Determinação De Multielementos Por Espectrometria De Emissão Óptica Com Plasma Indutivamente Acoplado (Icp- Oes) Em Animais Com Injúria Renal Aguda Induzida Por Gentamicina
Data
2017-11-30
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: Acute kidney injury (AKI) is a serious public health problem that strikes thousands of people around the world. AKI is characterized by an abrupt decrease in renal function, which is maintained for variable periods, resulting in the inability of the kidneys to exert their basic functions of excretion, thereby compromising the maintenance of the body's hydroelectrolytic homeostasis. During the last decades, great advances in analytical methodology have provided increasingly sensitive techniques for researching elements in man, thus allowing a new vision to be formed about the function of these elements in the human body. Much interest has been focused on the performance of these elements in serum or plasma levels in healthy and diseased organisms in order to correlate their presence and quantity with known pathologies, such as renal diseases. In the future, the use of biomarkers may be useful in the diagnosis of renal dysfunction even before the development of clinical and / or laboratory abnormalities. Animal models of AKI are fundamental for understanding the pathophysiology, development of new treatments and discovery of biomarkers. In this work, we used the AKI model induced by GM. Objective: To evaluate the potential of plasma and urinary essential elements as AKI biomarkers induced by GM. Materials and Methods: Five groups of male Wistar rats (n = 6) were used: 1- Control; 2 - induction of AKI (60 mg / kg / day) for 6 days; 3 - induction of AKI (60 mg / kg / day) for 7 days; 4 - spontaneous reversal 26 days; and 5 - spontaneous reversal 27 days after the last day of treatment. The animals were kept in metabolic cages within 24 hours for urine collection. At the time of euthanasia, kidneys and blood were collected. Renal function analysis was performed by creatinine, urea, proteinuria and Creatinine Clearance. The kidneys were removed for histopathological study. Multielement analysis was performed on the inductively coupled plasma optical emission spectrometry (ICP-OES) apparatus in serum and urine samples. Results: Based on the results obtained during the standardization period, we chose to continue the experiments only with the animals of groups G0, G7 and G27, which corresponded to the objectives of inducing AKI with spontaneous reversion. Treatment with GM did not alter the urinary flow of G7 animals (8.42 ± 0.66 mL / 24h) when compared to the G0 group (8.29 ± 0.31 mL / 24h). Serum creatinine and urea concentrations of animals in the G7 group increased (3.97 ± 0.84 mg / dL and 260.4 ± 42.30 mg / dL, respectively) when compared to the G0 (0, 60 ± 0.02 mg / dL and 40.83 ± 1.32 mg / dL, respectively). At the same time, the urinary creatinine and urea concentrations in the G7 group decreased (2.93 ± 0.44 mg / 24h and 170.5 ± 52.90 mg / 24h, respectively) when compared to G0 (7,08 ± 0.12 mg / 24h and 516.6 ± 18.2 mg / 24h, respectively). The fact that the antibiotic promoted a significant increase in the excretion of protein in the urine of group G7 animals (62.56 ± 10.88, mg / 24h) can be taken into consideration when compared with the rats of group G0 (4.92 ± 0.33, mg / 24h). Simultaneously, GM promoted a significant decrease of RFG in animals of the G7 groups (0.09 ± 0.04, mg / min) when compared to G0 group (2.01 ± 0.17, mg / min). After 20 days of treatment completion, all the parameters analyzed returned to baseline levels. The histopathological analyzes of the group G7 animals showed morphological alterations of NTA. The results indicated that mineral elements such as Al, K, Mn, Na, P and Zn may possibly be bioindicators of AKI in serum samples. Analyzes of Al, Ca and Cr concentrations indicate that these elements may be early AKI bioindicators in urine samples from rats with this pathology.
Introdução: A injúria renal aguda (IRA) é um problema grave de saúde pública, que atinge milhares de pessoas no mundo. A IRA caracteriza-se por uma diminuição abrupta da função renal, que se mantém por períodos variáveis, resultando na incapacidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção comprometendo assim, a manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo. Durante as últimas décadas, os grandes avanços na metodologia analítica têm provido técnicas cada vez mais sensíveis para a pesquisa de elementos no homem, permitindo que uma nova visão seja formada sobre a função desses elementos no corpo humano. Muito interesse tem sido focado na atuação desses elementos nos níveis séricos ou plasmáticos em organismos saudáveis e doentes, visando correlacionar a sua presença e quantidade com patologias conhecidas, como por exemplo, as doenças renais. No futuro espera-se que o uso de biomarcadores possa ser útil no diagnóstico da disfunção renal mesmo antes do desenvolvimento de alterações clínicas e/ou laboratoriais. Os modelos animais de IRA são fundamentais para a compreensão da fisiopatologia, desenvolvimento de novos tratamentos e descoberta de biomarcadores. Nesse trabalho, utilizamos o modelo de IRA induzida por GM. Objetivo: Avaliar o potencial dos elementos essenciais plasmáticos e urinários como biomarcadores da IRA induzida por GM. Materiais e Métodos: Foram utilizados 5 grupos de ratos Wistar machos (n=6): 1- Controle; 2 - indução de IRA (60 mg/kg/dia) durante 6 dias; 3 - indução de IRA (60 mg/kg/dia) durante 7 dias; 4 - reversão espontânea 26 dias; e 5 - reversão espontânea 27 dias após o último dia de tratamento. Os animais foram mantidos em gaiolas metabólicas para a coleta da urina de 24 horas. No momento da eutanásia, rins e sangue foram coletados. A análise da função renal foi realizada pela dosagem de creatinina, ureia, proteinúria e Clearance de Creatinina. Os rins foram removidos para estudo histopatológico. A análise multielementar foi realizada no aparelho de espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) nas amostras de soro e urina. Resultados: Com base dos resultados adquiridos durante o período de padronização, optamos por continuar nos experimentos somente com os animais dos grupos G0, G7 e G27, que corresponderam aos nos objetivos de induzir IRA com reversão espontânea. O tratamento com GM não alterou o fluxo urinário dos animais do grupo G7 (8,42 ± 0,66 mL/24h) quando comparados com os ratos grupo G0 (8,29 ± 0,31 mL/24h). As concentrações séricas de creatinina e ureia dos animais do grupo G7 aumentaram (3,97 ± 0,84 mg/dL e 260,4 ± 42,30, mg/dL, respectivamente) quando comparados com os ratos do grupo G0 (0,60 ± 0,02 mg/dL e 40,83 ± 1,32 mg/dL, respectivamente). Paralelamente, as concentrações urinárias de creatinina e ureia nos animais do grupo G7 diminuíram (2,93 ± 0,44 mg/24h e 170,5 ± 52,90 mg/24h, respectivamente) quando comparado com os ratos do grupo G0 (7,08 ± 0,12 mg/24h e 516,6 ± 18,2 mg/24h, respectivamente). Pode-se observar que o antibiótico promoveu aumento significativo na excreção de proteína na urina dos animais do grupo G7 (62,56 ± 10,88, mg/24h) quando comparados com os ratos do grupo G0 (4,92 ± 0,33, mg/24h). Simultaneamente, a GM promoveu uma diminuição significativa do RFG nos animais dos grupos G7 (0,09 ± 0,04, mg/min), quando comparados com o grupo G0 (2,01 ± 0,17, mg/min). Após 20 dias do término do tratamento, todos os parâmetros analisados retomaram aos níveis basais. As análises histopatológicas dos animais do grupo G7, mostraram alterações morfológicas de NTA. Os resultados indicaram que os elementos minerais como Al3+, K+, Mn2+, Na+, P e Zn2+, podem ser possivelmente bioindicadores de IRA em amostras de soro. As análises das concentrações de Al3+, Ca2+ e Cr3+, indicam que esses elementos podem ser bioindicadores precoces de IRA em amostras de urina de ratos com essa patologia.
Introdução: A injúria renal aguda (IRA) é um problema grave de saúde pública, que atinge milhares de pessoas no mundo. A IRA caracteriza-se por uma diminuição abrupta da função renal, que se mantém por períodos variáveis, resultando na incapacidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção comprometendo assim, a manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo. Durante as últimas décadas, os grandes avanços na metodologia analítica têm provido técnicas cada vez mais sensíveis para a pesquisa de elementos no homem, permitindo que uma nova visão seja formada sobre a função desses elementos no corpo humano. Muito interesse tem sido focado na atuação desses elementos nos níveis séricos ou plasmáticos em organismos saudáveis e doentes, visando correlacionar a sua presença e quantidade com patologias conhecidas, como por exemplo, as doenças renais. No futuro espera-se que o uso de biomarcadores possa ser útil no diagnóstico da disfunção renal mesmo antes do desenvolvimento de alterações clínicas e/ou laboratoriais. Os modelos animais de IRA são fundamentais para a compreensão da fisiopatologia, desenvolvimento de novos tratamentos e descoberta de biomarcadores. Nesse trabalho, utilizamos o modelo de IRA induzida por GM. Objetivo: Avaliar o potencial dos elementos essenciais plasmáticos e urinários como biomarcadores da IRA induzida por GM. Materiais e Métodos: Foram utilizados 5 grupos de ratos Wistar machos (n=6): 1- Controle; 2 - indução de IRA (60 mg/kg/dia) durante 6 dias; 3 - indução de IRA (60 mg/kg/dia) durante 7 dias; 4 - reversão espontânea 26 dias; e 5 - reversão espontânea 27 dias após o último dia de tratamento. Os animais foram mantidos em gaiolas metabólicas para a coleta da urina de 24 horas. No momento da eutanásia, rins e sangue foram coletados. A análise da função renal foi realizada pela dosagem de creatinina, ureia, proteinúria e Clearance de Creatinina. Os rins foram removidos para estudo histopatológico. A análise multielementar foi realizada no aparelho de espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) nas amostras de soro e urina. Resultados: Com base dos resultados adquiridos durante o período de padronização, optamos por continuar nos experimentos somente com os animais dos grupos G0, G7 e G27, que corresponderam aos nos objetivos de induzir IRA com reversão espontânea. O tratamento com GM não alterou o fluxo urinário dos animais do grupo G7 (8,42 ± 0,66 mL/24h) quando comparados com os ratos grupo G0 (8,29 ± 0,31 mL/24h). As concentrações séricas de creatinina e ureia dos animais do grupo G7 aumentaram (3,97 ± 0,84 mg/dL e 260,4 ± 42,30, mg/dL, respectivamente) quando comparados com os ratos do grupo G0 (0,60 ± 0,02 mg/dL e 40,83 ± 1,32 mg/dL, respectivamente). Paralelamente, as concentrações urinárias de creatinina e ureia nos animais do grupo G7 diminuíram (2,93 ± 0,44 mg/24h e 170,5 ± 52,90 mg/24h, respectivamente) quando comparado com os ratos do grupo G0 (7,08 ± 0,12 mg/24h e 516,6 ± 18,2 mg/24h, respectivamente). Pode-se observar que o antibiótico promoveu aumento significativo na excreção de proteína na urina dos animais do grupo G7 (62,56 ± 10,88, mg/24h) quando comparados com os ratos do grupo G0 (4,92 ± 0,33, mg/24h). Simultaneamente, a GM promoveu uma diminuição significativa do RFG nos animais dos grupos G7 (0,09 ± 0,04, mg/min), quando comparados com o grupo G0 (2,01 ± 0,17, mg/min). Após 20 dias do término do tratamento, todos os parâmetros analisados retomaram aos níveis basais. As análises histopatológicas dos animais do grupo G7, mostraram alterações morfológicas de NTA. Os resultados indicaram que os elementos minerais como Al3+, K+, Mn2+, Na+, P e Zn2+, podem ser possivelmente bioindicadores de IRA em amostras de soro. As análises das concentrações de Al3+, Ca2+ e Cr3+, indicam que esses elementos podem ser bioindicadores precoces de IRA em amostras de urina de ratos com essa patologia.