Pacientes com lesões traumáticas decorrentes de acidentes de trânsito: análise do tempo de permanência na sala de emergência
Data
2019-04-25
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objectives: To characterize patients with traumatic injuries due to traffic accidents admitted to emergency room (ER), analyze the length of ER stay up to the referral to operating room, intensive care unit (ICU), or hospital wards, and verify the association of length of ER stay with age, gender, type of traffic accident, day period of incident, type of prehospital care (PHC), amount of computed tomography (CT) scan undertaken, time up to cranial CT, number of specialists, injury and trauma severity, length of hospital and ICU stay, complications, type of hospital discharge, recovery after hospital discharge, and readmission. Method: Prospective cohort study for the follow-up of patients with traumatic injuries due to traffic accidents, since their admission into the ER up six months after hospital discharge. Data from patients admitted to ER due to traffic accidents aged more 14 years old in 2015 were included in the sample. Kruskal-Wallis, Chi-square, or likelihood-ratio tests were used to observe the association between length of ER stay and study variables, considering a 5% significance level and a 95% confidence interval. Results: The sample included 327 patients of which 82% were men, mean age was 34 years, primarily (58.7%) affected by motorcycle accidents, 97.2% suffered minor, moderate, and serious injuries. The length of ER stay mean was 4.8 hours. The longest length of ER stay was associated with the time for undertaking cranial CT scan (p=0.0039), trauma severity (anatomical p=0.0056 and physiological p=0.0141), and complications (p=0.0241). Among those who stayed in the ER for up to two hours, the highest percentage (37.1%) was referred to the green sector (p<0.0001), and was associated with motorcycle accidents (p=0.0147) and basic support (p=0.0478). Conclusion: The length of ER stay of patients with traffic accident injuries was 4,8 hours in average. It was associated with factors indicating trauma severity. Severe patients were observed in longer ER time intervals than those with lesser severity. Considering the high demand of patients in emergency department and for the therapeutic and monitoring needs of critically ill patients to be met at a time and place appropriate to their conditions, the organization of hospitalized patient flow should be part of health public service management agenda.
Objetivos: Caracterizar os pacientes com lesões traumáticas decorrentes de acidente de trânsito atendidos na sala de emergência (SE), analisar o tempo de permanência na SE até o encaminhamento ao centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva (UTI) ou demais unidades de internação e verificar a associação do tempo de permanência na SE com as variáveis idade, sexo, tipo de acidente de trânsito, tipo de APH, período do dia, quantidade de tomografia computadorizada (TC) realizada, realização de TC de crânio, tempo até TC de crânio, quantidade de especialistas, gravidade da lesão e do trauma, tempo de internação hospitalar e na UTI, ocorrência de complicações, tipo de saída hospitalar, recuperação após alta hospitalar e reinternação. Método: Estudo tipo coorte prospectiva para seguimento de pacientes com lesões traumáticas decorrentes de acidente de trânsito, desde a admissão no pronto-socorro até seis meses após alta hospitalar. Os dados de pacientes atendidos na SE devido a acidente de trânsito, com idade acima de 14 anos, no ano de 2015 foram incluídos na amostra. Para verificar a associação entre tempo de permanência na SE e as variáveis do estudo, utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis, teste de Qui-quadrado ou a Razão de Verossimilhança, considerando o nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: A amostra foi composta por 327 pacientes, sendo 82% do sexo masculino e média de idade de 34 anos, acometidos principalmente (58,7%) pelo acidente motociclístico, com lesões predominantemente (97,2%) de gravidade leve, moderada e séria. A média do tempo de permanência na SE foi de 4,8 horas. O tempo de permanência na SE mais longo associou-se ao tempo para execução da TC de crânio (p=0,0039), gravidade do trauma (anatômica p=0,0056 e fisiológica p=0,0141) e complicações (p=0,0241). Entre os que permaneceram na SE até 2 horas, o maior percentual (37,1%) foi encaminhado ao setor Verde (p<0,0001) e relacionou-se aos acidentes motociclísticos (p=0,0147) e atendimento pelo suporte básico (p=0,0478). Conclusão: Os pacientes com lesões traumáticas decorrentes de acidentes de trânsito deste estudo permaneceram em média 4,8 horas na SE. O tempo na SE associou-se aos fatores indicativos de gravidade do trauma. Nos intervalos mais demorados, foram observados pacientes de maior gravidade; nos menos demorados, os de menor gravidade. Considerando a elevada demanda de pacientes nos serviços de emergência e para que as necessidades terapêuticas e de monitorização do paciente grave possam ser atendidas em momento e local apropriado às suas condições, a organização do fluxo de pacientes hospitalizados deve compor a agenda da gestão pública dos serviços de saúde.
Objetivos: Caracterizar os pacientes com lesões traumáticas decorrentes de acidente de trânsito atendidos na sala de emergência (SE), analisar o tempo de permanência na SE até o encaminhamento ao centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva (UTI) ou demais unidades de internação e verificar a associação do tempo de permanência na SE com as variáveis idade, sexo, tipo de acidente de trânsito, tipo de APH, período do dia, quantidade de tomografia computadorizada (TC) realizada, realização de TC de crânio, tempo até TC de crânio, quantidade de especialistas, gravidade da lesão e do trauma, tempo de internação hospitalar e na UTI, ocorrência de complicações, tipo de saída hospitalar, recuperação após alta hospitalar e reinternação. Método: Estudo tipo coorte prospectiva para seguimento de pacientes com lesões traumáticas decorrentes de acidente de trânsito, desde a admissão no pronto-socorro até seis meses após alta hospitalar. Os dados de pacientes atendidos na SE devido a acidente de trânsito, com idade acima de 14 anos, no ano de 2015 foram incluídos na amostra. Para verificar a associação entre tempo de permanência na SE e as variáveis do estudo, utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis, teste de Qui-quadrado ou a Razão de Verossimilhança, considerando o nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: A amostra foi composta por 327 pacientes, sendo 82% do sexo masculino e média de idade de 34 anos, acometidos principalmente (58,7%) pelo acidente motociclístico, com lesões predominantemente (97,2%) de gravidade leve, moderada e séria. A média do tempo de permanência na SE foi de 4,8 horas. O tempo de permanência na SE mais longo associou-se ao tempo para execução da TC de crânio (p=0,0039), gravidade do trauma (anatômica p=0,0056 e fisiológica p=0,0141) e complicações (p=0,0241). Entre os que permaneceram na SE até 2 horas, o maior percentual (37,1%) foi encaminhado ao setor Verde (p<0,0001) e relacionou-se aos acidentes motociclísticos (p=0,0147) e atendimento pelo suporte básico (p=0,0478). Conclusão: Os pacientes com lesões traumáticas decorrentes de acidentes de trânsito deste estudo permaneceram em média 4,8 horas na SE. O tempo na SE associou-se aos fatores indicativos de gravidade do trauma. Nos intervalos mais demorados, foram observados pacientes de maior gravidade; nos menos demorados, os de menor gravidade. Considerando a elevada demanda de pacientes nos serviços de emergência e para que as necessidades terapêuticas e de monitorização do paciente grave possam ser atendidas em momento e local apropriado às suas condições, a organização do fluxo de pacientes hospitalizados deve compor a agenda da gestão pública dos serviços de saúde.