Um grande ou vários pequenos? - uma investigação multi-taxa do padrão SLOSS na Mata Atlântica
Data
2024-04-26
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
O impacto da fragmentação do habitat na biodiversidade continua sendo um tema de debate em curso dentro da comunidade científica, em parte devido aos desafios em mensurar o efeito da fragmentação independentemente da perda de habitat. Um método para avaliar o efeito da fragmentação per se é comparar a riqueza de espécies em um único fragmento grande versus vários fragmentos menores da mesma área total (o padrão SLOSS). Estudos avaliando SLOSS têm produzido resultados variados, indicando tanto efeitos negativos quanto positivos da fragmentação na biodiversidade, chamando assim a atenção para possíveis influências de outros fatores na resposta da biodiversidade à fragmentação per se. Neste estudo, avaliamos SLOSS usando um banco de dados abrangente composto por 35 paisagens com estimativas de riqueza de espécies locais em 567 fragmentos de vários táxons de animais e plantas da Mata Atlântica. Nosso objetivo é avaliar a prevalência de respostas da comunidade a SLOSS, bem como a influência da capacidade de dispersão e especialização do habitat. Além disso, avaliamos a influência do nível de fragmentação (ou seja, o número de fragmentos) na resposta da biodiversidade à fragmentação. Em relação às comunidades animais, em média, a resposta de SLOSS foi neutra (SL=SS), impulsionada pela alta variabilidade nas respostas individuais. Por outro lado, para comunidades de plantas, a riqueza de espécies foi mais frequentemente maior em vários fragmentos pequenos em comparação com um grande fragmento (SS>SL). A capacidade de dispersão das espécies, em geral, não influenciou a resposta de SLOSS, no entanto, espécies especialistas florestais mostraram uma resposta SL>SS com mais frequência em comparação com os generalistas de habitat. Além disso, o nível de fragmentação influenciou a magnitude da resposta da biodiversidade à fragmentação, especialmente em níveis baixos de fragmentação, embora apenas excepcionalmente não tenha impactado a qualidade da resposta. Esses resultados sugerem que, nas paisagens da Mata Atlântica (ou seja, em relação à diversidade gama), a fragmentação per se tem pouco impacto na diversidade de espécies animais, enquanto para as plantas, especialmente árvores, a riqueza de espécies mais comumente aumenta em uma combinação de vários fragmentos pequenos em comparação com um único grande. Em combinação com resultados anteriores que investigam padrões de diversidade local (diversidade alfa) com base no mesmo conjunto de dados, essas descobertas destacam a importância da escala espacial na avaliação dos efeitos da fragmentação na diversidade, indicando que fragmentos menores, coletivamente, podem contribuir para a diversidade regional, particularmente para árvores. Portanto, preservar tanto fragmentos grandes quanto pequenos pode aumentar a eficiência na proteção das espécies em nível regional.
The impact of habitat fragmentation on biodiversity remains a topic of ongoing debate within the scientific community, partly due to challenges in measuring the fragmentation effect independently of habitat loss. One method for assessing the effect of fragmentation per se is comparing species richness in a single large fragment versus several smaller fragments of the same total area (the SLOSS pattern). Studies evaluating SLOSS have yielded varying results, indicating both negative as well as positive effects of fragmentation on biodiversity, thereby calling attention to possible influences of other factors on biodiversity response to fragmentation per se. In this study, we evaluate SLOSS using a comprehensive database comprising 35 landscapes with local species richness estimates in 567 fragments of various animal and plant taxa from the Atlantic Forest. We aim to assess the prevalence of community responses to SLOSS, as well as the influence of dispersal capacity and habitat specialization. Additionally, we evaluate the influence of the fragmentation level (i.e., the number of fragments) on biodiversity response to fragmentation. Regarding animal communities, on average, the SLOSS response was neutral (SL=SS), driven by high variability in individual responses. Conversely, for plant communities, species richness was more frequently higher in several small fragments compared to one large fragment (SS>SL). The dispersal capacity of species, in general, did not influence the SLOSS response, however, forest specialist species showed more frequently SL>SS response compared to habitat generalists. Additionally, fragmentation level influenced the magnitude of biodiversity response to fragmentation, especially at low fragmentation levels, although it did only exceptionally not impact the quality of the response. These results suggest that, in the Atlantic Forest landscapes (i.e. regarding gamma diversity), fragmentation per se has little impact on animal species diversity, while for plants, especially trees, species richness more commonly increases in a combination of several small fragments compared to a single large one. In combination with previous results investigating local diversity patterns (alpha diversity) based on the same dataset, these findings underscore the importance of spatial scale in assessing fragmentation effects on diversity, indicating that smaller fragments, collectively, can contribute to regional diversity, particularly for trees. Therefore, preserving both large and small fragments can enhance efficiency in species protection at a regional level.
The impact of habitat fragmentation on biodiversity remains a topic of ongoing debate within the scientific community, partly due to challenges in measuring the fragmentation effect independently of habitat loss. One method for assessing the effect of fragmentation per se is comparing species richness in a single large fragment versus several smaller fragments of the same total area (the SLOSS pattern). Studies evaluating SLOSS have yielded varying results, indicating both negative as well as positive effects of fragmentation on biodiversity, thereby calling attention to possible influences of other factors on biodiversity response to fragmentation per se. In this study, we evaluate SLOSS using a comprehensive database comprising 35 landscapes with local species richness estimates in 567 fragments of various animal and plant taxa from the Atlantic Forest. We aim to assess the prevalence of community responses to SLOSS, as well as the influence of dispersal capacity and habitat specialization. Additionally, we evaluate the influence of the fragmentation level (i.e., the number of fragments) on biodiversity response to fragmentation. Regarding animal communities, on average, the SLOSS response was neutral (SL=SS), driven by high variability in individual responses. Conversely, for plant communities, species richness was more frequently higher in several small fragments compared to one large fragment (SS>SL). The dispersal capacity of species, in general, did not influence the SLOSS response, however, forest specialist species showed more frequently SL>SS response compared to habitat generalists. Additionally, fragmentation level influenced the magnitude of biodiversity response to fragmentation, especially at low fragmentation levels, although it did only exceptionally not impact the quality of the response. These results suggest that, in the Atlantic Forest landscapes (i.e. regarding gamma diversity), fragmentation per se has little impact on animal species diversity, while for plants, especially trees, species richness more commonly increases in a combination of several small fragments compared to a single large one. In combination with previous results investigating local diversity patterns (alpha diversity) based on the same dataset, these findings underscore the importance of spatial scale in assessing fragmentation effects on diversity, indicating that smaller fragments, collectively, can contribute to regional diversity, particularly for trees. Therefore, preserving both large and small fragments can enhance efficiency in species protection at a regional level.