Movimentos Feministas: Um Estudo De Caso Sobre As Relações De Gênero Em Uma Universidade Pública
Data
2017-08-23
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
This research intends to investigate how gender relations occur at the Federal University of São Paulo (Unifesp) according to feminist movements and their vision at the university. For this research, post-critical methodologies in education were applied focusing on gender, postgender, post-feminism and queer studies through a methodological mosaic composed by documental researches about Unifesp, the restructuration and expansion of federal universities program (REUNI), an analysis of enrollment data and the REUNI impacts on the university; as well as semi-structured interviews with fourteen participants composed by a questionnaire that outlines a social-economic profile and inquires the female students about the gender relations and conflicts in all Unifesp campi. The research has developed in the following manner: it began with a bibliographic research presenting a brief historic on women’s history and feminism on occidental society, an introduction to feminist studies and the queer theory, and the relations between feminism and school education. Afterwards, REUNI, the Unifesp expansion from this program and a social-economic profile mapping of the students of Unifesp with an analysis of the impacts of REUNI at the university based off on female enrollments are exposed. Finally, under the point of view of conceptions, statements and reports of university’s feminist movement’s acts, analysis of the interviews were executed through field research guided by feminist and queer studies, emphasising the theorist Judith Butler and the concepts of gender binarism, heteronormativity, compulsory heterosexuality and deconstruction of identities. With this research, it is possible to conclude that the university’s expansion contributed to democratize the access and, therefore, to the arrival of feminist movements inside it. However, at the same time, violence and gender oppression emerged, needing to be incorporated by Unifesp as a challenge to be faced. For this reason, it is important that the university starts establishing partnerships with the feminist unions, creating environments of discussion, resistance and embracement, as well as reviewing the curricular contents of all majors in order to promote changes in gender relations on the university. Therefore, this research establishes itself of extremely importance for reviewing and creating new educational policies, not only on public universities but also on public and student assistance policies on all Brazilian universities.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar como se dão as relações de gênero na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a partir da visão dos movimentos feministas da universidade. Para tanto foram utilizadas metodologias pós-críticas na educação, com foco nos estudos de gênero, pós-gênero, pós-feminismo e estudos queer, por meio de uma bricolagem metodológica, sendo composta por pesquisa documental sobre a Unifesp, o programa de reestruturação e expansão das universidades federais (REUNI), uma análise dos dados de ingresso e dos impactos do REUNI na universidade; bem como a realização de entrevista semiestruturada, com quatorze participantes, composta por um questionário que traça o perfil socioeconômico e indaga as estudantes sobre as relações e conflitos de gênero em todos os campi da Unifesp. Para tanto a pesquisa se desenvolveu da seguinte forma: iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica apresentando um breve histórico da história da mulher e do feminismo na sociedade ocidental, uma introdução aos estudos feministas e à teoria queer, e as relações entre feminismo e educação escolar. Em seguida são expostos o REUNI, a expansão da Unifesp a partir deste programa e um mapeamento do perfil socioeconômico dos alunos da Unifesp com uma análise dos impactos do REUNI na universidade a partir do ingresso feminino. Por fim, são realizadas análises das entrevistas sob a ótica das concepções, discursos e relatos de ações dos movimentos feministas da universidade, por meio da pesquisa de campo sob à luz dos estudos feministas e queer, com ênfase na teórica Judith Butler e os conceitos de binarismo de gênero, heteronormatividade, heterossexualidade compulsória e desconstrução das identidades. É possível concluir com esta pesquisa que a expansão da universidade contribuiu para a democratização do acesso e, consequentemente, para o surgimento dos movimentos feministas em seu interior. Porém, ao mesmo tempo, emergiram violências e opressões de gênero que precisam ser incorporadas pela Unifesp como um desafio a ser enfrentado. Para tanto, é importante que a universidade estabeleça parcerias com os coletivos feministas, crie espaços de discussão, enfrentamento e acolhimento, bem como reveja os conteúdos curriculares de todos os cursos a fim de promover mudanças nas relações de gênero no ambiente universitário. Assim, este trabalho se faz importante e necessário para a revisão e projeção de novas políticas educacionais, tanto no âmbito das universidades públicas, quanto nas políticas públicas e de assistência estudantil nas universidades de todo o Brasil.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar como se dão as relações de gênero na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a partir da visão dos movimentos feministas da universidade. Para tanto foram utilizadas metodologias pós-críticas na educação, com foco nos estudos de gênero, pós-gênero, pós-feminismo e estudos queer, por meio de uma bricolagem metodológica, sendo composta por pesquisa documental sobre a Unifesp, o programa de reestruturação e expansão das universidades federais (REUNI), uma análise dos dados de ingresso e dos impactos do REUNI na universidade; bem como a realização de entrevista semiestruturada, com quatorze participantes, composta por um questionário que traça o perfil socioeconômico e indaga as estudantes sobre as relações e conflitos de gênero em todos os campi da Unifesp. Para tanto a pesquisa se desenvolveu da seguinte forma: iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica apresentando um breve histórico da história da mulher e do feminismo na sociedade ocidental, uma introdução aos estudos feministas e à teoria queer, e as relações entre feminismo e educação escolar. Em seguida são expostos o REUNI, a expansão da Unifesp a partir deste programa e um mapeamento do perfil socioeconômico dos alunos da Unifesp com uma análise dos impactos do REUNI na universidade a partir do ingresso feminino. Por fim, são realizadas análises das entrevistas sob a ótica das concepções, discursos e relatos de ações dos movimentos feministas da universidade, por meio da pesquisa de campo sob à luz dos estudos feministas e queer, com ênfase na teórica Judith Butler e os conceitos de binarismo de gênero, heteronormatividade, heterossexualidade compulsória e desconstrução das identidades. É possível concluir com esta pesquisa que a expansão da universidade contribuiu para a democratização do acesso e, consequentemente, para o surgimento dos movimentos feministas em seu interior. Porém, ao mesmo tempo, emergiram violências e opressões de gênero que precisam ser incorporadas pela Unifesp como um desafio a ser enfrentado. Para tanto, é importante que a universidade estabeleça parcerias com os coletivos feministas, crie espaços de discussão, enfrentamento e acolhimento, bem como reveja os conteúdos curriculares de todos os cursos a fim de promover mudanças nas relações de gênero no ambiente universitário. Assim, este trabalho se faz importante e necessário para a revisão e projeção de novas políticas educacionais, tanto no âmbito das universidades públicas, quanto nas políticas públicas e de assistência estudantil nas universidades de todo o Brasil.