Avaliação da saúde feminina em pacientes com hepatite autoimune acompanhadas em ambulatório de referência em hepatologia

dc.contributor.advisorFerraz, Maria Lúcia Cardoso Gomes [UNIFESP]
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/1870810357457710
dc.contributor.authorMascarenhas, Marjorie Desirèe Medrado [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4283158495201460
dc.coverage.spatialSão Paulo
dc.date.accessioned2024-04-08T18:18:41Z
dc.date.available2024-04-08T18:18:41Z
dc.date.issued2024-01-31
dc.description.abstractIntrodução: A hepatite autoimune (HAI) é uma doença hepática pouco comum, com etiologia complexa, que envolve interações entre fatores genéticos e ambientais. A incidência é de 1,37/100.000 habitantes, com variações nas diversas regiões do mundo. HAI caracteriza-se por acometer com maior frequência o sexo feminino, especialmente em idade reprodutiva, com proporção de mulheres para homens de 3:1. Com isso, a saúde da mulher torna-se um campo de estudo importante nesta doença, visando o aperfeiçoamento do aconselhamento pré-concepção, manejo durante gestação, assim como orientações quanto à menarca, vida sexual, climatério e menopausa. Objetivo: Descrever os aspectos da saúde feminina em pacientes com HAI, identificando aspectos próprios das diferentes faixas etárias e aqueles relacionados às gestações e suas eventuais complicações; e comparar os achados com os dados disponíveis para população geral feminina no Brasil. Materiais e Métodos: Pacientes do sexo feminino com diagnóstico de hepatite autoimune acompanhadas no Centro de Tratamento de Doenças do Fígado e Intestino da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM, durante o ano de 2022, foram convidadas a responder a um questionário sobre a saúde feminina, abordando questões sobre antecedentes médicos, histórico menstrual, atividade sexual, métodos contraceptivos, histórico gestacional, planejamento familiar e antecedentes ginecológicos. Foram coletados de prontuário dados sorológicos, histopatológicos e desfechos clínicos das pacientes incluídas no estudo. Resultados: Foram incluídas no estudo 94 pacientes, para as quais foi aplicado o questionário padronizado sobre saúde feminina. A mediana de idade à apresentação foi de 41±17,8 anos (18% com diagnóstico antes dos 18 anos). A HAI tipo I correspondeu a 84% da população do estudo e cirrose estava presente na abertura do quadro em 32% dos casos. Doença autoimune extra-hepática ocorreu em 20% e a comorbidade mais prevalente foi orteoporose/osteopenia (em 51,2%). Quanto aos aspectos da saúde feminina, o fluxo menstrual foi considerado regular em 67% da casuística e não houve relato de amenorreia primária. Dos pacientes com relato de doença sexualmente transmissível (N=14) a mais prevalente foi HPV, referida por 50% das pacientes. O método contraceptivo mais utilizado foi o método de barreira, em 35% da população. Em relação ao histórico gestacional, considerando um total de 70 pacientes, houve complicações obstétricas em 30% das pacientes, em maior número do que na população geral, estimada em 4,25%. Aborto espontâneo ocorreu em 31% das pacientes (cerca de 14% em dados da população brasileira) e parto prematuro em 11,4% (10% na população geral no Brasil). Apenas cerca de metade das pacientes relataram ter tido gravidez planejada e 96% realizaram de pré-natal. O parto foi cesárea em 45% dos casos. Complicações gestacionais não se associaram à presença de cirrose ao diagnóstico. Aproximadamente 70% das pacientes amamentaram e 47% o fizeram por mais de 6 meses. Câncer de mama foi diagnosticado em 2% das pacientes e não houve relato de outros tipos de câncer ginecológico. Sintomas de climatério foram descritos em 53% da população que relataram ter entrado na menopausa (N=57). 67,3% da população da nossa casuística tiveram diagnóstico de HAI após a menopausa. Por outro lado, insuficiência ovariana precoce (antes de 40 anos) ocorreu em 17% das pacientes (1% na população geral). Conclusões: Houve maior ocorrência de aborto espontâneo, parto prematuro e natimorto na população com HAI, quando comparado a dados da população geral. Por outro lado, a cirrose hepática não se relacionou a uma maior taxa de complicações gestacionais. A insuficiência ovariana precoce (antes de 40 anos) foi mais frequente do que na população geral (17%x1%). Como achado relevante, cerca de 50% das gestações foram não planejadas, reforçando a necessidade de orientação educacional mais intensa para pacientes com HAI sobre os diversos aspectos da saúde feminina, o que poderia evitar complicações e desfechos desfavoráveis.pt_BR
dc.emailadvisor.custommarialucia.ferraz@uol.com.br
dc.format.extent80 f.
dc.identifier.citationMASCARENHAS, Marjorie Desirèe Medrado. Avaliação da saúde feminina em pacientes com hepatite autoimune acompanhadas em ambulatório de referência em hepatologia. 2024. 80 f. Dissertação (Mestrado em Gastroenterologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11600/70972
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulo
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.subjectHepatite autoimunept_BR
dc.subjectSaúde femininapt_BR
dc.subjectMétodos contraceptivospt_BR
dc.subjectGestaçãopt_BR
dc.subjectPuerpérioPT_BR
dc.subjectSaúde sexualpt_BR
dc.subjectClimatériopt_BR
dc.subjectMenarcapt_BR
dc.titleAvaliação da saúde feminina em pacientes com hepatite autoimune acompanhadas em ambulatório de referência em hepatologiapt_BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
unifesp.campusEscola Paulista de Medicina (EPM)
unifesp.graduateProgramGastroenterologia
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