Utilização do ORC( Western Ontário Rotator Cuff Index) e ultrassonografia do ombro para avaliação de qualidade de vida de pacientes submetidos à osteossìntese do úmero com haste intramedular bloqueada com acesso anterógrado
Data
2018-03-20
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Background: This study evaluates the quality of life through the
WORC Protocol (Western Ontario Rotator Cuff Index --- Validated
for Brazil) for 5 different domains (Physical Symptoms, Sports /
Recreation, Work, Lifestyle, Emotions) from patients submitted to
humeral fractures fixation with antegrade locked intramedullary
nailing. The study demonstrates the consequences after the
implantation of the rotator cuff transfixation and helps in decision
making for treatments of these fractures. Methods: Search and Call of
patients (N=26) were submitted to Humerus Osteosynthesis with
Antegrade Locked Intramedullary Nailing for evaluation of the
quality of life through the WORC Protocol. Mann---Whitney test
was used to evaluate the association between numerical variables
(age, last surgery and quality of life scores) and the Chi---Square
and Fisher tests for the categorical variables (sex, laterality,
dominance, work leave). We used p <0.05 for significance. Results:
The overall WORC score was 82.75 ± 17.00 (Mean + SD) and was
not different considering sex, age and postoperative period.
Among the WORC domains, both Work and Sport / Recreation
Protocols were the most unfavorable factors in the evaluation of
patients, with a mean of 10.54 ± 9.00 and 7.36 ± 8.44, respectively.
Although not statistically significant, those who had the procedure on
the dominant side presented a lower quality of life score (78.1 ±18.9)
than those who had surgery on the non---dominant side (86.7 ± 13.9,
p = 0.20). Although non significant again, those who were away from
work had an overall lower quality of life score (69.2 ± 21.1) than those
who were not (85.9 ± 14.2, p = 0.10). Conclusions: Intramedullary nailing with antegrade access can be
used to treat fractures of thehumerus without compromising the
quality of life of patients. Although it is a safe implant option,
considerations for its indication regarding work return and sports or
recreational practices should be considered.
Introdução: As fraturas do úmero são frequentes, correspondendo a 3% de todas as fraturas nos adultos. Entretanto, a literatura permanece incerta sobre as opções de tratamento desta doença. Para as propostas cirúrgicas, os implantes mais comumente utilizados são as placas de autocompressão e as hastes intramedulares bloqueadas (HIB). Os trabalhos não demonstram diferenças significativas entre as taxas de consolidação destas fraturas com a utilização desses implantes. Entretanto, foram atribuídas às hastes umerais com acesso anterógrado maiores queixas de dor residual, limitação do arco de movimento e impacto subacromial no ombro. As causas foram relacionadas à transfixação do Manguito Rotador para colocação do implante. Objetivo: Avaliar por Protocolo de Qualidade de Vida e exames de Ultrassonografia as consequências da transfixação do manguito rotador em pacientes submetidos à fixação de fraturas do úmero com HIB com acesso cirúrgico anterógrado no ombro. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo com coleta de dados prospectiva de 26 pacientes submetidos à osteossíntese do úmero com HIB com acesso anterógrado. Na avaliação, foi utilizado o Protocolo WORC (Western Ontário Rotator Cuff Índex – Validado para o Brasil) em seus diferentes domínios (Sintomas Físicos, Esportes/Recreação, Trabalho, Estilo de Vida e Emoções). Os resultados do protocolo foram correlacionados com os achados da ultrassonografia do ombro submetido ao acesso cirúrgico. Resultados: A média da pontuação geral do Protocolo WORC foi de 82,7±16,7, e não foi diferente considerando sexo, idade e tempo pósoperatório. Entre os domínios que compõem o Protocolo de Avaliação de Qualidade de Vida, Trabalho e Esporte/Recreação, mostraram-se como os fatores mais desfavoráveis, seguidos por Sintomas Físicos, Estilo de Vida e Emoções. Quem teve o procedimento realizado do mesmo lado da dominância, ou estava afastado do trabalho, também apresentou resultado geral de qualidade de vida comparativamente menor. Não se verificaram diferenças relevantes nas médias finais do protocolo WORC entre os grupos de participantes que apresentavam lesão do manguito rotador diagnosticados por ultrassonografia do ombro, sobre os que não apresentavam. Conclusões: O Protocolo de Qualidade de Vida WORC (Western Ontário Rotator Cuff Índex– Validado para o Brasil) mostra bons resultados na avaliação de pacientes submetidos à osteossíntese do úmero com hastes intramedulares com acesso cirúrgico anterógrado. Trabalho e Esporte/Recreação, embora com bons resultados, podem ser domínios considerados críticos para indicação das hastes intramedulares no tratamento de certos pacientes. A pontuação final da qualidade de vida (WORC) não foi influenciada pelos resultados encontrados no exame de ultrassonografia pós operatória.
Introdução: As fraturas do úmero são frequentes, correspondendo a 3% de todas as fraturas nos adultos. Entretanto, a literatura permanece incerta sobre as opções de tratamento desta doença. Para as propostas cirúrgicas, os implantes mais comumente utilizados são as placas de autocompressão e as hastes intramedulares bloqueadas (HIB). Os trabalhos não demonstram diferenças significativas entre as taxas de consolidação destas fraturas com a utilização desses implantes. Entretanto, foram atribuídas às hastes umerais com acesso anterógrado maiores queixas de dor residual, limitação do arco de movimento e impacto subacromial no ombro. As causas foram relacionadas à transfixação do Manguito Rotador para colocação do implante. Objetivo: Avaliar por Protocolo de Qualidade de Vida e exames de Ultrassonografia as consequências da transfixação do manguito rotador em pacientes submetidos à fixação de fraturas do úmero com HIB com acesso cirúrgico anterógrado no ombro. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo com coleta de dados prospectiva de 26 pacientes submetidos à osteossíntese do úmero com HIB com acesso anterógrado. Na avaliação, foi utilizado o Protocolo WORC (Western Ontário Rotator Cuff Índex – Validado para o Brasil) em seus diferentes domínios (Sintomas Físicos, Esportes/Recreação, Trabalho, Estilo de Vida e Emoções). Os resultados do protocolo foram correlacionados com os achados da ultrassonografia do ombro submetido ao acesso cirúrgico. Resultados: A média da pontuação geral do Protocolo WORC foi de 82,7±16,7, e não foi diferente considerando sexo, idade e tempo pósoperatório. Entre os domínios que compõem o Protocolo de Avaliação de Qualidade de Vida, Trabalho e Esporte/Recreação, mostraram-se como os fatores mais desfavoráveis, seguidos por Sintomas Físicos, Estilo de Vida e Emoções. Quem teve o procedimento realizado do mesmo lado da dominância, ou estava afastado do trabalho, também apresentou resultado geral de qualidade de vida comparativamente menor. Não se verificaram diferenças relevantes nas médias finais do protocolo WORC entre os grupos de participantes que apresentavam lesão do manguito rotador diagnosticados por ultrassonografia do ombro, sobre os que não apresentavam. Conclusões: O Protocolo de Qualidade de Vida WORC (Western Ontário Rotator Cuff Índex– Validado para o Brasil) mostra bons resultados na avaliação de pacientes submetidos à osteossíntese do úmero com hastes intramedulares com acesso cirúrgico anterógrado. Trabalho e Esporte/Recreação, embora com bons resultados, podem ser domínios considerados críticos para indicação das hastes intramedulares no tratamento de certos pacientes. A pontuação final da qualidade de vida (WORC) não foi influenciada pelos resultados encontrados no exame de ultrassonografia pós operatória.