Da Mitologia Antiga À Literatura Lobatiana Infanto-Juvenil: Estudo Da Transposição Do Mito Do Herói Hércules
Data
2017-04-20
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This research intends to study the transposition made by Monteiro Lobato from the myth of the hero Hercules in Os Doze Trabalhos de Hercules. Two books are used as basis for this analysis: Heracles, by the greek writer Euripides (IV a.C.) and Metamorphoses (Book IV), by the latin writer Ovid. We take the term “transposition” in the sense of changes made in the semantic field and genre of the text. In this sense, Lobato, who uses ancient sources as basis-texts, transforms the text adapting it to its target audience and its time. To proceed this investigation, we will use the theoretical framework developed by Gérard Genette in his work Palimpsestos. To complement, the concepts of myth in Mircea Eliade and Joseph Campbell will also be used in order to comprehend the Hero‟s Journey presented in the three stories. Taking as the motus of this transtextual analysis, it is intended to verify the ways through which Monteiro Lobato transposes to a narrative structure the story of Hercules and his twelve labors locating them in the universe of Sítio do Picapau Amarelo: there, Pedrinho, Visconde and Emília go back in time to visit the ancient Greece. The reading that is proposed from the adaptation of the greek myth to Lobato‟s narrative intends to analyse its didactic feature and, being so, the author‟s intention. Lobato‟s narrative has as an assignment to teach its target audience, representing not only the story of Hercules, but also several greek myths and aspects of the modern every day life, such as education, friendship and the importance of imagination. Moreover: we can confirm if Lobato keeps the mythical characteristics from Ovid and Euripides‟ works and, if so, which changes were necessary and what are his possible reasons for doing so.
A presente pesquisa tem como proposta fazer um estudo da transposição textual elaborada por Monteiro Lobato do mito do herói Hércules a partir de textos clássicos em Os Doze Trabalhos de Hércules. Duas obras são, pois, utilizadas como base para análise: Héracles, do escritor grego Eurípides (IV a.C.) e o livro IX de Metamorfoses, do escritor latino Ovídio, (I a.C.). Tomamos o termo “transposição” no sentido de mudanças no campo semântico e no gênero textual. Nesse sentido, Lobato, que toma das fontes antigas como textos-base, transpõe o texto, adequando-o a seu público-alvo e à sua época. Para levar a bom termo esse estudo, é mobilizado o aparato teórico proposto por Gérard Genette em Palimpsestos. Em diálogo com tal teorização, são ainda convocados os conceitos de mito de Mircea Eliade e de Joseph Campbell, a fim de compreender o chamado Mito do Herói inserido nas três histórias. Tomando como motus dessa pesquisa a análise transtextual, pretende-se verificar os modos pelos quais Monteiro Lobato transpõe em uma estrutura narrativa a história de Hércules e seus doze trabalhos, locando-os no universo do Sítio do Picapau Amarelo: ali, Pedrinho, Visconde e Emília voltam no tempo para visitar a Grécia antiga. A leitura que se propõe da transposição do mito grego para a narrativa lobatiana procura analisar seu caráter exemplar e, por isso mesmo, sua intencionalidade autoral. A narrativa lobatiana dá-se como tarefa ensinar seu público-alvo, representando não somente a história de Hércules, mas igualmente diversos mitos gregos e aspectos do dia-a-dia moderno, como a educação, amizade e a importância da imaginação. Ainda: podemos verificar se Lobato mantém ou não as características míticas das obras de Eurípides ou de Ovídio e, se sim, quais adaptações foram necessárias e quais suas possíveis intenções para tal.
A presente pesquisa tem como proposta fazer um estudo da transposição textual elaborada por Monteiro Lobato do mito do herói Hércules a partir de textos clássicos em Os Doze Trabalhos de Hércules. Duas obras são, pois, utilizadas como base para análise: Héracles, do escritor grego Eurípides (IV a.C.) e o livro IX de Metamorfoses, do escritor latino Ovídio, (I a.C.). Tomamos o termo “transposição” no sentido de mudanças no campo semântico e no gênero textual. Nesse sentido, Lobato, que toma das fontes antigas como textos-base, transpõe o texto, adequando-o a seu público-alvo e à sua época. Para levar a bom termo esse estudo, é mobilizado o aparato teórico proposto por Gérard Genette em Palimpsestos. Em diálogo com tal teorização, são ainda convocados os conceitos de mito de Mircea Eliade e de Joseph Campbell, a fim de compreender o chamado Mito do Herói inserido nas três histórias. Tomando como motus dessa pesquisa a análise transtextual, pretende-se verificar os modos pelos quais Monteiro Lobato transpõe em uma estrutura narrativa a história de Hércules e seus doze trabalhos, locando-os no universo do Sítio do Picapau Amarelo: ali, Pedrinho, Visconde e Emília voltam no tempo para visitar a Grécia antiga. A leitura que se propõe da transposição do mito grego para a narrativa lobatiana procura analisar seu caráter exemplar e, por isso mesmo, sua intencionalidade autoral. A narrativa lobatiana dá-se como tarefa ensinar seu público-alvo, representando não somente a história de Hércules, mas igualmente diversos mitos gregos e aspectos do dia-a-dia moderno, como a educação, amizade e a importância da imaginação. Ainda: podemos verificar se Lobato mantém ou não as características míticas das obras de Eurípides ou de Ovídio e, se sim, quais adaptações foram necessárias e quais suas possíveis intenções para tal.