Estudo da resposta inflamatória em pacientes com epilepsia e hipertrofia gengival por uso de DAEs após terapia com laser de diodo
Data
2017-01-31
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Epilepsy affects around 70 million people representing an important public health issue and its treatment implies appropriate seizures control with minimal adverse effects. The treatment is done with the antiepileptic drugs (AEDs), being the most used, carbamazepine (CBZ), phenytoin (PHT) and valproic acid (VPA) causing gingival enlargement (GE). PHT is related to HG around 50% of patients who needs odontology treatment. Objectives: This study evaluated the effectiveness of laser therapy in the treatment of GE by use of AEDs, after conventional periodontal treatment in a group of patients with hard-to-control epilepsy with polytherapy, using clinical indexes to verify reduction of GE after the dental treatment and dosage of inflammatory mediators throughout the salivary treatment. Methods: Fifteen patients were selected between 17 and 60 years old who made continuous use of AEDs for more than twelve months without periodontal treatment for at least six months and who had moderate to severe GE. Eleven patients received, in addition to the conventional treatment, laser therapy in selected parameters and constituted 0.5 Joule and groups 1.0 Joule of energy applied to each session. The other four patients received only basic periodontal treatment and composed the placebo group. To quantify the GE was used the index of Seymour, and the dimensions of the gingival papillae were measured in millimeters on plaster models, before and after the proposed protocol, using a precision caliper. Results: The papillae inferior responded favorably to the clinical protocol, and the 1.0 J presented better results compared to 0.5 J protocol and relation to the placebo group. The index of Seymour showed that there were no statistically significant differences between the groups and even between the observation periods (before and after). It has been found that even patients in the placebo group, who received only basic periodontal therapy with oral hygiene instructions, have improved the clinical conditions, with a decrease of bleeding, edema and inflammatory conditions, indicating that the basic periodontal procedures should be applied in all conditions regardless of laser therapy for the improvement of the clinical conditions. Conclusion: The study leads to conclude the existence of important benefits to patients receiving laser therapy when compared with the placebo group, because the reduction in gingival dimension and rise reducing the inflammatory clinical standards. It was concluded that the dose of 1.0 J is more effective. Despite the conclusions favorable to the adoption of laser therapy in cases of GE studied, in some severe cases surgical intervention was required, in addition to the application of the dose of 1.0 J.
A epilepsia afeta aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo tornando-se uma importante questão de saúde pública e o seu tratamento implica em adequado controle das crises com um mínimo de efeitos adversos. O tratamento é feito com as drogas antiepilépticas (DAEs) sendo as mais utilizadas, a carbamazepina (CBZ), a fenitoína (PHT) e o valproato (VPA) provocando hipertrofia gengival (HG). A PHT está relacionada com HG em torno de 50 % dos pacientes necessitando submetê-los a tratamento odontológico. Objetivos: Este estudo avaliou a eficácia da laserterapia no tratamento da HG por uso de DAEs, após tratamento periodontal convencional em um grupo de pacientes com epilepsia de difícil controle em regime de politerapia, utilizando índices clínicos para verificação da redução da HG após o tratamento odontológico e dosagens de mediadores inflamatórios salivares ao longo do tratamento. Métodos: Foram selecionados quinze pacientes entre 17 e 60 anos que faziam uso contínuo de DAEs há mais de doze meses, sem tratamento periodontal há pelo menos seis meses e que apresentavam HG de grau moderado a grave. Onze pacientes receberam, além do tratamento convencional, a laserterapia nos parâmetros selecionados e constituíram os grupos de 0,5 Joule e 1,0 Joule de energia aplicada a cada sessão. Os outros quatro pacientes só receberam o tratamento periodontal básico e compuseram o grupo placebo. Para quantificar a HG foi utilizado o índice de Seymour e as dimensões das papilas gengivais foram medidas em milímetros em modelos de gesso, antes e depois do protocolo proposto, com o uso de um paquímetro de precisão. Resultados: As papilas inferiores responderam favoravelmente ao protocolo clínico, sendo que a laserterapia de 1,0 J apresentou melhores resultados em relação ao protocolo de 0,5 J ou em relação ao grupo placebo. O índice de Seymour mostrou que não houve diferenças estatisticamente significantes nem entre os grupos e nem entre os períodos de observação (pré e pós). Foi constatado que mesmo os pacientes do grupo placebo, que receberam somente a terapia periodontal básica com instruções de higiene oral, melhoraram as condições clínicas, com diminuição do sangramento, do edema e das condições inflamatórias, indicando que os procedimentos periodontais básicos devem ser aplicados em todas as condições independentemente da laserterapia para a melhora do quadro clínico verificado. Conclusão: Os pacientes que receberam a laserterapia quando comparados com o grupo placebo foram beneficiados, pois ocorreu a diminuição do aumento gengival e a diminuição dos padrões inflamatórios clínicos. Concluiu-se também que a dose de 1,0 J é mais efetiva. Apesar das conclusões favoráveis à adoção da laserterapia nos casos de HG estudados, em alguns casos mais graves foi necessária a intervenção cirúrgica, além da aplicação da dose de 1,0 J.
A epilepsia afeta aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo tornando-se uma importante questão de saúde pública e o seu tratamento implica em adequado controle das crises com um mínimo de efeitos adversos. O tratamento é feito com as drogas antiepilépticas (DAEs) sendo as mais utilizadas, a carbamazepina (CBZ), a fenitoína (PHT) e o valproato (VPA) provocando hipertrofia gengival (HG). A PHT está relacionada com HG em torno de 50 % dos pacientes necessitando submetê-los a tratamento odontológico. Objetivos: Este estudo avaliou a eficácia da laserterapia no tratamento da HG por uso de DAEs, após tratamento periodontal convencional em um grupo de pacientes com epilepsia de difícil controle em regime de politerapia, utilizando índices clínicos para verificação da redução da HG após o tratamento odontológico e dosagens de mediadores inflamatórios salivares ao longo do tratamento. Métodos: Foram selecionados quinze pacientes entre 17 e 60 anos que faziam uso contínuo de DAEs há mais de doze meses, sem tratamento periodontal há pelo menos seis meses e que apresentavam HG de grau moderado a grave. Onze pacientes receberam, além do tratamento convencional, a laserterapia nos parâmetros selecionados e constituíram os grupos de 0,5 Joule e 1,0 Joule de energia aplicada a cada sessão. Os outros quatro pacientes só receberam o tratamento periodontal básico e compuseram o grupo placebo. Para quantificar a HG foi utilizado o índice de Seymour e as dimensões das papilas gengivais foram medidas em milímetros em modelos de gesso, antes e depois do protocolo proposto, com o uso de um paquímetro de precisão. Resultados: As papilas inferiores responderam favoravelmente ao protocolo clínico, sendo que a laserterapia de 1,0 J apresentou melhores resultados em relação ao protocolo de 0,5 J ou em relação ao grupo placebo. O índice de Seymour mostrou que não houve diferenças estatisticamente significantes nem entre os grupos e nem entre os períodos de observação (pré e pós). Foi constatado que mesmo os pacientes do grupo placebo, que receberam somente a terapia periodontal básica com instruções de higiene oral, melhoraram as condições clínicas, com diminuição do sangramento, do edema e das condições inflamatórias, indicando que os procedimentos periodontais básicos devem ser aplicados em todas as condições independentemente da laserterapia para a melhora do quadro clínico verificado. Conclusão: Os pacientes que receberam a laserterapia quando comparados com o grupo placebo foram beneficiados, pois ocorreu a diminuição do aumento gengival e a diminuição dos padrões inflamatórios clínicos. Concluiu-se também que a dose de 1,0 J é mais efetiva. Apesar das conclusões favoráveis à adoção da laserterapia nos casos de HG estudados, em alguns casos mais graves foi necessária a intervenção cirúrgica, além da aplicação da dose de 1,0 J.