Classificação de Robson como instrumento de avaliação das taxas de cesáreas em um hospital público terciário da Amazônia ocidental brasileira
Data
2021
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objectives: Analyzing rates cesarean section according to Robson’s Classification System in a Brazilian Western Amazon town. Method: Prospective, exploratory transversal design study, carried out in a high risk reference maternity that exclusively serves the Unified Health System users, in Rio Branco, Acre State Capital and the neighboring towns. 1,581 childbirth admitted women in a six-month period were included. Data collection has gone through three stages. The first stage was made with all childbirth admitted women, by filling in Robson’s classification questionnaire and with Robson’s calculator App for Smartphone available. The second stage was carried out by filling in sociodemographic data available in the live birth declaration and vaginal birth record book. And the third stage was a structured interview aimed at the puerperal women who were submitted to cesarean section (CS) and complemented with prenatal card data, from maternal and newborn medical records. Descriptive and inferential analyses were performed using the Chi-square test to test the association between the variables. Results: 1,581 births out of 703 (44.5%) were CS, from these 37.3% were primiparous and 62.7% multiparous. Most of them were between 20 and 34 years old and were 12 years of study, on average. Most CS were performed in the labor absence in women with a gestational age of 39 weeks (61.1%). Regarding the distribution of Robson's groups, the largest group was G3 followed by G5, which had 75.0% of CS. This was the group that contributed most to the surgical births overall rate (30.7%). High rate of CS was also found in G2 67.1%, groups G6, G7, G8 had CS rates above 70%, with G9 having 100%. G10 had a 43.9% rate. The main CS medical indication was hypertensive disorder with 19.2%, followed by the previous cesarean section, 15.3%. The CS primary cause in Group 5 was the presence of an anterior CS (38%). Conclusion: Robson's Classification is a useful tool in CS rates monitoring and it is possible to identify the most affected population. The group that performed CS most was group 5, followed by groups 2 and 1. The indication for CS that most appeared was hypertensive disorder, followed by previous CS. The hypertensive disorder was not among the recommendations for CS programmed according to the CONITEC/MS guidelines. This finding becomes important to seek measures that aim to reduce the first CS in women without indication, reducing the chance of an CS in the next pregnancy and fetal, maternal complications.
Objetivos: Analisar as taxas de operação cesariana segundo o Sistema de Classificação de Robson em um município da Amazônia Ocidental Brasileira. Método: Estudo prospectivo, exploratório de delineamento transversal, realizado em uma maternidade de referência para alto risco obstétrico, que atende exclusivamente usuárias do Sistema Único de Saúde da capital do Estado do Acre e municípios vizinhos. Foram incluídas no estudo 1.581 mulheres admitidas para o parto em um período de seis meses. A coleta dos dados compreendeu três etapas. A primeira feita com todas as mulheres admitidas para o parto, com preenchimento do questionário da classificação de Robson e com o App Calculadora de Robson, disponível para Smartphone. A segunda etapa foi realizada com o preenchimento de dados sociodemográficos, disponíveis na declaração de nascido vivo e livro de registro de parto vaginal. Já a terceira, foi feita entrevista estruturada destinada às puérperas submetidas à operação cesariana (OC) e complementada com dados do cartão prénatal, dados do prontuário materno e do recém-nascido. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais, utilizando o teste de Qui-quadrado para testar associação entre as variáveis. Resultados: Dos 1.581 partos 703 (44,5%) foram cesáreas, destas 37,3% primíparas e 62,7% multíparas. A maioria estava na faixa etária de 20 a 34 anos e tinha, em média, 12 anos de estudo. A maior parte das OC foi realizada fora do trabalho de parto e em mulheres com idade gestacional de 39 semanas (61,1%). Quanto à distribuição dos grupos de Robson, de foram geral o maior grupo foi o G3 com 22,1%. O grupo G5, foi o segundo maior grupo do estudo, neste grupo 75,0% dos partos foram por operação cesariana, entre as mulheres que fizeram cesárea foi o maior grupo do estudo (30,7%). Uma alta taxa de OC também form encontrada no G2 com 67,1%, os grupos G6, G7, G8 tiveram taxas de OC acima de 70%, tendo o G9 100% de OC. O G10 teve taxa de 43,9%. A principal indicação médica das cesáreas foi a doença hipertensiva com 19,2%, seguido por cesárea anterior 15,3%. A causa primária de OC no Grupo 5 foi a presença de uma cesárea anterior (38%). Conclusão: A Classificação de Robson é uma ferramenta útil no monitoramento das taxas de OC, sendo possível identificar a população mais acometida. O grupo 5 foi o que mais realizou OC, seguido pelos grupos 2 e 1. A principal indicação de cesárea identificada foi distúrbio hipertensivo, seguido de cesárea anterior, não estando o distúrbio hipertensivo entre as recomendação para OC programadas nas diretrizes do CONITEC/MS. Com esse achado, torna-se importante buscar medidas que visem reduzir a primeira OC em mulheres sem causa médica, diminuindo a chance de uma OC na próxima gravidez e complicações maternas e fetais.
Objetivos: Analisar as taxas de operação cesariana segundo o Sistema de Classificação de Robson em um município da Amazônia Ocidental Brasileira. Método: Estudo prospectivo, exploratório de delineamento transversal, realizado em uma maternidade de referência para alto risco obstétrico, que atende exclusivamente usuárias do Sistema Único de Saúde da capital do Estado do Acre e municípios vizinhos. Foram incluídas no estudo 1.581 mulheres admitidas para o parto em um período de seis meses. A coleta dos dados compreendeu três etapas. A primeira feita com todas as mulheres admitidas para o parto, com preenchimento do questionário da classificação de Robson e com o App Calculadora de Robson, disponível para Smartphone. A segunda etapa foi realizada com o preenchimento de dados sociodemográficos, disponíveis na declaração de nascido vivo e livro de registro de parto vaginal. Já a terceira, foi feita entrevista estruturada destinada às puérperas submetidas à operação cesariana (OC) e complementada com dados do cartão prénatal, dados do prontuário materno e do recém-nascido. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais, utilizando o teste de Qui-quadrado para testar associação entre as variáveis. Resultados: Dos 1.581 partos 703 (44,5%) foram cesáreas, destas 37,3% primíparas e 62,7% multíparas. A maioria estava na faixa etária de 20 a 34 anos e tinha, em média, 12 anos de estudo. A maior parte das OC foi realizada fora do trabalho de parto e em mulheres com idade gestacional de 39 semanas (61,1%). Quanto à distribuição dos grupos de Robson, de foram geral o maior grupo foi o G3 com 22,1%. O grupo G5, foi o segundo maior grupo do estudo, neste grupo 75,0% dos partos foram por operação cesariana, entre as mulheres que fizeram cesárea foi o maior grupo do estudo (30,7%). Uma alta taxa de OC também form encontrada no G2 com 67,1%, os grupos G6, G7, G8 tiveram taxas de OC acima de 70%, tendo o G9 100% de OC. O G10 teve taxa de 43,9%. A principal indicação médica das cesáreas foi a doença hipertensiva com 19,2%, seguido por cesárea anterior 15,3%. A causa primária de OC no Grupo 5 foi a presença de uma cesárea anterior (38%). Conclusão: A Classificação de Robson é uma ferramenta útil no monitoramento das taxas de OC, sendo possível identificar a população mais acometida. O grupo 5 foi o que mais realizou OC, seguido pelos grupos 2 e 1. A principal indicação de cesárea identificada foi distúrbio hipertensivo, seguido de cesárea anterior, não estando o distúrbio hipertensivo entre as recomendação para OC programadas nas diretrizes do CONITEC/MS. Com esse achado, torna-se importante buscar medidas que visem reduzir a primeira OC em mulheres sem causa médica, diminuindo a chance de uma OC na próxima gravidez e complicações maternas e fetais.