Resposta imune humoral e autoantígenos na doença cardiovascular

dc.contributor.advisorFonseca, Henrique Andrade Rodrigues da [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coGidlund, Magnus Ake
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/1938952491463219pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4644910503257565pt_BR
dc.contributor.authorSant' Anna, Viviane Aparecida Rodrigues [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5634287694952808pt_BR
dc.coverage.spatialSão Paulopt_BR
dc.date.accessioned2022-04-13T14:38:08Z
dc.date.available2022-04-13T14:38:08Z
dc.date.issued2021-12-10
dc.description.abstractIntrodução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade, tanto em países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. A aterosclerose é o principal fator que contribui para a ocorrência das DCV. Vários estudos indicam que há envolvimento das respostas imunes inata e adaptativa contra antígenos derivados da partícula de lipoproteína de baixa densidade oxidada (oxLDL) na aterogênese. A presença de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) eleva o risco de um evento cardiovascular, além de estar associada à modulação da resposta imune, que por sua vez, pode ter implicações na progressão da aterosclerose. A definição e a validação de biomarcadores mais específicos na detecção e predição das DCV em todos os seus estágios, bem como na avaliação do risco cardiovascular que contribua para implementação de estratégias terapêuticas são abordagens de pesquisa para prevenção e redução de eventos cardiovasculares em indivíduos com ou sem DM2. Objetivos: Avaliar o papel de autoanticorpos contra fragmentos derivados da oxLDL, de peptídeo derivado da apolipoproteína B-100 (apoB-100, peptídeo ApoB-D) e dos níveis circulantes de oxLDL na predição do risco cardiovascular, bem como os efeitos da intervenção coronária percutânea (ICP) com implante de diferentes tipos de stents na modulação da resposta imune contra esses autoantígenos. Métodos: Esse trabalho foi dividido em três partes. A primeira parte buscou investigar o valor preditivo de autoanticorpos contra autoantígenos derivados da oxLDL e apoB-100 na ocorrência de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) em indivíduos com DM2. Esse foi um estudo de coorte, multicêntrico com análise prospectiva de desfechos, incluindo 294 participantes com idade entre 30 e 70 anos, de ambos os sexos. Os dados foram coletados entre 2001 e 2011 em diferentes regiões do Brasil. Dados clínicos e laboratoriais foram obtidos no início do estudo para determinar a taxa de risco e intervalo de confiança relacionado a incidência de eventos no período. Amostras de sangue foram coletadas no início do estudo e armazenadas a -80ºC e utilizadas posteriormente para análise de marcadores de resposta imune humoral. A segunda parte da tese incluiu o estudo dos efeitos da ICP com implante de stent de cromo-cobalto convencional e stent com eluidor de sirolimus com polímero biodegradável sobre a modulação de marcadores de resposta imune humoral à autoantígenos e citocinas em indivíduos com doença arterial coronariana. Esse foi um estudo piloto, prospectivo em centro único, que envolveu 30 participantes elegíveis para ICP, randomizados para receber um dos dois tipos de stent (farmacológico – SF e não farmacológico – SNF). Amostras de sangue foram coletadas na artéria periférica (AP) e no seio coronário (SC) no início do estudo e após 40 semanas da intervenção. A terceira parte buscou caracterizar um anticorpo monoclonal desenvolvido pelo nosso grupo, a fim de detectar epítopo derivado da oxidação da LDL por cobre avaliando se esse epítopo tem valor preditivo para MACE em indivíduos com DM2. Anticorpos totais, autoanticorpos, citocinas e níveis do epítopo derivado da oxLDL foram detectados por meio de imunoensaio enzimático. As análises estatísticas em todos os estudos foram feitas utilizando o teste T ou Mann-Whitney para amostras não pareadas, de acordo com a distribuição das variáveis e para análise de variáveis pareadas foram utilizados o teste t pareado ou o teste de Wilcoxon, com correção pelo teste de Bonferroni, p<0,025. As curvas de sobrevida foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e a regressão de Cox para identificar a relação entre os autoanticorpos e os níveis do epítopo derivado da oxLDL e a ocorrência de MACE. Um nível de significância de 5% foi adotado para esses testes. Resultados: Houve uma relação entre os títulos de IgM anti-ApoB-D e MACE apenas em homens. Aqueles com títulos de autoanticorpos IgM mais elevados no início do estudo tiveram um risco menor de eventos cardiovasculares. O mesmo não foi observado para títulos de IgG anti-ApoB-D. Em contraste, as mulheres com níveis mais elevados de IgG anti-ApoB-D no início do estudo apresentaram maior risco de MACE, enquanto não houve relação entre o risco de eventos e os títulos de IgM anti-ApoB-D. Não houve relação entre títulos de IgM ou IgG anti-oxLDL como ocorrência de MACE. No contexto da ICP, após 40 semanas da angioplastia coronariana, houve uma redução nos títulos de IgM anti-oxLDL tanto na AP quanto no SC. Os títulos de IgG anti-ApoB-D foram reduzidos apenas na AP, enquanto os títulos de IgG anti-oxLDL aumentaram na AP. Os níveis de TGF-β e IFN-γ foram reduzidos na AP, mas não no SC. Além disso, foi detectada uma redução nos títulos de IgM anti-oxLDL no grupo SNF na AP e no SC. O monoclonal mAb073SB foi caracterizado e os seus testes padronizados com intervalos entre ensaios (coeficiente intraplacas/intraensaios) < 5%, identificando a especificidade na detecção de epítopo derivado da LDL oxidada por cobre. Ainda, os resultados mostraram valor preditivo desse epítopo para ocorrência de MACE, em homens. Conclusão: Marcadores de resposta imune humoral e níveis de epítopo derivado da oxLDL podem ter valor na predição da ocorrência de MACE sexo-dependente. Além disso, a ICP foi capaz de modular esses marcadores de forma distinta, de acordo com o tipo de stent implantado por longo tempo. Do ponto de vista clínico, esses potenciais biomarcadores serão úteis para a definição do risco individual e para orientação de intervenções para prevenção de eventos cardiovasculares e suas complicações.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)pt_BR
dc.format.extent111 f.pt_BR
dc.identifier.citationSANT' ANNA, V.A.R. Resposta Imune humoral e autoantígenos na doença cardiovascular. São Paulo, 2021, 11 f. Tese ( Doutorado em Cardiologia) - Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11600/63723
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulopt_BR
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccesspt_BR
dc.subjectEventos cardiovasculares adversos maiorespt_BR
dc.subjectBiomarcadorespt_BR
dc.subjectResposta imune humoralpt_BR
dc.subjectAnticorpospt_BR
dc.subjectApolipoproteína Bpt_BR
dc.subjectCitocinaspt_BR
dc.subjectIntervenção coronária percutâneapt_BR
dc.subjectArtéria periféricapt_BR
dc.subjectSeio coronáriopt_BR
dc.subjectStent farmacológicopt_BR
dc.subjectStent não farmacológicopt_BR
dc.titleResposta imune humoral e autoantígenos na doença cardiovascularpt_BR
dc.title.alternativeHumoral immune response and autoantigens in cardiovascular diseaseen
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesispt_BR
unifesp.campusEscola Paulista de Medicina (EPM)pt_BR
unifesp.graduateProgramMedicina (Cardiologia)pt_BR
unifesp.knowledgeAreaCardiologiapt_BR
unifesp.researchAreaResposta imune e doenças cardiovascularespt_BR
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