Impacto das variáveis seminais nos resultados dos tratamentos de reprodução humana assistida

Data
2024-09-10
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Verificar se as variáveis seminais influenciam nos tratamentos de reprodução assistida, na formação de embriões e blastocistos e nas taxas de gestação. Método: Foram analisados 4946 prontuários de pacientes que realizaram tratamento para infertilidade conjugal no Setor Integrado de Reprodução Humana da UNIFESP do ano de 2010 até 2020. Foram utilizados os dados clínicos masculinos, de análise seminal, número de embriões e blastocistos formados e gravidez. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS 18.0. Resultados: Ao comparar-se os fatores analisados e a presença ou não de gestação, houve diferença estatística na idade feminina, no número de oócitos, de MII (oócito em metáfase II), taxa de MII e MI (oócito em metáfase I), número de oócitos injetados e fertilizados, quantidade de embriões em D3 (dia 3 de desenvolvimento embrionário) e D5 (dia 5 de desenvolvimento embrionário) e quantidade de embriões transferidos, porém não houve diferença quando comparadas as variáveis seminais e as taxas de gestação. Em relação às correlações, houve correlação positiva entre a concentração inicial, total, total de móveis e total de móveis morfologicamente normais. A concentração total correlacionou-se positivamente com o total de móveis e o total de móveis morfologicamente normais. A morfologia e o total de móveis correlacionaram-se positivamente com o total de móveis morfologicamente normais. Por fim, a análise discriminante demonstrou que as variáveis que melhor discriminam os grupos beta positivo e negativo foram idade da mulher, taxa de MII, número de oócitos e taxa de fertilização, sendo a taxa de MII a que melhor prediz o grupo beta positivo. Conclusão: Dessa forma, o presente estudo não demonstrou diferença significativa entre as variáveis seminais e as taxas de gestação e de formação de blastocistos em tratamentos de reprodução humana assistida.
Objective: To verify whether seminal variables influence assisted reproduction treatments, embryo and blastocyst formation and pregnancy rates. Method: We analyzed 4946 medical records of patients who underwent treatment for marital infertility at the Integrated Human Reproduction Sector at UNIFESP from 2010 to 2020. Male clinical data, seminal analysis, number of embryos and blastocysts formed and pregnancy were selected. Statistical analysis was performed using SPSS 18.0 software. Results: When comparing the factors analyzed and the presence or absence of pregnancy, there was a statistical difference in female age, number of oocytes, MII (oocyte in metaphase II), rate of MII and MI (oocyte in metaphase I), number of injected and fertilized oocytes, number of embryos on D3 (day 3 of embryonic development) and D5 (day 5 of embryonic development) and number of embryos transferred, however there was no difference when comparing seminal variables and pregnancy rates. Regarding correlations, there was a positive correlation between the initial concentration, total concentration, total number of motile and total number of morphologically normal motile. The total concentration was positively correlated with the total number of motile and the total number of morphologically normal motile. Morphology and total motile correlated positively with total morphologically normal.Finally, the discriminant analysis demonstrated that the variables that best discriminated between the beta positive and negative groups were the age of the woman, MII rate, number of oocytes and fertilization rate, with MII rate the best predictor of the beta positive group. Conclusion: This study showed no significant difference between seminal variables and pregnancy and blastocyst formation rates in assisted human reproduction treatments.
Descrição
Citação
NOGUEIRA, Camila. Impacto das variáveis seminais nos resultados dos tratamentos de reprodução humana assistida. 2024. 36 f. Dissertação (Mestrado em Urologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2024.
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