O destino da razão humana: erro e ilusão na Crítica da razão pura
Data
2024-06-27
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Esta dissertação propõe a hipótese de que toda a história da filosofia, até a publicação da Crítica da razão pura (1781; 1787), pode ser interpretada como a história de um erro. Se aceitarmos o deslocamento da relação sujeito-objeto produzido pela revolução copernicana, considerada como revolução epistemológica, em um primeiro momento, sobre os limites do conhecimento humano, sobre a divisão dos objetos do conhecimento como coisas em si e como fenômenos, sobre o caráter subjetivo das intuições puras de tempo e espaço e dos conceitos puros do entendimento, então somos levados a concluir que a história da filosofia foi, até as duas últimas decadas do século XVIII, uma história do erro metafísico. Nosso procedimento consiste em analisar certos conceitos fundamentais da Dialética transcendental da Crítica da razão pura, em particular os conceitos de razão, ilusão transcendental e erro metafísico, tema principal desta dissertação. Além das fontes primárias, especialmente da Crítica da razão pura e da Lógica de Jäsche, recorremos a comentadores que se debruçam sobre a noção de ilusão transcendental, como Henry Allison, em Kant’s Transcendental Idealism (ed. rev. 2004), Michelle Grier, em Kant’s Doctrine of Transcendental Illusion (2001), e Markus Willaschek, em Kant on the Sources of Metaphysics (2018). Pretende-se mostrar o caráter central que a Dialética transcendental exerce não apenas na Crítica da razão pura, mas também na concepção kantiana da história da filosofia.