Fluxo salivar e sua relação entre percepção de xerostomia e sintomas de disfagia na Doença de Parkinson
Data
2024-10-02
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença crônica e progressiva do sistema nervoso central, e as disfunções gastrointestinais, incluindo hipersialorréia, disfagia e constipação, foram inicialmente descritas no relatório original de James Parkinson. A saliva é um componente importante para a formação do bolo alimentar e deglutição,desse modo, é importante analisar possíveis alterações no mecanismo salivar do indivíduo com DP, como a hipersialorreia, e a percepção de xerostomia, e como elas podem impactar a capacidade deglutitória de um indivíduo.Objetivo: Avaliar o fluxo salivar, estimulado e não estimulado, de indivíduos com Doença de Parkinson e relacionar os achados com a percepção de xerostomia e sintomas de disfagia. Metodologia: Foi selecionada uma base de dados secundários coletada de um estudo clínico e prospectivo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo– UNIFESP/EPM sob o parecer nº 4.957.768. Uma amostra de conveniência foi selecionada e formada por 66 adultos com idades entre 40 e 85 anos, 36 homens e 30 mulheres, com diagnóstico de DP em acompanhamento na Associação Brasil Parkinson, em São Paulo, Brasil. E foi formado um grupo controle pareado, com a participação de 30 adultos não portadores da DP. A amostra passou por uma anamnese, avaliação cognitiva, avaliação dos sintomas de disfagia, avaliação da percepção da xerostomia e avaliação do fluxo salivar. Foram coletadas amostras de saliva estimulada e não estimulada e em seguida, pesadas em gramas para posterior conversão em mL. A análise estatística foi realizada através dos testes Qui-Quadrado, t-Student e Wilcoxon, também calculou-se a correlação de Spearman utilizando-se o software STATA/MP 18.0 for Windows (StataCorp, 2023. College Station, TX, USA: StataCorp LLC). Resultados: Os indivíduos com DP apresentaram uma maior média de saliva não estimulada comparada ao gupo controle. Houve risco para disfagia na DP, sem relação com o aumento médio de saliva. A percepção de xerostomia foi maior na DP; Houve aumento da percepção à medida que o fluxo não estimulado diminui no controle, e correlação entre o fluxo estimulado e a xerostomia no grupo DP, à medida que a xerostomia aumenta o fluxo estimulado diminui no grupo DP, sem correlação no controle. Conclusões: Fica evidente a importância da manutenção deste fluido e do cuidado multiprofissional para com os indivíduos portadores da DP.
Descrição
Citação
BRITO, Cássia Lumenna Silva. Fluxo salivar e sua relação entre percepção de xerostomia e sintomas de disfagia na Doença de Parkinson. 2024. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2024.