Efeito da dança no suporte social, qualidade de vida, cognição, capacidade funcional e taxa de queda de idosos: revisão sistemática e metanálise

Data
2020-11-26
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Background: Dance emerged from the need for social interaction and non-verbal communication. Dance can be a means of providing opportunities for social interaction and improving health among the elderly. Individuals with a lack of social connections, isolated or disconnected from others have a higher risk of premature death and are 2 to 5 times more likely to die from different causes compared to people who have strong bonds of friendship, family and community. Dance can be a means of providing opportunities for social interaction and improving health among the elderly. Objective: to analyze the effect of dance on social support and quality of life in the elderly. Method: Systematic review of randomized clinical trials following the methodology of the Cochrane Collaboration, which is the synthesis of similar studies, critically evaluated and when possible gathered in a statistical analysis. Primary outcomes: social support and quality of life, and secondary outcomes: cognition, functional capacity and fall rate. Elderly population from 60 years old without condition restriction and intervention of any type of dance. We used Review Manager 5.3 to analyze the data and GRADE to assess the quality of the evidence. Results: We found 11 studies, 10 randomized clinical trials and 1 cluster. We did not find any randomized clinical trial that analyzed the effect of dance on social support in the elderly. Three studies analyzed quality of life, 2 reported improvement and another did not find any statistically significant differences. Seven studies analyzed functional capacity, four reported improvement in functional capacity after dance classes; one study found no significant differences between the control and intervention groups and one reported worsening of functional capacity. Five studies looked at cognition, but the results are controversial. Three studies analyzed the fall rate, one reported worsening, another reported improvement, but did not demonstrate how, and in another study, dancing reduced the risk of falling in the dance group by 50%. We performed a meta-analysis with three outcomes: quality of life, cognition and functional capacity. Conclusions: We cannot confirm the effect of dance on the social support of the elderly. The results for the quality of life outcomes are controversial and have very low quality of evidence, for the outcome of dancing cognition it can result in little or no difference. As for the fall rate, dancing does not reduce the number of falls. Dance can have a great effect on functional capacity, with moderate quality of evidence. To reduce some uncertainties, better and more adequate randomized clinical trials are needed.
Introdução: A dança surgiu da necessidade de interação social e da comunicação não verbal. A dança pode ser um meio de proporcionar oportunidades de interação social e melhorar a saúde entre os idosos. Indivíduos com falta de conexões sociais, isoladas ou desconectadas a outras têm maior risco de morte prematura e de 2 a 5 vezes mais probabilidade de morrer de diferentes causas comparadas a pessoas que têm fortes laços de amizade, familiares e comunitários. A dança pode ser um meio de proporcionar oportunidades de interação social e melhorar a saúde entre os idosos. Objetivo: analisar o efeito da dança no suporte social e qualidade de vida em idosos. Método: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados seguindo a metodologia da Colaboração Cochrane, que é a síntese de estudos semelhantes, avaliados criticamente e quando possível reunidos numa análise estatística. Desfechos primários: suporte social e qualidade de vida, e desfechos secundários: cognição, capacidade funcional e número quedas. População idosos a partir de 60 anos sem restrição de condição e intervenção de qualquer tipo de dança. Utilizamos Review Manager 5.3 para analisar os dados e o GRADE para avaliar a qualidade da evidência. Resultados: Encontramos 11 estudos, 10 ensaios clínicos randomizados e 1 cluster. Não encontramos nenhum ensaio clínico randomizado que analisou o efeito da dança no suporte social em idosos. Três estudos analisaram a qualidade de vida, 2 relataram melhora e outro não encontrou diferenças estatisticamente significantes. Sete estudos analisaram a capacidade funcional, quatro relataram melhora na capacidade funcional após as aulas de dança; um estudo não observou diferenças significativas entre os grupos controle e intervenção e um relatou piora na capacidade funcional. Cinco estudos analisaram a cognição, mas os resultados são controversos. Três estudos analisaram o número de quedas, um relatou piora, outro relata melhora, mas não demonstra como e noutro estudo dançar diminui em 50% o risco de cair no grupo de dança. Realizamos metanálise com três desfechos: qualidade de vida, cognição e capacidade funcional. Conclusões: Não podemos confirmar o efeito da dança no suporte social de idosos. Os resultados para os desfechos de qualidade de vida são controversos e possuem muito baixa qualidade de evidência, para o desfecho de cognição dançar pode resultar em pequena ou nenhuma diferença. Quanto ao número de quedas dançar não reduz o número de quedas. A dança pode resultar em grande efeito na capacidade funcional, com qualidade moderada da evidência. Para redução de algumas incertezas são necessários melhores e mais adequados ensaios clínicos randomizados duplo cegos.
Descrição
Citação