Prevalência e fatores associados da coinfecção pelo HIV e HCV de usuários que realizaram o exame de detecção de resistência do HIV-1 aos antirretrovirais no sistema público de saúde do Brasil
dc.audience.educationlevel | Mestrado | |
dc.contributor.advisor | Diaz, Ricardo Sobhie [UNIFESP] | |
dc.contributor.author | Kohiyama, Igor Massaki [UNIFESP] | |
dc.contributor.institution | Universidade Federal de São Paulo | pt |
dc.date.accessioned | 2022-07-21T16:17:37Z | |
dc.date.available | 2022-07-21T16:17:37Z | |
dc.date.issued | 2020-09-01 | |
dc.description.abstract | Background: With the development of antiretroviral therapy, HIV infections have become a chronic controllable condition and AIDS-related morbidity and mortality rates have declined. However, other manifestations have been described, such as HIV/HCV co-infection which has become a major Public Health hazard due to the possibility of these two viruses to synergistically accelerate the natural course of the infection. In this context, this study proposes to investigate the prevalence of and associated factors with HIV/HCV co-infected patients referred to HIV-1 drug resistance testing in the Brazilian Unified Public Health System. Methods: A transversal, descriptive study was conducted, utilizing secondary data on HIV-1 genotyping exams, informed by healthcare units distributed throughout the 27 Brazilian states, and collected from the Ministry of Health’s database systems. For this study, we selected the exams performed between January and December 2016, whose samples were tested for HCV co-infection using serological (HCV Test Bioeasy Kit, Alere) and molecular (Abbott RealTime HCV Kit, Abbott) detection. The sociodemographic and virologic profiles of the selected sample were evaluated according the HIV/HCV co-infection status. Comparisons were conducted using Fisher’s chi-square tests. Results: The study comprised of 6,672 samples tested for the presence of anti-HCV antibodies. Findings showed a prevalence of 2.1% of HIV/HCV co-infection, predominantly in men (62.4%) aged between 45 and 64 years (66.0%) – which includes the Baby Boomer generation – with higher incidence in the South region of Brazil. The HIV-1 viral load (VL) indicated a profile of patients with virological failure, thus confirming the compliance of the HIV- 1 genotyping test criterion. There were differences in the VL (p-value 0.04) between the mono- and co-infected groups, and no differences were found in the CD4 count (pvalue 0.52). Despite the high representativity of HIV-1 subtype B in both groups of patients, when the prevalence of co-infection by subtype was assessed, we verified that the highest prevalence was subtypes BC recombinants. Viral mutations related to resistance were more prevalent for NNRTI classes, followed by NRTI and PI, for both groups. Mono-infected individuals showed resistance to integrase and fusion inhibitors, unlike the co-infected group. Most patients presented mutations associated with resistance to two antiretroviral classes (38% of patients in both groups), followed by patients who had no mutations related to resistance to any of the classes (30% of mono-infected and 29% of co-infected patients). Conclusion: This is a truly representative study on HIV-1/HVC co-infection throughout Brazil, showing a relatively low prevalence of this condition. The percentage of anti-HCV reagent with undetectable HCV-RNA was 8.4%. Findings showed a significant association between the elevation of co-infection rates and increasing age. Even though we did not find differences in the profile of resistance mutations between the groups of patients, results indicated a relevant role in virus interactions which may be determinant for the outcome of the infection. As a result, we highlight the importance of correlating epidemiological and molecular data to inform the Public Health infra-structure, and enable healthcare providers to better understand the dynamic of transmission and improve the clinical management of these infections. | en |
dc.description.abstract | Introdução: Com o advento da terapia antirretroviral, a infecção pelo HIV passou a ser considerada uma condição crônica e passível de controle, reduzindo os índices de morbidade e mortalidade associada à aids. Entretanto, outras manifestações podem ser observadas, como a coinfecção pelo HIV e HCV, que tornou um importante problema de Saúde Pública devido à possibilidade desses vírus agirem, sinergicamente, acelerando o curso natural da infecção. Nesse contexto, o presente estudo propõe a investigação da prevalência e fatores associados da coinfecção pelo HIV e HCV de usuários com indicação ao exame de detecção de resistência do HIV- 1 aos antirretrovirias no Sistema Público de Saúde do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo do tipo transversal utilizando dados secundários de exames de genotipagem do HIV-1 encaminhados por unidades de saúde distribuídas nas 27 Unidades Federativas do Brasil, obtidos de sistemas oficiais do Ministério da Saúde. Foram selecionados exames realizados entre janeiro e dezembro de 2016, cujas amostras foram testadas para coinfecção pelo HCV por meio de detecção sorológica (kit HCV Test Bioeasy, Alere) e molecular (kit Abbott RealTime HCV, Abbott). O perfil sociodemográfico e virológico da amostra selecionada foi avaliado, segundo o status de coinfecção HIV e HCV. As comparações foram realizadas utilizando testes quiquadrado de Fisher. Resultados: O estudo abrangeu um total de 6.672 amostras testadas para verificar a presença do anticorpo anti-HCV. O resultado demonstrou a prevalência de 2,1% de coinfecção pelo HIV e HCV, predominantemente em pessoas do sexo masculino (62,4%) com idade entre 45 a 64 (66,0%) anos, compreendendo parte da geração Baby boomer, com maior predominância na região Sul do país. A carga viral do HIV-1 (CV) demonstrou um perfil de pacientes com falha virológica, confirmando assim o cumprimento do critério de indicação do exame de genotipagem do HIV-1. Houve diferenças na CV (p-valor 0,04) entre o grupo dos monoinfectados e coinfectados, e não houve diferença no número de CD4 (p-valor 0,52). Apesar da alta representatividade do subtipo B do HIV-1 nos dois grupos de pacientes, ao avaliar a prevalência da coinfecção por subtipo, observou-se que a maior prevalência foi do subtipo recombinante envolvendo os subtipos BC. As mutações virias relacionadas à resistência foram mais prevalentes para as classes NNRTI, seguida da NRTI e PI, em ambos os grupos. Indivíduos monoinfectados apresentaram resistência aos inibidores da integrase e de fusão, diferentemente daqueles do grupo dos coinfectados. A maior proporção de pacientes apresentou mutações relacionadas à resistência à duas classes de antirretrovirais (38% dos pacientes de ambos os grupos), seguido dos pacientes que não apresentaram mutações relacionadas à resistência à nenhuma das classes (30% dos monoinfectados e 29% dos coinfectados). Conclusão: Este é um estudo sobre a coinfecção pelo HIV-1 e HCV, verdadeiramente representativo de todo o Brasil, que mostra uma prevalência relativamente baixa desta coinfecção. O percentual de amostras anti-HCV reagente e que obtiveram resultado indetectável no HCV-RNA foi de 8,4%. Evidenciou-se uma associação significativa do aumento da taxa de coinfecção com o aumento da idade e, mesmo não constatando diferença no perfil de mutações de resistência entre os grupos de pacientes, os resultados demonstram o papel relevante que as interações dos vírus podem ter na determinação do resultado da infecção. Posto isto, destaca-se a importância de relacionar dados epidemiológicos e moleculares para fornecer uma infraestrutura de Saúde Pública capaz de compreender a dinâmica das transmissões, com o propósito de contribuir no aprimoramento do manejo clínico destas infecções. | pt |
dc.description.source | Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020) | |
dc.format.extent | 115 p. | |
dc.identifier | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10440297 | |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/11600/64323 | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/restrictedAccess | |
dc.subject | Coinfecção | pt |
dc.subject | Hepatite C | pt |
dc.subject | Infecções Por HIV | pt |
dc.subject | Prevalência | pt |
dc.subject | Antirretrovirais | pt |
dc.title | Prevalência e fatores associados da coinfecção pelo HIV e HCV de usuários que realizaram o exame de detecção de resistência do HIV-1 aos antirretrovirais no sistema público de saúde do Brasil | pt |
dc.type | info:eu-repo/semantics/masterThesis | |
unifesp.campus | São Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM) | pt |
unifesp.graduateProgram | Infectologia | pt |
unifesp.knowledgeArea | Epidemiologia, Mecanismos De Doenças Infecciosas E Evolução Microbiana | pt |
unifesp.researchArea | Epidemiologia E História Natural De Doenças Infecciosas | pt |