Efeitos do treinamento físico resistido não linear sobre a força máxima, aptidão funcional e biomarcadores inflamatórios de indivíduos diabéticos do tipo 2
Data
2013-01-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The aim of this study was to investigate the effects of a specific protocol of resistance training on maximal strength gains, functional fitness and inflammatory biomarkers in elderly diabetics, irregularly active. The study included 51 subjects with 60 and 85 years, divided into two groups of untrained and trained elderly diabetic people: group diabetic untrained (IDNT, n=20, 6 women and 14 men) which were not subjected to physical training and diabetic group trained (IDT, n=31, 26 women and 5 men) which were subjected to resistance training (TFR). The subjects were trained three times per week for a period of sixteen weeks. The overload used in physical training program was equivalent to 50% of 1RM and 70% of 1RM, alternating weekly. Waist perimeter (WP), index, body mass index (BMI), and the waist -to-hip ratios were determined. The elderly were evaluated in several bodybuilding equipment before and after training by test by one repetition maximum (1RM). Functional fitness was assessed using a battery of tests directed motor evaluation of the elderly, which was composed of five tests: sit and reach test with the Wells’ bank, strength endurance of the arms, agility and dynamic balance, sitting-rising, single-foot balance, and ergospirometry on treadmill. Blood pressure measurements were always taken by the same person with a standard sphygmomanometer. Laboratory tests included determinations of blood glucose, insulin, lipocalin-2, adiponectin, leptin, tumour necrosis factor-alpha (TNF-alpha) and lipid assays (total cholesterol, low-density lipoprotein cholesterol, high-density lipoprotein cholesterol and triglyceride levels). Moreover, insulin resistance was assessed by the HOMA-IR index. Statistical analysis revealed significant differences (p<0.05) between the test and post-test in a period of sixteen weeks, for some variables. The average gain strength were 43.20% (knee extension), 65.00% (flexion knee), 27.80% (supine sitting machine), 31.00% (rowing sitting), 43.90% (biceps pulley) and 21.10% (triceps pul ley). In relation to functional fitness the results showed that exercise training improved performance in the sitting-rising test and agility and dynamic balance test. For the other physical abilities tested (flexibility, balance and aerobic capacity) the sixteen weeks of training period were not able to induce statistically significant changes for the elderly diabetics, although there was also a tendency for positive change on assessment of higher limbs strength for the trained group. Regarding laboratory tests found no statistical difference for the variables related to blood pressure, lipid and inflammatory biomarkers. The only exception occurred for analysis of lipocalin -2, which decreases after exercise training. In conclusion, the results show that the nonlinear resistance training had a positive effect on the capacity of strength and functional fitness, especially on performance in the chair stand test and agility and dynamic balance. Furthermore, the training program significantly decreased values lipocalin-2 in elderly diabetics.
O objetivo do estudo foi verificar os efeitos de um protocolo específico de treinamento resistido nos ganhos de força máxima, aptidão funcional e biomarcadores inflamatórios em idosos diabéticos, irregularmente ativos. Participaram do estudo 51 indivíduos, com idade entre 60 e 85 anos, sendo divididos em dois grupos: grupo idoso diabético não treinado (IDNT, n=20, 6 mulheres e 14 homens), que não foram submetidos ao treinamento físico e grupo idoso diabético treinado (IDT, n=31, 26 mulheres e 5 homens), que foram submetidos ao protocolo de treinamento físico resistido (TFR). Circunferência abdominal, índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura quadril foram determinados. Os idosos foram avaliados em diversos equipamentos de musculação na situação pré e póstreinamento através do teste de uma repetição máxima (1RM). A aptidão funcional foi avaliada por meio de uma bateria de testes direcionados a avaliação motora de idosos, que foi composta por cinco testes singulares: sentar e alcança no banco de Wells; resistência de força de membros superiores; agilidade e equilíbrio dinâmico; sentar e levantar; equilíbrio unipodal; ergoespirometria em esteira ergométrica. A pressão arterial sanguínea foi sempre avaliada por uma mesma pessoa com esfingmomanômetro padrão. Os testes laboratoriais incluíram a determinação da glicose, insulina, lipocalina-2, leptina, adiponectina, fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa) e ensaios lipídicos (colesterol total, lipoproteína de baixa densidade, lipoproteína de alta densidade e triacilgliceróis) no sangue. Além disso, a resistência à insulina foi avaliada pelo índice HOMA-IR. A análise estatística revelou diferenças significativas (p<0,05) entre os resultados dos testes pré e pós-período de TFR em um período de dezesseis semanas, para algumas variáveis. Os ganhos médios de força foram de 43,20% (Extensão de Joelho), 65,00% (Flexão de Joelho), 27,80% (Supino Sentado Máquina), 31,00% (Remada Sentada), 43,90% (Bíceps Pulley) e 21,10% (Tríceps Pulley). Em relação a aptidão funcional, os resultados mostraram que o treinamento físico melhorou o desempenho no teste de sentar e levantar e agilidade e equilíbrio dinâmico. Para as demais capacidades físicas testadas (flexibilidade, equilíbrio e capacidade aeróbia) as 16 semanas de período de treinamento não se mostrou capaz de induzir mudanças estatisticamente significativas aos idosos diabéticos, embora tenha sido observada uma tendência de mudança positiva também para o teste de resistência de membros superiores para o grupo treinado. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas para as seguintes variáveis: pressão sanguínea, perfil lipídico e biomarcadores inflamatórios. A única exceção ocorreu para análise da lipocalina-2 que teve seus valores diminuídos após o treinamento resistido. Em conclusão, os resultados mostram que o treinamento resistido não linear tem efeito positivo sobre a capacidade de força máxima e aptidão funcional, especialmente no desempenho nos testes de sentar e levantar e agilidade e equilíbrio dinâmico. Além disso, o programa de treinamento foi efetivo em diminuir os valores de lipocalina-2 nos idosos diabéticos.
O objetivo do estudo foi verificar os efeitos de um protocolo específico de treinamento resistido nos ganhos de força máxima, aptidão funcional e biomarcadores inflamatórios em idosos diabéticos, irregularmente ativos. Participaram do estudo 51 indivíduos, com idade entre 60 e 85 anos, sendo divididos em dois grupos: grupo idoso diabético não treinado (IDNT, n=20, 6 mulheres e 14 homens), que não foram submetidos ao treinamento físico e grupo idoso diabético treinado (IDT, n=31, 26 mulheres e 5 homens), que foram submetidos ao protocolo de treinamento físico resistido (TFR). Circunferência abdominal, índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura quadril foram determinados. Os idosos foram avaliados em diversos equipamentos de musculação na situação pré e póstreinamento através do teste de uma repetição máxima (1RM). A aptidão funcional foi avaliada por meio de uma bateria de testes direcionados a avaliação motora de idosos, que foi composta por cinco testes singulares: sentar e alcança no banco de Wells; resistência de força de membros superiores; agilidade e equilíbrio dinâmico; sentar e levantar; equilíbrio unipodal; ergoespirometria em esteira ergométrica. A pressão arterial sanguínea foi sempre avaliada por uma mesma pessoa com esfingmomanômetro padrão. Os testes laboratoriais incluíram a determinação da glicose, insulina, lipocalina-2, leptina, adiponectina, fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa) e ensaios lipídicos (colesterol total, lipoproteína de baixa densidade, lipoproteína de alta densidade e triacilgliceróis) no sangue. Além disso, a resistência à insulina foi avaliada pelo índice HOMA-IR. A análise estatística revelou diferenças significativas (p<0,05) entre os resultados dos testes pré e pós-período de TFR em um período de dezesseis semanas, para algumas variáveis. Os ganhos médios de força foram de 43,20% (Extensão de Joelho), 65,00% (Flexão de Joelho), 27,80% (Supino Sentado Máquina), 31,00% (Remada Sentada), 43,90% (Bíceps Pulley) e 21,10% (Tríceps Pulley). Em relação a aptidão funcional, os resultados mostraram que o treinamento físico melhorou o desempenho no teste de sentar e levantar e agilidade e equilíbrio dinâmico. Para as demais capacidades físicas testadas (flexibilidade, equilíbrio e capacidade aeróbia) as 16 semanas de período de treinamento não se mostrou capaz de induzir mudanças estatisticamente significativas aos idosos diabéticos, embora tenha sido observada uma tendência de mudança positiva também para o teste de resistência de membros superiores para o grupo treinado. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas para as seguintes variáveis: pressão sanguínea, perfil lipídico e biomarcadores inflamatórios. A única exceção ocorreu para análise da lipocalina-2 que teve seus valores diminuídos após o treinamento resistido. Em conclusão, os resultados mostram que o treinamento resistido não linear tem efeito positivo sobre a capacidade de força máxima e aptidão funcional, especialmente no desempenho nos testes de sentar e levantar e agilidade e equilíbrio dinâmico. Além disso, o programa de treinamento foi efetivo em diminuir os valores de lipocalina-2 nos idosos diabéticos.
Descrição
Citação
SANTOS, Gilberto Monteiro dos. Efeitos do treinamento físico resistido não linear sobre a força máxima, aptidão funcional e biomarcadores inflamatórios de indivíduos diabéticos do tipo 2. 2013. 93 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2013.