Efeitos do exercício intenso e exaustivo no útero isolado de camundongos fêmeas C57BL/6

dc.contributor.advisorNouailhetas, Viviane Louise Andree [UNIFESP]
dc.contributor.authorCosta, Alessandra Ermetice de Almeida [UNIFESP]
dc.date.accessioned2015-12-06T23:46:43Z
dc.date.available2015-12-06T23:46:43Z
dc.date.issued2013
dc.description.abstractIntrodução: O exercicio fisico regular e moderado e uma maneira nao invasiva de melhorar a Saúde humana, provocando efeitos beneficos no organismo prevenindo e auxiliando no tratamento de doencas cronico-degenerativas. Em contraste, o exercicio intenso e exaustivo (EIE) pode causar danos, e e geralmente associado a alteracoes metabolicas indesejadas em orgaos e tecidos. Embora seja bem conhecido que o exercicio fisico em excesso realizado por mulheres cause disfuncoes no sistema reprodutor feminino, levando a importantes alteracoes endocrinas, pouco se sabe sobre os mecanismos celulares e ate moleculares, particularmente no utero nao gravidico. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar as possiveis alteracoes morfologicas, funcionais e do estado redox da musculatura lisa uterina isolada oin vitroo em resposta ao EIE. Metodologia: Camundongos femeas C57BL/6 nao gravidas, 3-4 meses, foram randomizadas em quatro grupos: animais submetidos ao exercicio intenso e exaustivo por quatro dias sucessivos e tratados (EIE4) ou nao (controle) com estrogeno; e animais submetidos ao exercicio intenso e exaustivo por 2 dias (EIE2) e seus respectivos controles, ambos na ausencia de tratamento hormonal. O ciclo estral dos animais foi acompanhado atraves de esfregacos vaginais. O protocolo de EIE consistiu de uma sessao diaria de corrida em esteira a 85% da velocidade individual maxima de cada animal ate a sua exaustao por um periodo 4 ou 2 dias. A velocidade maxima foi previamente determinada pelo teste incremental maximo (TIM) realizado antes do protocolo de exercicio. Marcadores de intensidade de treino foram avaliados pelo tempo individual de corrida ate a exaustao do animal e pela correspondente velocidade maxima (TIM). A morfologia uterina foi analisada atraves de cortes histologicos transversais corados com hematoxilina/eosina. A reatividade uterina foi estudada atraves da construcao de curvas nao cumulativas concentracoes-respostas contrateis isometricas induzidas por KCl e carbacol (CCh). Foi avaliado o nivel de hipertrofia cardiaca, do musculo gastrocnemio e das adrenais. O estado redox do tecido foi analisado pela determinacao da peroxidacao lipidica e oxidacao proteica. Resultados: A queda observada no tempo de corrida ate a exaustao e a queda de desempenho no TIM2 em relacao ao TIM1 demonstrou que o EIE prejudicou o desempenho fisico dos animais nos dois grupos exercitados EIE2 e EIE4. Nao foram encontradas alteracoes morfologicas no grupo EIE4, enquanto que no grupo EIE2 o exercicio provocou 10% de reducao na espessura da camada muscular longitudinal. Houve alteracao da reatividade uterina no grupo EIE4 em resposta para estimulacao muscarinica, ja que ocorreu uma diminuicao significativa do CE50 somente para a estimulacao com CCh (6 ± 3 μM no EIE4 e 19 ± 5,7 μM no controle), mas houve forte tendencia de desvio para a esquerda das curva concentracao-resposta ao KCl. Ja no grupo EIE2, o exercicio prejudicou a contratilidade em resposta a estimulacao muscarinica (aumentou significativamente o CE50 de 2,8 ± 1,2 μM para 18 ± 3 μM e reduziu a contracao maxima em 40%) e apresentou uma tendencia para a reducao da contracao induzida por despolarizacao com KCl. A ausencia de ativacao do eixo HPA induzida pelo EIE foi avaliada indiretamente pela manutencao do peso das glandulas adrenais nos dois grupos exercitados (EIE4 e EIE2). Nao houve alteracao nos niveis de hipertrofia cardiaca e do musculo gastrocnemio, tampouco no peso corporal dos animais em ambos os grupos. O EIE aumentou os niveis de peroxidacao lipidica no grupo EIE4, mas provocou significativa queda no grupo EIE2. Ja a oxidacao de proteinas nao foi modificada nos dois grupos de animais exercitados. Conclusao: Tais resultados sugerem que a resposta do utero isolado de camundongos femeas C57BL/6 nao gravidico ao EIE e diferente no estado de estro induzido daquelas obtidas com os animais em estro natural. Assim, no grupo EIE4, a administracao exogena de estrogeno, 24 h antes do sacrificio dos animais (estro induzido) e pos-exercicio, manteve a integridade da musculatura uterina, associada ao aumento da reatividade uterina em resposta a estimulacao muscarinica, apesar de nao ter evitado uma possivel alteracao da homeostase redox do utero, no que diz respeito a maior oxidacao de lipidios. Ja nos animais submetidos ao EIE2 (estro natural), o EIE foi suficiente para provocar relevantes modificacoes tanto da morfologia quanto da reatividade uterinas associadas com significativa queda da oxidacao de lipidios. Com isso, fornecemos evidencias de que o utero nao gravido de camundongos e um orgao alvo do exercicio intenso e excessivo, acarretando alteracoes morfofuncionais importantes que podem estar relacionadas com a disfuncao uterina (niveis hormonais de estrogeno), sem, no entanto, estarem relacionadas com alteracoes do estado redox induzidas pelo exerciciopt
dc.description.sourceBV UNIFESP: Teses e dissertações
dc.format.extent89 p.
dc.identifier.citationSão Paulo: [s.n.], 2013. 89 p.
dc.identifier.fileepm-4090517034958.pdf
dc.identifier.urihttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23239
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/restrictedAccess
dc.subjectAnimaispt
dc.subjectExercíciopt
dc.subjectÚteropt
dc.subjectContração Isométricapt
dc.subjectEstresse Oxidativopt
dc.subjectCarbacolpt
dc.subjectCamundongos Endogâmicos C57BLpt
dc.subject.decsAnimaispt
dc.titleEfeitos do exercício intenso e exaustivo no útero isolado de camundongos fêmeas C57BL/6pt
dc.title.alternativeThe effects of intense and exhaustive exercise on the isolated uterus of C57BL/6 female miceen
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
unifesp.campusSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)pt
unifesp.graduateProgramBiologia Estrutural e Funcional
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