio (p=0,022) e hipertermia (p=0,026). No pósoperatório mediato (POM) a incidência das complicações neurológicas foi de 71,7% no grupo eletiva e 79,7% no grupo urgência/emergência (p=0,241), das complicações sistêmicas foi de 99,2% no grupo eletiva e 98,6% no grupo urgência/emergência (p=1,000) e dos eventos adversos foi de 72,4% no grupo eletiva e 81,3% no grupo urgência/emergência (p=0,176). Os pacientes do grupo eletiva apresentaram mais dor (p<0,001) e os pacientes do grupo urgência/emergência apresentaram mais HIC (p=0,001), vasoespasmo (p=0,043), pupilas sem reação fotomotora (p=0,006), reoperação (p=0,046), hipotensão arterial (p=0,001), uso de DVA (p<0,001), bradicardia (p=0,001), taquicardia (p=0,033), parada cardiorrespiratória (p=0,001), refluxo gástrico (p=0,001), insuficiência renal aguda (p=0,014), alterações eletrolíticas de potássio (p=0,001), cálcio (p=0,008) e sódio (p=0,001), hipoglicemia (p=0,001), hipertermia (p=0,002), infecção pulmonar (p<0,001), perda de cateter arterial (p=0,001), perda de sonda gástrica (p=0,037), perda de sonda enteral (p=0,001) e úlcera por pressão (p=0,001). A taxa de mortalidade foi 5,5% no grupo cirurgia eletiva e 26,7% no grupo cirurgia de urgência/emergência (p<0,0001). Conclusões: no período intra-operatório os pacientes do grupo cirurgia urgência/emergência apresentaram mais complicações neurológicas, como HIC. No POI os pacientes do grupo cirurgia eletiva apresentaram mais complicações sistêmicas e eventos adversos e as complicações neurológicas foram mais frequentes nos pacientes do grupo cirurgia de urgência/emergência. No POM os pacientes do grupo cirurgia de urgência/emergência apresentaram mais complicações neurológicas, sistêmicas e eventos adversos do que os pacientes do grupo cirurgia eletiva. A mortalidade foi maior entre os pacientes submetidos à cirurgia do crânio de urgência/emergência.
Descrição
Citação
PIRES, Ellen Maria de Campos. Complicações nos períodos intra e pósoperatório de cirurgia de crânio eletiva e de urgência/emergência. 2013. 111 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.