Compostos bioativos e atividade antioxidante química e celular de polpas de frutas da mata atlântica
Data
2013-03-27
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The nutritional value and functional properties are the main factors driving the growing interest in studies with fruits. Thus, the search for exotic fruits, with pleasant flavor, attractive color and with higher levels of bioactive compounds has increased in recent years. This study aimed to quantify the bioactive compounds (carotenoids, anthocyanins, phenolic compounds and ascorbic acid), to identify the pigments (anthocyanins and carotenoids) and phenolic compounds and to determined the antioxidant capacity by in vitro and cellular methods in araçá (Psidium guava Roddi), grumixama (Eugenia brasiliensis Lam), juçara (Euterpe edulis Mart) and uvaia (Eugenia pyriformis Caben.). The araçá showed 76.82 ± 21.82 μg/100g of total carotenoides, the major ones being the all-trans-β-carotene, all-trans-β-cryptoxanthinand all-trans-lutein. The grumixama fruit presented total carotenoid content of 483.25 ± 170.46 μg/100g, where the majority of carotenoids were all-trans-β-cryptoxanthin, all-trans-lutein and all-trans-β-carotene. In juçara, the major carotenoids were identified as all-trans-lutein and all-trans-β-carotene and total carotenoid contents of 737.59 ± 75.80 μg/100g. Uvaia was the fruit with the highest amount of carotenoids (1331.96 ± 21.4 μg/100g), and the major ones were identified as all-trans-β-cryptxanthin, all-trans-β-carotene, all-trans-lutein and all-trans-zeaxanthin.Anthocyanins were identified and quantified only in grumixama and juçara fruits. Thefirst one presented monomeric anthocyanins level of 2.90 ± 0.1 mg/100g and the major anthocyanins were identified as cyanidin-3-glucoside and delphinidin-3-glucoside. In juçara, the majority were cyanidin 3-rutioside and cyanidin 3-glucoside. The monomeric anthocyanin content was found to be 201.4 ± .4 mg/100g. Regarding the phenolic compounds juçara showed the higherst amount (553.7 ± 3.6 mg GAE/100g), followed by grumixama, araçá and uvaia (156.9 ± 7.0, 138.8 ± 27.7 and 138.1 ± 3.4 mg GAE/100g, respectively. Ascorbic acid was analyzed in all fruits; however it was only detected in uvaia (8.2 ± 1.4 mg/100g).Juçara (67.5 ± 1.4 μmol trolox / g) showed the highest scavenger activity against ABTS followed by grumixama, araçá and uvaia. The same order was ma intained for peroxyl radical scavenger capacity of hydrophilic extracts. On the other side, the scavenger activity against lipophilic ROO•, the lipophilic extract from grumixama showed the higest capacity (8.18 ± 0.1), followed by those from uvaia and juçara. Surprinsingly, the araçá lipophilic extract showed pro-oxidant capacity at high concentrations (11.11 mM and 13.33 mM). In the cellular antioxidant activity assay, juçara showed the highest activity (108.9 µmol QE/100g), followed by grumixama (99.3 µmol QE/100g), araçá (66.9 µmol QE/100g) and uvaia (19.1 µmol QE/100g). Taking into account the levels of bioactive compounds and antioxidant capacity values is recommended the insertion of juçara and grumixama in the Brazilian diet as part of the recommended 3 servings of fruit in the Brazilian Food Guide.
O valor nutritivo, os compostos bioativos e as propriedades funcionais são os principais fatores que impulsionam o crescente interesse em estudos com frutas. Neste contexto, a busca por frutas exóticas, de sabor agradável, cor atraente e com níveis altos de compostos bioativos tem aumentado nos últimos anos. Este estudo teve como objetivos determinar os compostos bioativos (carotenoides, compostos fenólicos e ácido ascórbico) e determinar a capacidade antioxidante in vitro de polpas de araçá (Psidium araçá Roddi), grumixama (Eugenia brasiliensis Lam), juçara (Euterpe edulis Mart) e uvaia (Eugenia pyriformis Caben.). O araçá apresentou 77 ± 22 µg/100g (peso fresco) de carotenoides totais sendo os majoritários o all-trans-β-caroteno, a all-trans-β-criptoxantina e a all-trans-luteína. A grumixama apresentou um total de 483 ± 170 µg/100g (peso fresco) de carotenoides, e os majoritários foram a all-trans-β-criptoxantina, a all-trans-luteína e o all-trans-β-caroteno. Na juçara foram identificados como carotenoides majoritários a all-trans-luteína e o all-trans-β-caroteno e total de carotenoides de 737,59 ± 75,80 µg/100g. A uvaia foi a fruta que apresentou maiores teores de carotenoides (1331,96 ± 21,4 µg/100g) e foram identificados como majoritários a all-trans-β-criptoxantina, o all-trans-β-caroteno, a all-trans-luteína e a all-trans-zeaxantina. As antocianinas foram determinadas somente na grumixama e na juçara. A primeira apresentou um total de antocianinas monoméricas de 2,90 ± 0,1 mg/100g (peso fresco) e foram identificadas como majoritárias a cianidina 3-glucosídeo e a delfinidina 3-glucosideo. Na juçara as antocianinas majoritárias foram a cianidina 3-rutinosideo e a cianidina 3-glicosideo, e o valor de antocianinas monoméricas foi de 201,4 ± 6,4 mg/100g. Em relação aos compostos fenólicos, a juçara apresentou os maiores teores (553,7 ± 3,6 mg EAG/100g), seguido pela grumixama, araçá e uvaia (156,9 ± 7,0; 138,8 ± 27,7 e 138,1 ± 3,4 mg EAG100g, respectivamente). O ácido ascórbico foi avaliado em todas as frutas, porém foi encontrado somente na uvaia (8,2 ± 1,4 mg AA/100g). Na determinação da atividade antioxidante em sistema homogêneo pelo método ABTS, a juçara (67,5 ± 1,4 µmol trolox/g peso fresco) apresentou maior atividade seguido pela grumixama, araçá e uvaia. A mesma ordem se manteve para o ensaio de desativação do radical peroxila pelos extratos hidrofílicos. Por outro lado, na desativação dos radicais peroxila pelos extratos lipofílicos, a grumixama apresentou maior atividade (8,18 ± 0,1 relativo ao -tocoferol) seguido da uvaia e da juçara. Já o araçá apresentou atividade pró-oxidante em concentrações mais elevadas (11,11 µM e 13,33 µM). Quando se avaliou a atividade antioxidante celular a juçara mostrou maior atividade (108,9 µmol QE/100g), seguido da grumixama (99,3 µmol QE/100g), do araçá (66,9 µmol QE/100g) e da uvaia (19,1 µmol QE/100g). Levando em conta os teores de compostos bioativos e potencial antioxidante, recomenda-se a inserção da juçara e da grumixama na dieta do brasileiro, para fazer parte das 3 porções de frutas recomendadas no Guia Alimentar Brasileiro.
O valor nutritivo, os compostos bioativos e as propriedades funcionais são os principais fatores que impulsionam o crescente interesse em estudos com frutas. Neste contexto, a busca por frutas exóticas, de sabor agradável, cor atraente e com níveis altos de compostos bioativos tem aumentado nos últimos anos. Este estudo teve como objetivos determinar os compostos bioativos (carotenoides, compostos fenólicos e ácido ascórbico) e determinar a capacidade antioxidante in vitro de polpas de araçá (Psidium araçá Roddi), grumixama (Eugenia brasiliensis Lam), juçara (Euterpe edulis Mart) e uvaia (Eugenia pyriformis Caben.). O araçá apresentou 77 ± 22 µg/100g (peso fresco) de carotenoides totais sendo os majoritários o all-trans-β-caroteno, a all-trans-β-criptoxantina e a all-trans-luteína. A grumixama apresentou um total de 483 ± 170 µg/100g (peso fresco) de carotenoides, e os majoritários foram a all-trans-β-criptoxantina, a all-trans-luteína e o all-trans-β-caroteno. Na juçara foram identificados como carotenoides majoritários a all-trans-luteína e o all-trans-β-caroteno e total de carotenoides de 737,59 ± 75,80 µg/100g. A uvaia foi a fruta que apresentou maiores teores de carotenoides (1331,96 ± 21,4 µg/100g) e foram identificados como majoritários a all-trans-β-criptoxantina, o all-trans-β-caroteno, a all-trans-luteína e a all-trans-zeaxantina. As antocianinas foram determinadas somente na grumixama e na juçara. A primeira apresentou um total de antocianinas monoméricas de 2,90 ± 0,1 mg/100g (peso fresco) e foram identificadas como majoritárias a cianidina 3-glucosídeo e a delfinidina 3-glucosideo. Na juçara as antocianinas majoritárias foram a cianidina 3-rutinosideo e a cianidina 3-glicosideo, e o valor de antocianinas monoméricas foi de 201,4 ± 6,4 mg/100g. Em relação aos compostos fenólicos, a juçara apresentou os maiores teores (553,7 ± 3,6 mg EAG/100g), seguido pela grumixama, araçá e uvaia (156,9 ± 7,0; 138,8 ± 27,7 e 138,1 ± 3,4 mg EAG100g, respectivamente). O ácido ascórbico foi avaliado em todas as frutas, porém foi encontrado somente na uvaia (8,2 ± 1,4 mg AA/100g). Na determinação da atividade antioxidante em sistema homogêneo pelo método ABTS, a juçara (67,5 ± 1,4 µmol trolox/g peso fresco) apresentou maior atividade seguido pela grumixama, araçá e uvaia. A mesma ordem se manteve para o ensaio de desativação do radical peroxila pelos extratos hidrofílicos. Por outro lado, na desativação dos radicais peroxila pelos extratos lipofílicos, a grumixama apresentou maior atividade (8,18 ± 0,1 relativo ao -tocoferol) seguido da uvaia e da juçara. Já o araçá apresentou atividade pró-oxidante em concentrações mais elevadas (11,11 µM e 13,33 µM). Quando se avaliou a atividade antioxidante celular a juçara mostrou maior atividade (108,9 µmol QE/100g), seguido da grumixama (99,3 µmol QE/100g), do araçá (66,9 µmol QE/100g) e da uvaia (19,1 µmol QE/100g). Levando em conta os teores de compostos bioativos e potencial antioxidante, recomenda-se a inserção da juçara e da grumixama na dieta do brasileiro, para fazer parte das 3 porções de frutas recomendadas no Guia Alimentar Brasileiro.
Descrição
Citação
SILVA, Nathalia Azevedo. Compostos bioativos e atividade antioxidante química e celular de polpas de frutas da mata atlântica. 2013. 132 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2013.