Impacto da punção do seio esfenoidal no diagnóstico e no tratamento dos pacientes com rinossinusite hospitalar
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Data
2011-06-29
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: To evaluate the diagnostic and therapeutic effect of the endoscopically-guided sphenoid sinus puncture performed at the bedside of the patients with infective rhinosinusitis hospitalized in an Intensive Care Unit of a high complexity care hospital. Methods: Retrospective study to evaluate patients undergoing mechanical ventilation with fever of unknown origin and computed tomographic signs of rhinosinusitis. They were divided in two groups. On group A, patients were submitted to maxillary sinus puncture (standard diagnosis and treatment), whereas on group B patients were submitted to both maxillary sinus puncture and sphenoid sinus. Results: The total study sample consisted of 54 patients (72,2% male, mean age 42 years), distributed in 27 per group. The most common Intensive Care Unit admission diagnosis was head trauma and stroke. On computed tomographic scans, the paranasal sinuses most affected were the sphenoid sinus (82,4%) and the maxillary sinus (75,9%). Purulent drainage was seen in the middle meatus (27,5%) and in the sphenoethmoid recess (37,5%). In group A and B there was fever reduction in 70,4% of the patients after the punctures (p<0,001). Comparing the two groups in relation to this same variable, no statistically significant difference was found (p = 1.000). Most commonly found organisms in sinus aspirates were Pseudomonas aeruginosa and Acinetobacter baumannii. The average number of organisms recovered from the punctures of the patients of group B was significantly higher than in group A. In group B there was a higher occurrence of Enterobacteria. On patients in group B 57,1% of the punctured sides showed no endoscopic signs of rhinosinusitis, despite the positive culture. Conclusion: The endoscopically-guided sphenoid sinus puncture performed at the bedside of the patients has shown to be an important diagnostic tool. It didn’t contribute to increase the success rate of fever control in critically ill patients.
Objetivo: Avaliar o efeito diagnóstico e terapêutico da punção do seio esfenoidal, guiada por endoscópio à beira leito, dos pacientes com rinossinusite infecciosa internados em Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário de alta complexidade. Métodos: Estudo retrospectivo que avaliou os pacientes submetidos à ventilação mecânica com febre de origem indeterminada e sinais tomográficos de rinossinusite. Foram divididos em dois grupos. No grupo A, os indivíduos foram submetidos à punção do seio maxilar (diagnóstico e tratamento padrão), enquanto que no grupo B foram submetidos à punção do seio maxilar e do seio esfenoidal. Resultados: A amostra total do estudo consistiu de 54 pacientes (72,2% do sexo masculino com média de idade 42 anos), sendo distribuídos 27 em cada grupo. Os diagnósticos de admissão mais frequentes na Unidade de Terapia Intensiva foram Trauma Crânio Encefálico e Acidente Vascular Cerebral. No exame tomográfico, os seios paranasais mais acometidos foram o esfenoidal em 82,4% e maxilar em 75,9%. A secreção purulenta foi visualizada no meato médio e no recesso esfenoetmoidal em 27,5% e 37,5%, respectivamente. No grupo A e no grupo B, houve melhora da febre em 70,4% dos pacientes após as punções (p< 0,001). Comparando-se os dois grupos em relação a esta mesma variável, não foi encontrada diferença estatisticamente significante (p=1,000). Os microrganismos mais freqüentes nos aspirados dos seios foram Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. O número médio de microrganismos recuperados nas punções dos pacientes do grupo B foi significantemente maior do que no grupo A. No grupo B houve uma maior frequência relativa de Enterobactérias. Nos indivíduos do grupo B, 57,1% dos lados puncionados não apresentavam sinais endoscópicos de rinossinusite, apesar da cultura positiva. Conclusão: A punção endoscópica do seio esfenoidal, guiada por endoscópio à beira leito, demonstrou-se uma importante ferramenta diagnóstica. Ela não contribuiu para aumentar a taxa de sucesso no controle da febre nestes indivíduos críticos.
Objetivo: Avaliar o efeito diagnóstico e terapêutico da punção do seio esfenoidal, guiada por endoscópio à beira leito, dos pacientes com rinossinusite infecciosa internados em Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário de alta complexidade. Métodos: Estudo retrospectivo que avaliou os pacientes submetidos à ventilação mecânica com febre de origem indeterminada e sinais tomográficos de rinossinusite. Foram divididos em dois grupos. No grupo A, os indivíduos foram submetidos à punção do seio maxilar (diagnóstico e tratamento padrão), enquanto que no grupo B foram submetidos à punção do seio maxilar e do seio esfenoidal. Resultados: A amostra total do estudo consistiu de 54 pacientes (72,2% do sexo masculino com média de idade 42 anos), sendo distribuídos 27 em cada grupo. Os diagnósticos de admissão mais frequentes na Unidade de Terapia Intensiva foram Trauma Crânio Encefálico e Acidente Vascular Cerebral. No exame tomográfico, os seios paranasais mais acometidos foram o esfenoidal em 82,4% e maxilar em 75,9%. A secreção purulenta foi visualizada no meato médio e no recesso esfenoetmoidal em 27,5% e 37,5%, respectivamente. No grupo A e no grupo B, houve melhora da febre em 70,4% dos pacientes após as punções (p< 0,001). Comparando-se os dois grupos em relação a esta mesma variável, não foi encontrada diferença estatisticamente significante (p=1,000). Os microrganismos mais freqüentes nos aspirados dos seios foram Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. O número médio de microrganismos recuperados nas punções dos pacientes do grupo B foi significantemente maior do que no grupo A. No grupo B houve uma maior frequência relativa de Enterobactérias. Nos indivíduos do grupo B, 57,1% dos lados puncionados não apresentavam sinais endoscópicos de rinossinusite, apesar da cultura positiva. Conclusão: A punção endoscópica do seio esfenoidal, guiada por endoscópio à beira leito, demonstrou-se uma importante ferramenta diagnóstica. Ela não contribuiu para aumentar a taxa de sucesso no controle da febre nestes indivíduos críticos.
Descrição
Citação
MENDES NETO, Jose Arruda. Impacto da punção do seio esfenoidal no diagnóstico e no tratamento dos pacientes com rinossinusite hospitalar. 2011. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2011.