Influência dos polimorfismos Msp I e Sst I das apolipoproteínas AI e CIII e Taq 1B da proteína de transferência do éster de colesterol no perfil lipídico e infarto do miocárdio em diabéticos e não diabéticos

Data
2003
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Determinar a prevalencia de alguns polimorfismos de potencial agravo a dislipidemia de diabeticos e verificar a associacao destes com a prevalencia de infarto do miocardio (IM). O estudo ainda objetivou o exame dos fatores de risco, variaveis lipidicas e eletrocardiograficas na populacao estudadas. Metodos: Estudo do tipo caso e controle com 119 pacientes diabeticos e 100 nao diabeticos, de ambos os sexos, pareados por idade, e com aproximadamente a metade dos individuos com antecedente de infarto do miocardio. Apos visita clinica, realizacao de eletrocardiograma e coleta de sangue, fora dosado perfil lipidico, investigado polimorfismos geneticos das apolipoproteinas AI e CIII (Msp I e Sst I, respectivamente) e da proteina de transferencia do ester de colesterol (Taq 113) e calculado o risco absoluto para doenca arterial coronariana segundo o escore de Framingham. Resultados: O genotipo M1++ da apo AI associara-se ao diabetes melito (p<0,05 diabeticos vs. nao diabeticos), mas nao ao IM. O polimorfismo Sstl da apo CIII nao se associara ao diabetes melito ou ao IM. Entretanto, o alelo 131 da CETP associara-se ao infarto do miocardio (p<0,05 infartados vs. nao infartados) e ao diabetes melito (p<0,001 diabeticos vs. nao diabeticos). Das frequencias genotipicas estudadas, apenas a do polimorfismo Taq IB da CETP nao estivera em equilibrio de HardyWeinberg. Os classicos fatores de risco para a doenca coronariana foram mais prevalentes nos diabeticos infartados em relacao aos nao diabeticos, observando-se com base no escore de Framingham, maior risco absoluto (diabeticos infartados vs. nao diabeticos, p<0,001). Pacientes diabeticos ou infartados apresentaram menores valores para o HDL-c (p<0,05 vs. nao diabeticos sem IM). Maior trigliceridemia fora observada para os individuos diabeticos com IM (p<0,05 vs nao infartados ou nao diabeticos). Maior prevalencia de sobrecarga atrial e ventricular esquerdas fora observada entre os diabeticos com IM (p<0,05 vs. nao diabeticos). Conclusoes: Os polimorfismos Msp I da apo AI e Taq IB da CETP associaram-se ao diabetes melito, sendo este ultimo tambem relacionado a ocorrencia do IM. A agregacao de fatores de risco classicos, incluindo-se sinais eletrocardiograficos de sobrecarga de camaras identificou os individuos diabeticos infartados, que ainda apresentaram o maior risco absoluto de eventos coronarianos com base no escore de Framingham
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2003. 84 p.