Representações dos trabalhadores não docentes no cotidiano escolar
Data
2014-10-13
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
In this research, our purpose mapping and understanding the representations of not teachers workers about the work they do and the relationships established with other staff and students in their daily school. We have as object and subject of this study workers who do not work directly in the educational field in school, among which we highlight: cooks, inspectors, students, school secretaries and / or assistants, and servants - also called caretakers, janitors, aides school services or general helpers. The study, which was conducted between May and December 2013, a municipal elementary school located in a suburb of Suzano - city located in the Alto Tietê region approximately 40 minutes from the capital - is guided on a methodology of ethnographic inspiration plus the instrumental qualitative the interview that assists in reading the social figurations of the school community (N. Elias) in the light of the theory of social representations of Serge Moscovici, and concepts Working Class and Relational Work, such as found in Ricardo Antunes and Tardif and Lessard respectively. It is considered for the analysis, the form of ingress, the selection process, the roles and functions, education required, remuneration and very dynamics of the work done in school as well as the provisions of the duties described in the tender notice and other official documents which also deal with the valuation of the education worker. We note that there is little research on the subject and that workers not teachers have different representations about the work they do, since not everyone can see the educational aspect of it and that this is due to the fact that most of their work times are naturalized as an extension of domestic and routine work. Working conditions are conditions quite limited by time, labor materials and by dynamics of relationships, which stay more restricted to componenetes the same segment of employees. The curriculum design as a set of activities performed in the school, highlighting the educational potential of experiences and habits developed in this environment, leads to the proposition of government policies for the continued training of those employees who become understood this dimension, as educators. Thus, the relative invisibility of their work (also perceived in this study) tends to disappear.
Nesta pesquisa temos como propósito o mapeamento e a compreensão das representações dos trabalhadores não docentes a respeito do trabalho que realizam e das relações estabelecidas com outros funcionários e alunos no cotidiano do ambiente escolar. Temos como objeto e sujeitos deste estudo os trabalhadores que não atuam diretamente no campo pedagógico na escola, dentre os quais: cozinheiras, inspetores de alunos, secretários escolares e/ou auxiliares, e serventes - também denominados zeladores, faxineiros, auxiliares de serviços escolares ou ajudantes gerais. O estudo, que foi realizado entre maio e dezembro de 2013, numa escola municipal de ensino fundamental situada numa área periférica de Suzano – cidade localizada na região do Alto Tietê a aproximadamente 40 minutos da capital paulista – pauta-se numa metodologia de inspiração etnográfica, somada ao instrumental qualitativo da entrevista que auxilia na leitura das figurações sociais da comunidade escolar (N. Elias) à luz da teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, e dos conceitos de Classe Trabalhadora e Trabalho Relacional, tais como encontrados em Ricardo Antunes e Tardif e Lessard respectivamente. É considerada para a análise a forma de ingresso no cargo, o processo de seleção, os cargos e funções, escolaridade exigida, remuneração e a própria dinâmica do trabalho desenvolvido na escola, bem como o disposto nas atribuições descritas em edital de concurso público e outros documentos oficiais que versam também sobre a valorização do trabalhador em Educação. Constatamos que há poucas pesquisas sobre o tema e que os trabalhadores não docentes possuem diferentes representações a respeito do trabalho que realizam, uma vez que nem todos conseguem enxergar a dimensão educativa do mesmo e que isso se deve ao fato de que seus trabalhos na maioria das vezes são naturalizados como extensão do trabalho doméstico e rotineiro. As condições de trabalho são condições bastante limitadas pelo tempo, materiais de trabalho e pela dinâmica das relações, que ficam mais restritas aos componenetes de um mesmo segmento de funcionários. A concepção de currículo como o conjunto das atividades realizadas na escola, que destaca o potencial educativo das vivências e dos hábitos desenvolvidos nesse ambiente, leva à proposição de políticas governamentais para a formação continuada desses funcionários, que passam a ser compreendidos, nessa dimensão, como educadores. Dessa forma, a relativa invisibilidade de seu trabalho (também percebida neste estudo) tende a desaparecer.
Nesta pesquisa temos como propósito o mapeamento e a compreensão das representações dos trabalhadores não docentes a respeito do trabalho que realizam e das relações estabelecidas com outros funcionários e alunos no cotidiano do ambiente escolar. Temos como objeto e sujeitos deste estudo os trabalhadores que não atuam diretamente no campo pedagógico na escola, dentre os quais: cozinheiras, inspetores de alunos, secretários escolares e/ou auxiliares, e serventes - também denominados zeladores, faxineiros, auxiliares de serviços escolares ou ajudantes gerais. O estudo, que foi realizado entre maio e dezembro de 2013, numa escola municipal de ensino fundamental situada numa área periférica de Suzano – cidade localizada na região do Alto Tietê a aproximadamente 40 minutos da capital paulista – pauta-se numa metodologia de inspiração etnográfica, somada ao instrumental qualitativo da entrevista que auxilia na leitura das figurações sociais da comunidade escolar (N. Elias) à luz da teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, e dos conceitos de Classe Trabalhadora e Trabalho Relacional, tais como encontrados em Ricardo Antunes e Tardif e Lessard respectivamente. É considerada para a análise a forma de ingresso no cargo, o processo de seleção, os cargos e funções, escolaridade exigida, remuneração e a própria dinâmica do trabalho desenvolvido na escola, bem como o disposto nas atribuições descritas em edital de concurso público e outros documentos oficiais que versam também sobre a valorização do trabalhador em Educação. Constatamos que há poucas pesquisas sobre o tema e que os trabalhadores não docentes possuem diferentes representações a respeito do trabalho que realizam, uma vez que nem todos conseguem enxergar a dimensão educativa do mesmo e que isso se deve ao fato de que seus trabalhos na maioria das vezes são naturalizados como extensão do trabalho doméstico e rotineiro. As condições de trabalho são condições bastante limitadas pelo tempo, materiais de trabalho e pela dinâmica das relações, que ficam mais restritas aos componenetes de um mesmo segmento de funcionários. A concepção de currículo como o conjunto das atividades realizadas na escola, que destaca o potencial educativo das vivências e dos hábitos desenvolvidos nesse ambiente, leva à proposição de políticas governamentais para a formação continuada desses funcionários, que passam a ser compreendidos, nessa dimensão, como educadores. Dessa forma, a relativa invisibilidade de seu trabalho (também percebida neste estudo) tende a desaparecer.
Descrição
Citação
SILVA, Diogo Lopes da. Representações dos trabalhadores não docentes no cotidiano escolar. 2014. 170 f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2014.