O abrigo poético de Brígida Baltar: um inventário para experiências político-poéticas do habitar e criar

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2023-06-30
Autores
Medeiros, Débora Fernandes [UNIFESP]
Orientadores
Ferreira, Carolin Overhoff [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Abrigo poético é uma ação inventariante da vasta produção artística de Brígida Baltar em sua casa-ateliê. O acervo se revela como objeto de análise desta dissertação e é material referencial para três experiências arte-educativas. O objetivo em pesquisar esse acervo se dá pelas relações entre o processo de criação da artista e as possibilidades que permitem inscrever suas obras no domínio da casa através dos sentidos de habitar e criar, bem como se faz pertinente enquanto material educativo. O primeiro capítulo enfoca a produção visual de Baltar como um inventário, dividido em quatro partes: o habitar e o criar como consubstancia de um abrigo poético; o tijolo-estrutura enquanto materialidade potente; a transformação do habitar e a reelaboração do criar através da mudança de casa em 2005; e o refundar do abrigo poético em tempos de pandemia. Os estudos sobre o habitar são refletidos a partir de Marion Segaud (2016). A dimensão do criar ancora-se nos escritos de Fayga Ostrower (1987) e de Cecília Salles (2004). O segundo capítulo expressa as Experiências político-poéticas do habitar e criar, um ciclo de oficinas artísticas realizadas com grupos de mulheres mães, jovens e crianças no Observatório Popular da Cidade do Anjo (OPOCA) na cidade de São Miguel Arcanjo/SP em 2021. Como um movimento que contempla a mediação da obra de Baltar, processos colaborativos, comunidades experimentais e intervenções artísticas em espaço cultural coletivo, e a fim de destacar os modos com que a arte contemporânea partilha percepções que agem na produção de uma memória coletiva sensível, crítica e política, as proposições refletem a premissa de um comprometimento com as relações sociais numa Arte Socialmente Engajada, como sugere Pablo Helguera (2011), relacionam-se, para mais, com as Artes de Abrir Espaços de Julia Ruiz Di Giovanni (2015) e a noção de Experiência proposta por Jorge Larrosa (2017). O terceiro e último capítulo reflete o percurso investigativo de mestrado como produção a/r/tográfica, isto é, um estudo que une pesquisa teórica, atuação educacional e criação de arte, características de uma pesquisa viva que propõe Contiguidade, Aberturas, Metáfora/Metonímia e Reverberações, princípios formulados por Rita L. Irwin (2013).
Descrição
Citação
Medeiros, Débora Fernandes. O abrigo poético de Brígida Baltar: um inventário para experiências político-poéticas do habitar e criar. Dissertação (Mestrado em História da Arte) - Universidade Federal de São Paulo. Guarulhos, 2023.