Exercício aeróbico na síndrome de sjögren primária: estudo controlado e randomizado
Data
2016-01-12
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objective: to investigate the effects of a supervised walking program in women with primary Sjögren?s syndrome (pSS). Methods: this randomized controlled trial with intention-to-treat analysis included 45 women fulfilling the American European Consensus Criteria (2002) for pSS. They were randomized into Training Group (GT, n= 23) and Control Group (GC, n= 22). The evaluation tools Functional Assessment of Chronic Illness Therapy Fatigue Subscale (FACIT-Fatigue), Beck Depression Inventory (BDI) and EULAR Sjögren?s Syndrome Patient Reported Index (ESSPRI) were performed prior to intervention (T0), after 8 weeks (T8) and 16 weeks (T16). The EULAR Sjögren?s Syndrome Disease Activity Index (ESSDAI), Medical Outcomes Study 36 (SF-36) and maximal exercise test on the treadmill were performed at T0 and T16. The supervised walking occurred 3 times a week for 16 weeks, from 30 to 60 minutes each session. The intensity of the exercise was based on the heart rate at 80% of the maximum heart rate (HRmax) reached in the treadmill test. Results: Four patients in GT and 2 in GC dropped out during the study. CRP (p= 0,005), CK (p= 0,018), C4 (p< 0,001), VO2max (ml.kg-1.min-1) (p= 0,002), BDI (p= 0,001), vitality (p= 0,003) and role emotional (p= 0,012) domains and mental component summary (p= 0,009) of the SF-36 increased in both groups. FACIT-fatigue (p= 0,042) and distance covered on the test (p= 0,020) improved only in GT. There were no differences over time in the other variables and neither between groups by repeated-measures analysis of variance (ANOVA). The mean change after 16 weeks of VO2max (ml.kg-1.min-1) (p= 0,016), distance (p= 0,043) and FACIT-fatigue (p= 0,030) was higher in the GT than in the GC. There was correlation between the improvement of VO2max (ml.kg-1.min-1) and improvement of FACIT-fatigue (r= 0,418, p= 0,047), physical functioning (r= 0,557, p= 0,006) and general health domains of the SF-36 (r= 0,525, p= 0,010) and physical component summary of the SF-36 (r= 0,478, p= 0,021) in GT. The improvement of fatigue (FACIT-fatigue) in the GT correlated with the improvement of the VO2max (ml.kg-1.min-1) (r= 0,418, p= 0,047), ESSPRI fatigue (r= -0,677, p< 0,001), ESSPRI pain (r= -0,429, p= 0,041), ESSPRI total (r= -0,630, p= 0,001), BDI (r= -0,474, p=0,022), physical functioning (r= 0,682, p< 0,001), role-physical (r= 0,552, p= 0,006), general health (r= 0,423, p= 0,044), social functioning (r= 0,425, p= 0,043) and mental health (r= 0,586, p=0,003) domains of the SF-36 and physical component summary (r= 0,522, p= 0,011) and mental component summary (r= 0,456, p= 0,029) of the SF-36. From the GT, 95,4% of the patients rated themselves as clinically improved versus 62% of the patients in the GC (p= 0,049). The compliance rate for the exercise program sessions averaged 72,4% (21 - 92%). Conclusion: This supervised walking program was demonstrated to be feasible and safe with improvement of the aerobic capacity, exercise tolerance, fatigue and perception of clinical improvement in pSS patients. There were also association between improvement of aerobic capacity and improvement of fatigue and physical component of the quality of life, as well association between improvement of fatigue and improvement of depression and physical and mental components of the quality of life.
Objetivo:Investigar os efeitos de um programa regular de caminhada supervisionada em mulheres com SSp. Métodos: ensaio clínico controlado randomizado cego com intenção de tratar com 45 mulheres classificadas como SSp de acordo com o Critérios do Consenso Europeu Americano (2002), randomizadas no grupo de tratamento (GT, n= 23) e no grupo controle (GC, n= 22). Os instrumentos de avaliação Functional Assessment of Chronic Illness Therapy Fatigue Subscale (FACIT-Fatigue), Beck Depression Inventory (BDI), e EULAR Sjögren?s Syndrome Patient Reported Index (ESSPRI) foram aplicados antes de iniciar o estudo (T0), após 8 semanas (T8) e ao término do programa (T16). O EULAR Sjögren?s Syndrome Disease Activity Index (ESSDAI), o Medical Outcomes Study 36 (SF-36) e o teste ergométrico para avaliar a capacidade aeróbica foram realizados no T0 e T16. A caminhada supervisionada do GT teve duração de 16 semanas, 3 vezes por semana, em uma intensidade de 80% da FCpico alcançada no teste ergométrico, com duração de 30 a 60 minutos. Resultados: Quatro pacientes do GT e 2 pacientes do GC descontinuaram o estudo. A PCR (p= 0,005), CPK (p= 0,018), C4 (p< 0,001), VO2max (ml.kg-1.min-1) (p= 0,002), BDI (p= 0,001), domínios vitalidade (p= 0,003) e aspectos emocionais (p= 0,012) e componente mental do SF-36 (p= 0,009) do SF-36 aumentaram em ambos os grupos. O FACIT-fatigue (p= 0,042) e a distância percorrida no teste ergométrico (p= 0,020) melhoraram apenas no GT. Não houve diferença estatisticamente significante ao longo do tempo nas demais variáveis e nem entre os grupos através da ANOVA com medidas repetidas. A média da diferença entre os grupos no T16 do VO2max (ml.kg-1.min-1) (p= 0,016), da distância (p= 0,043) e do FACIT-fatigue (p= 0,030) foram maiores no GT do que no GC. No GT houve correlação estatisticamente significante entre a melhora do VO2max (ml.kg-1.min-1) e a melhora do FACIT-fatigue (r= 0,418, p= 0,047), domínios do SF-36 capacidade funcional (r= 0,557, p= 0,006) e estado geral de saúde (r= 0,525, p= 0,010) e componente físico do SF-36 (r= 0,478, p= 0,021), sendo que a melhora da fatiga (FACIT-fatigue) se correlacionou significativamente com a melhora do VO2max (ml.kg-1.min-1) (r= 0,418, p= 0,047), ESSPRI fadiga (r= -0,677, p< 0,001), ESSPRI dor (r= -0,429, p= 0,041), ESSPRI total (r= -0,630, p= 0,001), BDI (r= -0,474, xvii p=0,022), com os domínios do SF-36 capacidade funcional (r= 0,682, p< 0,001), aspectos físicos (r= 0,552, p= 0,006), estado geral de saúde (r= 0,423, p= 0,044), aspectos sociais (r= 0,425, p= 0,043) e saúde mental (r= 0,586, p=0,003) e com os componentes dos SF-36 físico (r= 0,522, p= 0,011) e mental (r= 0,456, p= 0,029). No GT 95,4% dos pacientes se avaliaram como tendo melhora contra 62% dos pacientes no GC (p= 0,049). A média da frequência às sessões de treinamento foi de 72,4% (21 - 92%). Conclusão: Este programa de caminhada supervisionada demonstrou ser viável e seguro com melhora da capacidade aeróbica, tolerância ao exercício, fadiga e percepção de melhora clínica em mulheres com SSp. Houve também associação da melhora da capacidade aeróbica com a melhora da fadiga e do componente físico da qualidade de vida, bem como associação entre a melhora da fadiga e a melhora da depressão e dos componentes físico e mental da qualidade de vida.
Objetivo:Investigar os efeitos de um programa regular de caminhada supervisionada em mulheres com SSp. Métodos: ensaio clínico controlado randomizado cego com intenção de tratar com 45 mulheres classificadas como SSp de acordo com o Critérios do Consenso Europeu Americano (2002), randomizadas no grupo de tratamento (GT, n= 23) e no grupo controle (GC, n= 22). Os instrumentos de avaliação Functional Assessment of Chronic Illness Therapy Fatigue Subscale (FACIT-Fatigue), Beck Depression Inventory (BDI), e EULAR Sjögren?s Syndrome Patient Reported Index (ESSPRI) foram aplicados antes de iniciar o estudo (T0), após 8 semanas (T8) e ao término do programa (T16). O EULAR Sjögren?s Syndrome Disease Activity Index (ESSDAI), o Medical Outcomes Study 36 (SF-36) e o teste ergométrico para avaliar a capacidade aeróbica foram realizados no T0 e T16. A caminhada supervisionada do GT teve duração de 16 semanas, 3 vezes por semana, em uma intensidade de 80% da FCpico alcançada no teste ergométrico, com duração de 30 a 60 minutos. Resultados: Quatro pacientes do GT e 2 pacientes do GC descontinuaram o estudo. A PCR (p= 0,005), CPK (p= 0,018), C4 (p< 0,001), VO2max (ml.kg-1.min-1) (p= 0,002), BDI (p= 0,001), domínios vitalidade (p= 0,003) e aspectos emocionais (p= 0,012) e componente mental do SF-36 (p= 0,009) do SF-36 aumentaram em ambos os grupos. O FACIT-fatigue (p= 0,042) e a distância percorrida no teste ergométrico (p= 0,020) melhoraram apenas no GT. Não houve diferença estatisticamente significante ao longo do tempo nas demais variáveis e nem entre os grupos através da ANOVA com medidas repetidas. A média da diferença entre os grupos no T16 do VO2max (ml.kg-1.min-1) (p= 0,016), da distância (p= 0,043) e do FACIT-fatigue (p= 0,030) foram maiores no GT do que no GC. No GT houve correlação estatisticamente significante entre a melhora do VO2max (ml.kg-1.min-1) e a melhora do FACIT-fatigue (r= 0,418, p= 0,047), domínios do SF-36 capacidade funcional (r= 0,557, p= 0,006) e estado geral de saúde (r= 0,525, p= 0,010) e componente físico do SF-36 (r= 0,478, p= 0,021), sendo que a melhora da fatiga (FACIT-fatigue) se correlacionou significativamente com a melhora do VO2max (ml.kg-1.min-1) (r= 0,418, p= 0,047), ESSPRI fadiga (r= -0,677, p< 0,001), ESSPRI dor (r= -0,429, p= 0,041), ESSPRI total (r= -0,630, p= 0,001), BDI (r= -0,474, xvii p=0,022), com os domínios do SF-36 capacidade funcional (r= 0,682, p< 0,001), aspectos físicos (r= 0,552, p= 0,006), estado geral de saúde (r= 0,423, p= 0,044), aspectos sociais (r= 0,425, p= 0,043) e saúde mental (r= 0,586, p=0,003) e com os componentes dos SF-36 físico (r= 0,522, p= 0,011) e mental (r= 0,456, p= 0,029). No GT 95,4% dos pacientes se avaliaram como tendo melhora contra 62% dos pacientes no GC (p= 0,049). A média da frequência às sessões de treinamento foi de 72,4% (21 - 92%). Conclusão: Este programa de caminhada supervisionada demonstrou ser viável e seguro com melhora da capacidade aeróbica, tolerância ao exercício, fadiga e percepção de melhora clínica em mulheres com SSp. Houve também associação da melhora da capacidade aeróbica com a melhora da fadiga e do componente físico da qualidade de vida, bem como associação entre a melhora da fadiga e a melhora da depressão e dos componentes físico e mental da qualidade de vida.
Descrição
Citação
MIYAMOTO, Samira Tatiyama. Exercício aeróbico na síndrome de sjögren primária: estudo controlado e randomizado. 2016. 103 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde Aplicadas à Reumatologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.