Pesquisa de Escherichia coli diarreiogênica nas fezes de crianças de diferentes níveis sociais do município de Osasco
Data
2008
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
O presente projeto teve como objetivo avaliar a presença de E. coli diarreiogênica nas fezes de crianças de nível socioeconômico baixo, comparando-as com crianças de nível socioeconômico elevado do município de Osasco. O grupo de estudo constituiu-se de 79 crianças, na faixa etária entre 6 e 10 anos, residentes numa favela situado na periferia da zona norte de Osasco, conhecido popularmente como “Morro do Socó”. O grupo controle foi constituído por 35 crianças entre 6 e 10 anos, freqüentadoras da escola particular Colégio Oswaldo Cruz (COC) de mesmo município. Um total de 515 amostras de E. coli, sendo 364 obtidas de 79 crianças do grupo Favela e 151 de 35 crianças do grupo Escola Particular, foram submetidas a dois ensaios de PCRs multiplex para identificação de cinco categorias de E. coli diarreiogênica (EPEC, EAEC, ETEC, EIEC e EHEC) e testes de adesão às células HEp-2. E. coli diarreiogênica foi identificada em 41 (51,8%) e 6 (17,1%) crianças provenientes do grupo Favela e Escola Particular, respectivamente. No grupo Favela, DAEC foi a mais freqüente (19,1%), seguida pela EAEC (16,4%), EPEC atípica (8,9%) e EIEC (3,7%). Infecções mistas foram encontradas em 5 crianças. No grupo Escola Particular, DAEC foi identificada em 3 (8,6%) crianças, EAEC, EPEC típica e outra atípica foram encontradas em uma criança (2,8%). Uma alta freqüência (43%) de afaC, relacionada a adesina afimbrial da família Dr, foi identificada entre as amostras de DAEC estudadas. Entre as EAEC, os genes irp2, shf e shET1 foram encontrados em freqüências que variaram aproximadamente de 6% a 30%. Apenas uma amostra de EPEC atípica, proveniente de criança do grupo Favela, apresentou o gene astA. Uma alta freqüência de resistência a sulfonamida (50%) foi verificada nas amostras de DAEC e EAEC e EPEC atípica, isoladas de crianças do grupo Favela. Resistência a ampicilina, cotrimoxazol, estreptomicina e tetraciclina foi menos freqüente, variando de 10 a 40%. No grupo Escola Particular, duas amostras de DAEC mostraram-se resistentes a ampicilina, estreptomicina e sulfonamida..
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2008. 65 p.