Efeito do jejum prolongado sobre as taxas metabólicas pré e pós-prandiais de tartarugas Trachemys Sripta elegans

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Data
2017-06-20
Autores
Figueiredo, Aymam Cobo de [UNIFESP]
Orientadores
Carvalho, Jose Eduardo de [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Although the processes involved in searching, digestion and absorption of the food involve high energy investment, the low maintenance cost of some ectothermic vertebrates allows feeding to occur at irregular intervals. When the animal feeds infrequently, the postprandial period (after feeding) is characterized by an immediate and intense modification of the gastrointestinal system, with an increase in the aerobic metabolic rate, in the production and secretion of acid into the stomach and on the activity of intestinal membrane transporters for nutrient absorption. Assuming that the source of energy required for such events is, at least in its initial phase, only the body energetic reserves, the goal of this study was to test the hypothesis that longer fasting periods will result in lower metabolic increase during the postprandial period, because less energy reserves will be available for sustaining the metabolic increment. To investigate this, measurements of the oxygen consumption rate (VO2) of turtles Trachemys scripta elegans were taken at the end of two periods of fasting (1.5 and 3 months), before and after the ingestion of the equivalent of 5% of their body masses in food. Briefly, there was no difference between the maximum VO2 values after food intake (VO2 peak), between the postprandial metabolic scope and between the mean time to reach VO2 peak of the two experimental groups. This result may be an indication that part of the postprandial metabolism may be maintained by the energy from the food given to the animals or that even the most extensive fasting was not sufficient to limit the postprandial metabolic increase of the turtles.
Apesar dos processos envolvidos na procura, obtenção, digestão e absorção do alimento envolverem alto investimento energético, o baixo custo de manutenção de alguns vertebrados ectotérmicos permite que a alimentação ocorra em intervalos bastante irregulares. Quando o animal se alimenta de modo infrequente, o período pós-prandial (após a alimentação) é caracterizado por uma modificação intensa e imediata do sistema gastrointestinal, acompanhada por aumento da taxa metabólica aeróbia, da produção e da secreção de ácido no estômago e da atividade de transportadores de membrana intestinal para a absorção dos nutrientes. Assumindo que a fonte de energia necessária para tais eventos seja, ao menos em sua fase inicial, apenas as reservas corpóreas do próprio animal, o objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que quanto maior o período de jejum de tartarugas menor seria o aumento metabólico durante o período pós-prandial, pois menores seriam as reservas energéticas que desencadeiam esse aumento. Para isso foram feitas medidas da taxa de consumo de oxigênio (VO2) de Trachemys scripta elegans mantidas em dois períodos de jejum (1,5 e 3 meses) antes e após a ingestão do equivalente a 5% de suas massas corpóreas em alimento. Em linhas gerais, não houve diferença entre os dois grupos experimentais com relação aos valores máximos de VO2 após a ingestão de alimento (VO2 pico), do escopo metabólico pós-prandial e do tempo médio até o VO2 pico. Tal resultado pode ser um indício de que parte do metabolismo pós-prandial pode estar sendo mantido pela energia provinda da alimentação administrada aos animais ou ainda de que mesmo o jejum mais extenso não foi suficiente para limitar o incremento metabólico pós-prandial das tartarugas.
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