Efeito dos níveis de vitamina e exercício físico no desempenho físico e funcional de idosas ativas após suplementação com colecalciferol
Data
2019-06-06
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: The practice of physical exercise is widely recommended and does not consider 25(OH)D serum levels in part because it is not conclusive if there is interaction between them and if there is any effect of this possible interaction. The maintenance of functional capacity is very important for functional independence in older people, and may depend on a better result of the practice of physical exercise. Therefore, identifying factors that may improve the outcome of this practice, such as serum 25(OH)D levels, is relevant for achieving active aging. Objective: To study the interaction of 25(OH)D with physical exercise and its effect on muscular strength and body balance of independent elderly women living in the community. Methods: Group intervention trial. We evaluated 345 elderly women aged ≥ 60 years (67 ± 5 years), practitioners of physical exercise for at least one year at the Sports and Cultural Center of Social Service of Commerce - Santana / SP (Sesc). We compared 146 practitioners of Aquatic training (AT); 99 elderly women practicing Multifunctional Fitness (MF); and 100 elderly women who did not practice supervised exercise, who were classified as sedentary (control - CT), by the international questionnaire of physical activity. In each group, the elderly women with levels of 25(OH)D below the median of the respective group were supplemented with cholecalciferol, 21,000 IU / week for 12 months. All the elderly women performed at the beginning and at the end of 12 months the following physical, functional and biochemical tests: 2 min step test (2MST); Timed Up-and- Go (TUG), Chair stand in 30 seconds (CS), Hand Grip, right and left arm (HGR and HGL), Arm Curl (AC), Functional Reach test (FR), Unipedal Balance with Visual Control (UB),Hip flexor muscle strength with portable dynamometer (HF) and knee extensors (KE), serum 25(OH)D, intact parathyroid hormone (PTH) and others. The Body Mass Index (BMI) was also calculated and Bone Densitometry (DXA) was performed. Comparison of the baseline data was performed by the univariate General Linear Model (GLM). For treatment analysis GLM was used for repeated measures, considering the level of significance α <0.05. Results: The supplementation significantly increased the levels of 25(OH)D in the ATS (pre: 12.06 ± 2.64; post: 39.42 ± 13.82 ng / mL - p <0.001), MFS (pre: 13,01±3,43; post:37,36±10,46 ng/mL - p<0,001) and CTS (pre: 10.86 ± 2.26 ng/mL; post: 38.30 ± 13.77 ng/mL - p <0.001).The interaction of 25(OH)D supplementation with exercise was significant in the tests that evaluated lower limb strength and static balance: TUG (p=0.005), UB (p=0.03), HF (p<0.001 ) and 2MST (p=0.02). There was a change in the level of PTH: ATS (pre: 50.16 ± 17.53, post: 47.09 ± 18.26 pg/ mL), MFS (pre: 42.49 ± 14.15, post: 39.44 ± 11.97 pg/mL) and CTS (pre: 49.12 ± 22.30; post: 38.66 ± 14.87 pg/mL). Conclusion: There was interaction between the 25(OH)D levels and physical exercise, on the tests that evaluated the strength of lower limbs and the static balance. The results suggest that health professionals, including Physical Education professionals that guide exercise, should work in teams with Geriatricians and Gerontologists and recommend that elderly people have their Vitamin D reserves evaluated in order to improve physical and functional performance. Other studies will be needed to confirm these results.
Introdução: A prática de exercício físico é amplamente recomendada e não leva em conta os níveis séricos de 25(OH)D em parte porque não é conclusivo se há interação entre eles e se há algum efeito dessa possível interação. A manutenção da capacidade funcional é muito importante para a independência funcional em idosos, e pode depender de um melhor resultado da prática de exercício físico. Portanto, identificar fatores que possam melhorar o resultado dessa prática, tais como os níveis séricos de 25(OH)D, é relevante para que se alcance o envelhecimento ativo. Objetivo: Estudar a interação da 25(OH)D com o exercício físico e seu efeito sobre a força muscular e equilíbrio corporal de idosas ativas, residentes na comunidade. Métodos: Ensaio de intervenção em grupos. Foram avaliadas 345 mulheres idosas com idade ≥ 60 anos (67±5 anos), praticantes de exercício físico há pelo menos um ano, no Centro Esportivo e Cultural do Serviço Social do Comércio - Santana/SP (Sesc). Comparamos 146 praticantes de Hidroginástica (HD); 99 idosas que praticavam Ginástica Multifuncional (GMF); e 100 idosas não praticantes de exercício físico supervisionado, as quais foram classificadas como sedentárias (controle - CT), pelo questionário internacional de atividade física. Em cada um dos grupos, as idosas com níveis de 25(OH)D abaixo da mediana do respectivo grupo foram suplementadas com colecalciferol, 21 mil UI/semana por 12 meses. Todas as idosas realizaram no início e ao término de 12 meses, os seguintes testes físicos, funcionais e bioquímicos: Marcha Estacionária de 2 minutos (ME), Timed Up-and-Go (TUG), Levantar da Cadeira em 30 segundos (LC), Flexão de Cotovelo (FC), Alcance Funcional (AF), Equilíbrio Estático com Controle Visual - Flamingo (FLA), Preensão Manual, braço direito e esquerdo (PMD e PME), Flexão de cotovelo (FC), Força dos músculos flexores de quadril com dinamômetro portátil (FQ) e extensores de joelho (EJ), dosagem sérica de 25(OH)D, paratormônio intacto (PTH) e outros. Também foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e realizada a Densitometria Óssea (DXA). A comparação dos dados basais foi realizada pelo Modelo Linear Geral (General Linear Model - GLM) univariado. Para análise do tratamento foi utilizado o GLM para medidas repetidas, considerando o nível de significância α<0,05. Resultados: A suplementação aumentou significativamente os níveis de 25(OH)D em HDS (início:12,06±2,64; término:39,42±13,82 ng/mL - p<0,001), GMFS (início:13,01±3,43; término:37,36±10,46 ng/mL - p<0,001) e CTS (início:10,86±2,26 ng/ml; término:38,30±13,77 ng/mL - p<0,001). Também houve mudança no nível do PTH: HDS (início: 50.16±17.53; término: 47.09±18.26 pg/mL), GMFS (início: 42.49±14.15; término: 39.44±11.97 pg/mL) e CTS (início: 49.12±22.30; término: 38.66±14.87 pg/mL). A interação dos níveis séricos de 25(OH)D com exercício físico foi significativa nos testes que avaliaram a força de membros inferiores e o equilíbrio estático: TUG (p=0,005), FLA (p=0,03), FQ (p<0,001) e ME (p=0,02). Conclusão: Houve interação entre os níveis de 25(OH)D e exercício físico, sobre os testes que avaliaram a força de membros inferiores e o equilíbrio estático. Os níveis de 25(OH)D, acima de 30 ng/mL, são importantes para um melhor desempenho no teste TUG de idosas ativas que praticam exercício físico supervisionado. Os resultados sugerem que os profissionais da área da saúde, incluindo os da Educação Física que orientam exercício físico, devem trabalhar em equipe com Geriatras e Gerontólogos e recomendar que sejam monitoradas as reservas de Vitamina D dos idosos pois, em conjunto com a prática de exercícios físicos, pode haver potencialização do desempenho físico e funcional. Outros estudos serão necessários para confirmar esses resultados.
Introdução: A prática de exercício físico é amplamente recomendada e não leva em conta os níveis séricos de 25(OH)D em parte porque não é conclusivo se há interação entre eles e se há algum efeito dessa possível interação. A manutenção da capacidade funcional é muito importante para a independência funcional em idosos, e pode depender de um melhor resultado da prática de exercício físico. Portanto, identificar fatores que possam melhorar o resultado dessa prática, tais como os níveis séricos de 25(OH)D, é relevante para que se alcance o envelhecimento ativo. Objetivo: Estudar a interação da 25(OH)D com o exercício físico e seu efeito sobre a força muscular e equilíbrio corporal de idosas ativas, residentes na comunidade. Métodos: Ensaio de intervenção em grupos. Foram avaliadas 345 mulheres idosas com idade ≥ 60 anos (67±5 anos), praticantes de exercício físico há pelo menos um ano, no Centro Esportivo e Cultural do Serviço Social do Comércio - Santana/SP (Sesc). Comparamos 146 praticantes de Hidroginástica (HD); 99 idosas que praticavam Ginástica Multifuncional (GMF); e 100 idosas não praticantes de exercício físico supervisionado, as quais foram classificadas como sedentárias (controle - CT), pelo questionário internacional de atividade física. Em cada um dos grupos, as idosas com níveis de 25(OH)D abaixo da mediana do respectivo grupo foram suplementadas com colecalciferol, 21 mil UI/semana por 12 meses. Todas as idosas realizaram no início e ao término de 12 meses, os seguintes testes físicos, funcionais e bioquímicos: Marcha Estacionária de 2 minutos (ME), Timed Up-and-Go (TUG), Levantar da Cadeira em 30 segundos (LC), Flexão de Cotovelo (FC), Alcance Funcional (AF), Equilíbrio Estático com Controle Visual - Flamingo (FLA), Preensão Manual, braço direito e esquerdo (PMD e PME), Flexão de cotovelo (FC), Força dos músculos flexores de quadril com dinamômetro portátil (FQ) e extensores de joelho (EJ), dosagem sérica de 25(OH)D, paratormônio intacto (PTH) e outros. Também foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e realizada a Densitometria Óssea (DXA). A comparação dos dados basais foi realizada pelo Modelo Linear Geral (General Linear Model - GLM) univariado. Para análise do tratamento foi utilizado o GLM para medidas repetidas, considerando o nível de significância α<0,05. Resultados: A suplementação aumentou significativamente os níveis de 25(OH)D em HDS (início:12,06±2,64; término:39,42±13,82 ng/mL - p<0,001), GMFS (início:13,01±3,43; término:37,36±10,46 ng/mL - p<0,001) e CTS (início:10,86±2,26 ng/ml; término:38,30±13,77 ng/mL - p<0,001). Também houve mudança no nível do PTH: HDS (início: 50.16±17.53; término: 47.09±18.26 pg/mL), GMFS (início: 42.49±14.15; término: 39.44±11.97 pg/mL) e CTS (início: 49.12±22.30; término: 38.66±14.87 pg/mL). A interação dos níveis séricos de 25(OH)D com exercício físico foi significativa nos testes que avaliaram a força de membros inferiores e o equilíbrio estático: TUG (p=0,005), FLA (p=0,03), FQ (p<0,001) e ME (p=0,02). Conclusão: Houve interação entre os níveis de 25(OH)D e exercício físico, sobre os testes que avaliaram a força de membros inferiores e o equilíbrio estático. Os níveis de 25(OH)D, acima de 30 ng/mL, são importantes para um melhor desempenho no teste TUG de idosas ativas que praticam exercício físico supervisionado. Os resultados sugerem que os profissionais da área da saúde, incluindo os da Educação Física que orientam exercício físico, devem trabalhar em equipe com Geriatras e Gerontólogos e recomendar que sejam monitoradas as reservas de Vitamina D dos idosos pois, em conjunto com a prática de exercícios físicos, pode haver potencialização do desempenho físico e funcional. Outros estudos serão necessários para confirmar esses resultados.
Descrição
Citação
NASCIMENTO, Neide Alessandra Périgo. Efeito dos níveis de vitamina e exercício físico no desempenho físico e funcional de idosas ativas após suplementação com colecalciferol. 2019. 129f. Tese (Doutorado em Nutrição) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019