Representações docentes sobre alunos indígenas e as implicações da Lei 11.645/2008
Data
2019-05-28
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
From the interviews of six History teachers from two municipal schools in the TI Jaragua surrounding area carried out in the first half of 2018, this paper seeks to understand how the representations that these teachers have of the indigenous populations as a whole impact their pedagogical practices, both in terms of approaches in Indigenous History and in terms of integrating the diverse identities of students in the everyday classroom because, since 2008, we have a Law (11.645 / 2008) that makes the teaching of Indigenous History compulsory and also given the peculiarity of having indigenous students who are enrolled in the schools where the interviewees teach. In this sense, we are theoretically based on Henri Lefebvre's elaborations on Theory of Representations, on the concept of school culture by Dominique Julia (2001), on the ideas of Eliana Monteiro (2011) on the use of the study of ethnographic character as a way of approaching school cultures and working methodologies with oral sources discussed by Michael Pollak (1992) and Alessandro Portelli (1997) to look beyond the first layer of teacher reports. Based on the interviews and the brief ethnographic study, we were able to discuss issues such as the appropriation by teachers interviewed of the debates about the SME / SP curricular construction movement (between the years 2013-2016), the impact of Law 11.645 / 2008 on teaching approaches in relation to Indigenous History and visibility or invisibility of indigenous identities in everyday school.
A partir das entrevistas de três professoras e três professores de História de duas escolas municipais do entorno da TI Jaraguá/SP realizadas no primeiro semestre de 2018, este trabalho busca compreender de que maneira as representações que estes docentes têm das populações indígenas como um todo impactam suas práticas pedagógicas, tanto em termos de abordagens da História Indígena quanto em termos de integração das diversas identidades dos alunos no cotidiano da sala de aula à medida que, desde 2008, temos uma Lei (11.645/2008) que torna o ensino da História Indígena obrigatório e também dada a peculiaridade de haver alunos indígenas que estão matriculados nas escolas onde os entrevistados lecionam. Neste sentido, apoiamo-nos teoricamente nas elaborações de Henri Lefebvre no que diz respeito a Teoria das Representações, no conceito de cultura escolar de Dominique Julia (2001), nas ideias de Eliana Monteiro (2011) sobre o uso do estudo de caráter etnográfico como forma de aproximação das culturas escolares e das metodologias de trabalho com fontes orais discutidas por Michael Pollak (1992) e Alessandro Portelli (1997) para olhar além da primeira camada dos relatos dos professores. Baseados nas entrevistas e no breve estudo de caráter etnográfico, pudemos discutir questões como a apropriação pelos docentes entrevistados dos debates em torno do movimento de construção curricular da SME/SP (ocorrido entre os anos de 2013-2016), o impacto da Lei 11.645/2008 sobre as abordagens docentes em relação a História Indígena e visibilidade ou invisibilidade das identidades indígenas no cotidiano escolar.
A partir das entrevistas de três professoras e três professores de História de duas escolas municipais do entorno da TI Jaraguá/SP realizadas no primeiro semestre de 2018, este trabalho busca compreender de que maneira as representações que estes docentes têm das populações indígenas como um todo impactam suas práticas pedagógicas, tanto em termos de abordagens da História Indígena quanto em termos de integração das diversas identidades dos alunos no cotidiano da sala de aula à medida que, desde 2008, temos uma Lei (11.645/2008) que torna o ensino da História Indígena obrigatório e também dada a peculiaridade de haver alunos indígenas que estão matriculados nas escolas onde os entrevistados lecionam. Neste sentido, apoiamo-nos teoricamente nas elaborações de Henri Lefebvre no que diz respeito a Teoria das Representações, no conceito de cultura escolar de Dominique Julia (2001), nas ideias de Eliana Monteiro (2011) sobre o uso do estudo de caráter etnográfico como forma de aproximação das culturas escolares e das metodologias de trabalho com fontes orais discutidas por Michael Pollak (1992) e Alessandro Portelli (1997) para olhar além da primeira camada dos relatos dos professores. Baseados nas entrevistas e no breve estudo de caráter etnográfico, pudemos discutir questões como a apropriação pelos docentes entrevistados dos debates em torno do movimento de construção curricular da SME/SP (ocorrido entre os anos de 2013-2016), o impacto da Lei 11.645/2008 sobre as abordagens docentes em relação a História Indígena e visibilidade ou invisibilidade das identidades indígenas no cotidiano escolar.