Caracterização molecular e funcional das células do endométrio de mulheres com endometriose pélvica
Data
2016-04-27
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
The endometrium contains stem cells that possibly contribute to the regeneration of the functional layer during the mensal cycling. Different kinds of stem cells were isolated from endometrium and endometriotic implants. The monoclonal origin of endometriotic implants indicates that stem cells may have a role in the endometriosis pathogenesis. We isolated a mixed cells pool containing at least one stem cells population from healthy and endometriosis endometrium. These cells presented the markers CD90, CD73, CD105, CD44 and CD146, being able to differentiate into adipogenic, osteogenic and chondrogenic lineages and not responding to progesterone stimulus. The endometriosis stem cells expressed the CD34 naïve stem cells marker, presented higher proliferative rates than healthy ones and were able to form long lasting cells aggregates (spheroids) in tridimensional cultures. The endometrium with endometriosis had a unique stem cell population, reinforcing the hypothesis that stem cells play a key role in the endometriosis pathogenesis. 2. INTRODUCTION Stem cells are undifferentiated cells defined by their functional ability to self-renew and to differentiate into multiple cell lineages, as well as by plasticity and clonogenic potential. They were found abundantly in embryonic and fetal tissues and are also present in small amounts in the majority of the adult tissues; differing between each other only in the clonogenic and differentiation potential. Adult stem cells occur in niches that balance self-renewal with lineage selection and progression during tissue homeostasis
Endometriose é uma doença ginecológica crônica, benigna, caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero. Estima-se que 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva padeçam da afecção e a imensa maioria experimenta diminuição importante na qualidade de vida. Dentre os sintomas, destacam-se a dismenorreia, dispareunia e infertilidade. Dentre os diversos achados acerca da patogenia da endometriose, cumpre ressaltar que a maior proliferação do tecido endometrial, inclusive ectópico, foi demonstrada por diversos estudos. Neste trabalho foi realizado o isolamento e caracterização fisiológica e fenotípica das células-tronco derivadas do endométrio de mulheres com endometriose (EeSCs). Essas células apresentaram alta expressão do marcador CD34, bem como expressaram também o marcador mesenquimal CD146. Elas mostraram-se capazes de diferenciar-se em três linhagens mesenquimais: adipócitos, condrócitos e osteócitos. Além disso, possuem altas taxas de proliferação celular, mesmo na presença de progesterona, e secretam grandes concentrações de IL-6 e IL-8 quando cultivadas isoladamente, e IL-6, IL-8 e IL-1? quando co-cultivadas com células-tronco obtidas de endométrio saudável. As EeSCs possuem a habilidade de formar esferoides celulares quando cultivadas em condições que mimetizem o ambiente peritoneal. Esses dados demonstram que possivelmente o endométrio de mulheres com endometriose possui uma população específica de células-tronco que deve estar diretamente envolvida na etiologia/fisiopatologia da doença.
Endometriose é uma doença ginecológica crônica, benigna, caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero. Estima-se que 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva padeçam da afecção e a imensa maioria experimenta diminuição importante na qualidade de vida. Dentre os sintomas, destacam-se a dismenorreia, dispareunia e infertilidade. Dentre os diversos achados acerca da patogenia da endometriose, cumpre ressaltar que a maior proliferação do tecido endometrial, inclusive ectópico, foi demonstrada por diversos estudos. Neste trabalho foi realizado o isolamento e caracterização fisiológica e fenotípica das células-tronco derivadas do endométrio de mulheres com endometriose (EeSCs). Essas células apresentaram alta expressão do marcador CD34, bem como expressaram também o marcador mesenquimal CD146. Elas mostraram-se capazes de diferenciar-se em três linhagens mesenquimais: adipócitos, condrócitos e osteócitos. Além disso, possuem altas taxas de proliferação celular, mesmo na presença de progesterona, e secretam grandes concentrações de IL-6 e IL-8 quando cultivadas isoladamente, e IL-6, IL-8 e IL-1? quando co-cultivadas com células-tronco obtidas de endométrio saudável. As EeSCs possuem a habilidade de formar esferoides celulares quando cultivadas em condições que mimetizem o ambiente peritoneal. Esses dados demonstram que possivelmente o endométrio de mulheres com endometriose possui uma população específica de células-tronco que deve estar diretamente envolvida na etiologia/fisiopatologia da doença.
Descrição
Citação
NOGUEIRA, Adriana Luckow Invitti. Caracterização molecular e funcional das células do endométrio de mulheres com endometriose pélvica. 2016. 138 f. Tese (Doutorado em Medicina: Ginecologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.