Milícia, forma regional do Estado: produção do espaço e dos inimigos na formação da Liga da Justiça (Zona Oeste, Rio de Janeiro)
dc.contributor.advisor | Prieto, Gustavo Francisco Teixeira [UNIFESP] | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/2535677142724245 | |
dc.contributor.author | Pompeu, Thiago Pinho [UNIFESP] | |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/4967989605253964 | |
dc.coverage.spatial | São Paulo | |
dc.date.accessioned | 2024-10-03T13:27:21Z | |
dc.date.available | 2024-10-03T13:27:21Z | |
dc.date.issued | 2024-09-19 | |
dc.description.abstract | A partir da leitura crítica de reportagens selecionadas em edições dos Jornais de Bairro O Globo - Zona Oeste, a pesquisa busca observar as conexões entre autoritarismo, conservadorismo e a ascensão da milícia Liga da Justiça, investigando a influência destas relações na produção do espaço nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, subúrbios da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. O período de análise é marcado pela promulgação da Constituição Federal de 1988, a eleição do líder da milícia para o cargo de vereador em 2000, e a sua prisão em 2007, decorrente das acusações feitas ao político-miliciano no âmbito da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Observando a criação do grupo paramilitar a partir da narrativa miliciana de auto-organização dos moradores e policiais do bairro contra a criminalidade, a institucionalização da Liga da Justiça é interpretada como um processo extremo de militarização da vida urbana que se relaciona à contaminação miliciana no Estado, à economia do crime no Rio de Janeiro e a um processo violento de urbanização. A análise dos artigos selecionados identificou variáveis de personalidade que, segundo o estudo A Personalidade Autoritária (Adorno, 1950), estão “correlacionados com a concepção de indivíduos potencialmente fascistas”. A partir da análise dos textos, a pesquisa traça conexões entre a produção jornalística e outras formas de produção material, apontando para a relação do jornal com fontes, anunciantes e outros atores, e relacionando essas produções com a produção social do espaço e também com a produção coletiva de pessoas e lugares considerados “inimigos” ou “ameaças” ao ordenamento “natural” dos bairros em estudo. Nesse esforço identificam-se os conflitos relacionados ao domínio de serviços públicos e de atividades econômicas no território à época, demonstrando como a milícia Liga da Justiça se institucionalizou como um desdobramento regional do Estado na Zona Oeste do Rio de Janeiro executando a gestão diferenciada dos ilegalismos e regulando as fronteiras do legal e do ilegal pelo monopólio do uso do poder estatal. | |
dc.emailadvisor.custom | gustavo.prieto@unifesp.br | |
dc.format.extent | 87 f. | |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/11600/72108 | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Federal de São Paulo | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | |
dc.subject | Militarização urbana | |
dc.subject | Estado miliciano | |
dc.subject | Economia do crime | |
dc.subject | Violência da urbanização | |
dc.subject | Espaço e poder | |
dc.title | Milícia, forma regional do Estado: produção do espaço e dos inimigos na formação da Liga da Justiça (Zona Oeste, Rio de Janeiro) | |
dc.type | info:eu-repo/semantics/bachelorThesis | |
unifesp.campus | Instituto das Cidades (IC) | |
unifesp.graduacao | Geografia |
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