Valor das provas de posicionamento da ponta da agulha de veress em punção do hipocôndrio esquerdo na instalação do pneumoperitônio
Data
2006-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
BACKGROUND: To evaluate tests for Veress needle tip placement intraperitoneally in the left hypochondrium for creating a pneumoperitoneum. METHODS: Needle tip placement tests were evaluated in one hundred patients using the left hypochondrium area. It was considered positive when: aspiration test (PA) -returned organic material; resistance test (PRes) - a low pressure was pushed on the syringe for the liquid infusion; recovery test (PRec) - no liquid was recovered after infusion; dripping test (PG) - drops drained quickly; test for initial intraperitoneal pressure (PPII) - levels were <= 8mmHg. Positive PA suggested bowel injury, while positive PRes, PRec, PG and PPII indicated that needle tip was adequately located in the peritoneal cavity. The Sensitivity ( SE) and Specificity ( SP ), as well as their predictive positive values (PPV) and predictive negative values ( PNV) of these tests were calculated using results correlation which were true-positives (a), false-positives (b), false-negatives (c) and true-negatives (d), accordingly to the formulas: SE =[a/ (a+c)]x100; SP =[d/(b+d)]x100; PPV=[a/(a+b)]x100; PNV=[d(c+d)]x100. RESULTS: If a positive PA had returned, SE and PPV did not fit, and SP=100% and PNV =100%. In the PRes, SE =0%, SP =100%, PPV = did not exist and PNV =90%. Both in the PRec and in the PG, results were for SE =50%, SP =100%, PPV =100% and PNV =94.7%. In the PPII test results were for SE, PPV and PNV =100%. CONCLUSION: Left hypochondrium negative PA guaranteed that bowel was not perforated; PRes test is a not accurate test for detection of the needle tip bad placement, however it accurately indicates its good positioning; PRec and the PG tests do not detect the adequate positioning, but they detect very well the inadequate positioning; PPII test shows with reliability both bad and good positioning of the needle, being the most trustworthy test among those studied.
OBJETIVO: Avaliar provas de posicionamento da agulha de Veress no hipocôndrio esquerdo na criação do pneumoperitônio. MÉTODO: Em cem pacientes puncionados no hipocôndrio esquerdo, provas de posicionamento da agulha foram avaliadas, considerando-as positivas quando, na prova da aspiração (PA), material orgânico era aspirado; na prova da resistência (PRes), exercia-se pequena força no êmbolo da seringa à infusão de líquido; na prova da recuperação (PRec), não se recobrava o líquido infundido; na do gotejamento (PG), as gotas escoavam rapidamente e, na prova da pressão intraperitoneal inicial (PPII), os níveis eram = 8mmHg. PA positiva denunciava iatrogenia, enquanto que PRes, PRec, PG e PPII positivas indicavam que a ponta da agulha estava adequadamente posicionada na cavidade peritoneal. Foram calculadas a sensibilidade (S) e a especificidade (E) das provas, e os seus valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN), mediante correlação dos resultados verdadeiro-positivos (a), falso-positivos (b), falso negativos (c) e verdadeiro-negativos (d), segundo as fórmulas: S=[a/(a+c)]x100; E=[d/(b+d)]x100; VPP=[a/(a+b)]x100; VPN=[d(c+d)]x100. RESULTADOS: Na PA, constatou-se que S e VPP não puderam ser aplicados, e E=100% e VPN=100%. Na PRes, S=0%, E=100%, VPP=não existiu e VPN=90%. Tanto na PRec quanto na PG, S=50%, E=100%, VPP=100% e VPN=94,7%. Na PPII, obteve-se que S, E, VPP e VPN=100%. CONCLUSÕES: Na punção no hipocôndrio esquerdo, PA negativa garante ausência de lesões; a PRes é insegura quanto ao mau posicionamento da agulha, mas indica corretamente o bom; a PRec e a PG não reconhecem bem o adequado posicionamento, mas detectam com segurança o inadequado; a PPII acusa com segurança tanto o mau quanto o bom posicionamento da agulha, sendo a prova mais confiável dentre as estudadas.
OBJETIVO: Avaliar provas de posicionamento da agulha de Veress no hipocôndrio esquerdo na criação do pneumoperitônio. MÉTODO: Em cem pacientes puncionados no hipocôndrio esquerdo, provas de posicionamento da agulha foram avaliadas, considerando-as positivas quando, na prova da aspiração (PA), material orgânico era aspirado; na prova da resistência (PRes), exercia-se pequena força no êmbolo da seringa à infusão de líquido; na prova da recuperação (PRec), não se recobrava o líquido infundido; na do gotejamento (PG), as gotas escoavam rapidamente e, na prova da pressão intraperitoneal inicial (PPII), os níveis eram = 8mmHg. PA positiva denunciava iatrogenia, enquanto que PRes, PRec, PG e PPII positivas indicavam que a ponta da agulha estava adequadamente posicionada na cavidade peritoneal. Foram calculadas a sensibilidade (S) e a especificidade (E) das provas, e os seus valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN), mediante correlação dos resultados verdadeiro-positivos (a), falso-positivos (b), falso negativos (c) e verdadeiro-negativos (d), segundo as fórmulas: S=[a/(a+c)]x100; E=[d/(b+d)]x100; VPP=[a/(a+b)]x100; VPN=[d(c+d)]x100. RESULTADOS: Na PA, constatou-se que S e VPP não puderam ser aplicados, e E=100% e VPN=100%. Na PRes, S=0%, E=100%, VPP=não existiu e VPN=90%. Tanto na PRec quanto na PG, S=50%, E=100%, VPP=100% e VPN=94,7%. Na PPII, obteve-se que S, E, VPP e VPN=100%. CONCLUSÕES: Na punção no hipocôndrio esquerdo, PA negativa garante ausência de lesões; a PRes é insegura quanto ao mau posicionamento da agulha, mas indica corretamente o bom; a PRec e a PG não reconhecem bem o adequado posicionamento, mas detectam com segurança o inadequado; a PPII acusa com segurança tanto o mau quanto o bom posicionamento da agulha, sendo a prova mais confiável dentre as estudadas.
Descrição
Citação
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 33, n. 5, p. 279-284, 2006.