Segregação ocupacional e diferenciação salarial por raça no mercado de trabalho brasileiro
Data
2024-12-06
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
O Brasil, com seu legado escravocrata, ainda enfrenta significativas desigualdades
raciais, especialmente no mercado de trabalho. Dados de 2018 indicam que a população negra
concentra altos índices de desemprego e rendimentos baixos, refletindo uma persistente
discriminação racial nas ocupações e salários. Este estudo investiga a segregação ocupacional
e as disparidades salariais entre trabalhadores brancos e negros no Brasil, com foco nas teorias
da desvalorização e da fila. A teoria da desvalorização sugere que a composição racial de uma
ocupação afeta sua remuneração, enquanto a teoria da fila propõe que os salários influenciam a
composição racial das ocupações. Utilizando dados do IBGE dos Censos Demográficos de
1980, 1991 e 2000, a pesquisa aplica modelos econométricos para analisar a relação entre a
composição racial das ocupações e as variações salariais ao longo do tempo. Os resultados
sugerem que a teoria da fila oferece uma explicação mais robusta para a concentração de
trabalhadores negros em empregos de baixa remuneração, sublinhando a importância de
políticas públicas direcionadas para combater a discriminação racial no mercado de trabalho.
Palavras-chave: desigualdade racial, segregação ocupacional, teorias da desvalorização e da
fila.
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Brazil, with its historical legacy of slavery, continues to face significant racial
inequalities, particularly in the labor market. Data from 2018 show that the black population
faces high unemployment rates and lower earnings, reflecting persistent racial discrimination
in occupations and wages. This study investigates occupational segregation and wage
disparities between white and black workers in Brazil, focusing on the theories of devaluation
and queue. The devaluation theory suggests that the racial composition of an occupation affects
its wage levels, while the queue theory posits that wages influence the racial composition of
occupations. Using data from the IBGE's Demographic Censuses of 1980, 1991, and 2000, the
research applies econometric models to analyze the relationship between the racial composition
of occupations and wage variations over time. The findings indicate that the queue theory
provides a more robust explanation for the concentration of black workers in low-paying jobs,
highlighting the need for targeted public policies to combat racial discrimination in the labor
market.
Keywords: racial inequality, occupational segregation, devaluation and queue theories.
Descrição
Citação
Prandi, Rafaella. Segregação ocupacional e diferenciação salarial por raça no mercado de trabalho brasileiro. 2024. Dissertação (Mestrado em Economia e Desenvolvimento) - Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Política, Economia e Negócios, Osasco, 2024.
ODS
Não se aplica