Estudo do tempo entre o diagnóstico e início do tratamento do câncer de mama em idosas de um hospital de referência em São Paulo-Brasil
Data
2014-10-29
Autores
Souza, Camila Brandao de 
Orientadores
Schirmer, Janine Schirmer
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
The time interval between diagnosis and initiation of treatment of breast cancer is an important variable in the outcome of cases, and the shorter, the better the prognosis. From 2012, the Federal Law n° 12,732 secured to cancer patients that this interval does not exceed 60 days. Objective: To analyze the time between diagnosis and start of treatment in older women diagnosed with breast cancer between the years 2001 to 2006, in a reference service in São Paulo, and find out the socio demographic and clinical profile. Methodology: A descriptive study of secondary data from the Hospital Cancer Registry, in a reference hospital in São Paulo, Brazil. 1299 cases were analyzed and socio demographic, clinical and temporal variables were collected . It was used the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 20.0. The univariate analysis was made for the association between time and the study variables used the chi-square test of association. Two groups of women were formed using the time variable, the time between diagnosis and initiation of treatment "within 60 days" and "greater than 60 days." It was considered for a level of significance, p <0.05. It was obtained approval from the Federal University of São Paulo Research Ethics Committee and funding from the National Council for Scientific and Technological Development. Results: Over 50% were between 60-69 years old, 90% came to the hospital without diagnosis and earlier treatment. In 98% of the cases the primary location of the breast tumor was inaccurate in 78% and the histological type was invasive ductal carcinoma. The stage II in 44%. The average time between diagnosis and start of treatment was two months or 60 days, with 80% of women seen within that range. Elderly women undiagnosed and without treatment took less time to start treatment (p = 0.001). Women with tumor staging in early stage, in situ and I, had an advantage in agility of treatment (p = 0.001). The time was significant for the outcome of relapse (p = 0.004) and metastasis (p = 0.038). Conclusion: It is emphasized that the study period precedes the "Law of 60 days," and yet the time intervals demonstrate quality and solvability of service. This study serves as a basis for planning strategies and policies to clinical care to elderly woman by the interdisciplinary team interventions
O intervalo do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer de mama é variável importante no desfecho dos casos, e quanto menor, melhor o prognóstico. A partir de 2012, a Lei Federal n°12.732 garantiu ao paciente oncológico que esse intervalo não supere os 60 dias. Objetivo: Analisar o tempo entre o diagnóstico e o inicio do tratamento em mulheres idosas, diagnosticadas com câncer de mama entre os anos de 2001 a 2006, em um serviço de referência, em São Paulo, e conhecer o perfil sociodemográfico e clínico. Metodologia: Estudo descritivo, de dados secundários do Registro Hospitalar de Câncer, em Hospital de referência de São Paulo, Brasil. Analisou-se 1299 casos, coletou-se variáveis sociodemográfica, clínicas e temporais. Utilizou-se o Pacote Estatístico para Ciências Sociais (SPSS), versão 20.0. Realizou-se a análise descritiva univariadada, para a associação entre o tempo e as variáveis do estudo utilizou-se o teste qui-quadrado de associação. Formou-se dois grupos de mulheres utilizando a variável tempo sendo o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento “até 60 dias” e “maior que 60 dias”. Considerou-se para um nível de significância, p<0,05. Obteve-se aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Resultados: Mais de 50% tinham entre 60-69 anos, 90% chegaram ao serviço sem diagnóstico e sem tratamento anterior. Em 98% dos casos a localização primária do tumor mamário esteve imprecisa e em 78% o tipo histológico foi carcinoma ductal infiltrante. O estadiamento II em 44%. A média do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de dois meses, ou 60 dias, com 80% das mulheres atendidas dentro desse intervalo. As idosas sem o diagnóstico e sem o tratamento levaram menos tempo para iniciarem o tratamento (p=0,001). As mulheres com estadiamento do tumor na fase inicial, in situ e I, tiveram uma vantagem na agilidade do tratamento (p=0,001). O tempo foi significante para os desfechos de recidiva (p=0,004) e metástase (p=0,038). Conclusão: Enfatiza-se que o período estudado precede à “Lei do 60 dias”, e ainda assim, os intervalos de tempo encontrados demonstram qualidade e resolubilidade do serviço prestado. Este estudo serve como base para se planejar estratégias de intervenções clínicas e políticas ao atendimento a mulher idosa pela equipe interdisciplinar.
O intervalo do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer de mama é variável importante no desfecho dos casos, e quanto menor, melhor o prognóstico. A partir de 2012, a Lei Federal n°12.732 garantiu ao paciente oncológico que esse intervalo não supere os 60 dias. Objetivo: Analisar o tempo entre o diagnóstico e o inicio do tratamento em mulheres idosas, diagnosticadas com câncer de mama entre os anos de 2001 a 2006, em um serviço de referência, em São Paulo, e conhecer o perfil sociodemográfico e clínico. Metodologia: Estudo descritivo, de dados secundários do Registro Hospitalar de Câncer, em Hospital de referência de São Paulo, Brasil. Analisou-se 1299 casos, coletou-se variáveis sociodemográfica, clínicas e temporais. Utilizou-se o Pacote Estatístico para Ciências Sociais (SPSS), versão 20.0. Realizou-se a análise descritiva univariadada, para a associação entre o tempo e as variáveis do estudo utilizou-se o teste qui-quadrado de associação. Formou-se dois grupos de mulheres utilizando a variável tempo sendo o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento “até 60 dias” e “maior que 60 dias”. Considerou-se para um nível de significância, p<0,05. Obteve-se aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Resultados: Mais de 50% tinham entre 60-69 anos, 90% chegaram ao serviço sem diagnóstico e sem tratamento anterior. Em 98% dos casos a localização primária do tumor mamário esteve imprecisa e em 78% o tipo histológico foi carcinoma ductal infiltrante. O estadiamento II em 44%. A média do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de dois meses, ou 60 dias, com 80% das mulheres atendidas dentro desse intervalo. As idosas sem o diagnóstico e sem o tratamento levaram menos tempo para iniciarem o tratamento (p=0,001). As mulheres com estadiamento do tumor na fase inicial, in situ e I, tiveram uma vantagem na agilidade do tratamento (p=0,001). O tempo foi significante para os desfechos de recidiva (p=0,004) e metástase (p=0,038). Conclusão: Enfatiza-se que o período estudado precede à “Lei do 60 dias”, e ainda assim, os intervalos de tempo encontrados demonstram qualidade e resolubilidade do serviço prestado. Este estudo serve como base para se planejar estratégias de intervenções clínicas e políticas ao atendimento a mulher idosa pela equipe interdisciplinar.
Descrição
Citação
SOUZA, Camila Brandao de. Estudo do tempo entre o diagnóstico e início do tratamento do câncer de mama em idosas de um hospital de referência em São Paulo-Brasil. 2014. 77 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.