Infecção neonatal por Streptococcus agalactiae do grupo B e Escherichia coli
Data
2020-10-29
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Neonatal sepsis is a major public health issue worldwide and is among the leading causes of morbidity and mortality in neonates, particularly in developing countries. It is an important component in increasing neonatal mortality rates and can lead to serious complications such as morbidity, with long-term impacts for those who survive despite relatively low numbers of cases in this population. Objectives: to verify mortality for early neonatal sepsis and what are the risk factors for neonatal sepsis caused by Streptococcus agalactiae of group B and Escherichia coli and the mortality and prevalence of microorganisms in an intensive care unit in a school hospital. Method: Observational study conducted between 2007 and 2017 with neonates with the diagnosis of clinical and/or laboratory sepsis admitted to the Neonatal Intensive Care Unit of Hospital São Paulo and search for evidence on the main risk factors for infection and neonatal sepsis with a Systematic Review and Meta-analysis, according to the recommendations of Cochrane Collaboration. Results: The results of this work will be presented in the form of two articles. In Article 1 16 were selected to compose the present study. The main risk factors for neonatal infection with GBS and E.Coli are low birth weight and prematurity. In the meta-analysis chart we identified the higher mortality for E.coli and/or GBS sepsis cases, with Odds ratio 3.54 (P < 0.00001). In article 2 181 neonates were included, 36 were excluded from the study because they did not have the complete data in the electronic records. The blood culture positivity rate was 15(10.3%) and there was no positive sample. The mortality rate was 22%. The most prevalent microorganisms were the coagulase-negative Staphylococcus (CONs) with 6(50%), Streptococcus agalactiae with 2(16.6%). Conclusion: In article 1, sepsis by E. Coli presented higher mortality. It was evident that premature and low birth weight newborns have more susceptibility to acquire infection and later sepsis caused by E. Coli and GBS. In article 2, the most prevalent microorganisms found in the study were CONs and GBS among the gram positive and gram negative E.coli bacteria, requiring in addition to specific measures for the prevention of GBS, prevention strategies for the other types of microorganisms that cause infection. In both studies it became evident that more nationwide studies are needed to investigate the etiologies of neonatal sepsis, to map and monitor its local epidemiology in order to carry out public policies with specific measures aimed at this public.
Introdução: A sepse neonatal é uma importante questão de saúde pública mundial, está entre uma das principais causas de morbidade e mortalidade em neonatos principalmente em países em desenvolvimento. É um importante componente para elevação das taxas de mortalidade neonatal e pode levar a sérias complicações como morbidade, com impactos a longo prazo aos que sobrevivem apesar de números relativamente baixo de casos nesta população. Objetivos: verificar mortalidade para sepse neonatal precoce e quais os fatores de risco da sepse neonatal causada pelo Streptococcus agalactiae do grupo B e Escherichia coli, a mortalidade e prevalência dos microrganismos em uma unidade de cuidados intensivos em um hospital escola. Método: Estudo observacional realizado entre 2007 e 2017 com neonatos com o diagnóstico de sepse clínica e/ou laboratorial admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal do Hospital São Paulo e busca de evidências sobre os principais fatores de risco para infecção e sepse neonatal com uma Revisão Sistemática e Metanálise, conforme as recomendações da Cochrane Collaboration. Resultados: Os resultados deste trabalho serão apresentados na forma de dois artigos. No Artigo 1 foram 16 selecionados para compor o presente estudo. Os principais fatores de risco para infecção neonatal por GBS e E.Coli são baixo peso ao nascer e prematuridade. No gráfico de metanálise foi identificada a mortalidade superior para os casos de sepse por E. coli e/ou GBS, com Odds ratio 3.54 (P < 0.00001). No artigo 2 foram incluídos 181 neonatos, 36 foram excluídos do estudo por não possuírem os dados completos no prontuário eletrônico. A taxa de positividade de hemocultura de sangue foi de 15(10,3%) e de líquor não houve nenhuma amostra positiva. Já a taxa de mortalidade foi de 22%. Os microrganismos mais prevalentes foram o Staphylococcus coagulase-negativa (CONs) com 6(50%), Streptococcus agalactiae com 2(16,6%). Conclusão: No artigo 1 foi que a sepse por E. Coli apresentou maior mortalidade, ficou evidente que os recém-nascidos prematuros e com baixo peso ao nascer possuem mais susceptibilidade para adquirir infecção e posteriormente sepse causada por E. Coli e GBS. No artigo 2, os microrganismos mais prevalentes encontrado no estudo foram CONs e GBS entre as bactérias gram positivas e entre as gram negativas a E. coli, necessitando além de medidas específicas para a prevenção do GBS, estratégias de prevenção para os outros tipos de microrganismos que causam a infecção. Em ambos artigos ficaram evidente que são necessários mais estudos de abrangência nacional para investigação das etiologias da sepse neonatal, mapear e monitorar a sua epidemiologia local para realização de políticas públicas com medidas específicas voltadas para esse público.
Introdução: A sepse neonatal é uma importante questão de saúde pública mundial, está entre uma das principais causas de morbidade e mortalidade em neonatos principalmente em países em desenvolvimento. É um importante componente para elevação das taxas de mortalidade neonatal e pode levar a sérias complicações como morbidade, com impactos a longo prazo aos que sobrevivem apesar de números relativamente baixo de casos nesta população. Objetivos: verificar mortalidade para sepse neonatal precoce e quais os fatores de risco da sepse neonatal causada pelo Streptococcus agalactiae do grupo B e Escherichia coli, a mortalidade e prevalência dos microrganismos em uma unidade de cuidados intensivos em um hospital escola. Método: Estudo observacional realizado entre 2007 e 2017 com neonatos com o diagnóstico de sepse clínica e/ou laboratorial admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal do Hospital São Paulo e busca de evidências sobre os principais fatores de risco para infecção e sepse neonatal com uma Revisão Sistemática e Metanálise, conforme as recomendações da Cochrane Collaboration. Resultados: Os resultados deste trabalho serão apresentados na forma de dois artigos. No Artigo 1 foram 16 selecionados para compor o presente estudo. Os principais fatores de risco para infecção neonatal por GBS e E.Coli são baixo peso ao nascer e prematuridade. No gráfico de metanálise foi identificada a mortalidade superior para os casos de sepse por E. coli e/ou GBS, com Odds ratio 3.54 (P < 0.00001). No artigo 2 foram incluídos 181 neonatos, 36 foram excluídos do estudo por não possuírem os dados completos no prontuário eletrônico. A taxa de positividade de hemocultura de sangue foi de 15(10,3%) e de líquor não houve nenhuma amostra positiva. Já a taxa de mortalidade foi de 22%. Os microrganismos mais prevalentes foram o Staphylococcus coagulase-negativa (CONs) com 6(50%), Streptococcus agalactiae com 2(16,6%). Conclusão: No artigo 1 foi que a sepse por E. Coli apresentou maior mortalidade, ficou evidente que os recém-nascidos prematuros e com baixo peso ao nascer possuem mais susceptibilidade para adquirir infecção e posteriormente sepse causada por E. Coli e GBS. No artigo 2, os microrganismos mais prevalentes encontrado no estudo foram CONs e GBS entre as bactérias gram positivas e entre as gram negativas a E. coli, necessitando além de medidas específicas para a prevenção do GBS, estratégias de prevenção para os outros tipos de microrganismos que causam a infecção. Em ambos artigos ficaram evidente que são necessários mais estudos de abrangência nacional para investigação das etiologias da sepse neonatal, mapear e monitorar a sua epidemiologia local para realização de políticas públicas com medidas específicas voltadas para esse público.