Dedo em gatilho: análise comparativa dos métodos de tratamento por meio da infiltração de corticosteroide, liberação percutânea e da cirurgia aberta

Data
2010
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivo: Avaliar, em estudo prospectivo randomizado, os índices de cura do “dedo em gatilho”, em qualquer dedo da mão, obtidos por meio da infiltração de corticosteroide na polia A1, da liberação percutânea da polia A1 com uma agulha 40x12 e da cirurgia aberta convencional; observar as taxas de recidiva do “dedo em gatilho” após os procedimentos e analisar as complicações associadas aos métodos utilizados. Métodos: O tratamento do “dedo em gatilho” foi realizado em 137 pacientes num total de 150 dedos. Foram realizadas 49 infiltrações com corticosteroide, 45 liberações percutâneas da polia A1 e 56 liberações abertas. Os tratamentos foram realizados em regime de cirurgia ambulatorial. As infiltrações e as liberações percutâneas ocorreram sob anestesia local com 2ml de lidocaína a 2% no tecido celular subcutâneo ao redor da polia A1 enquanto a liberação aberta, pela anestesia regional intravenosa. O estudo ocorreu entre novembro de 2002 e março de 2007, com tempo de seguimento mínimo de seis meses. Resultados: A primeira infiltração apresentou um percentual de 57% de cura do “gatilho”. Os pacientes cujo “gatilho” permaneceu ou recidivou foram submetidos a uma segunda infiltração, aumentado a taxa de sucesso para 86%. Quanto à liberação percutânea dos “dedos em gatilho”, obteve-se a cura do “gatilho” em todos os casos, sem nenhuma recidiva ou necessidade de conversão da intervenção para o método aberto. A liberação aberta também apresentou cura em todos os casos, sem qualquer recidiva. Não se observaram complicações como infecções, lesão total do tendão flexor ou dos nervos digitais. Conclusões: No tratamento do “dedo em gatilho” pela infiltração de corticosteroide, obtivemos 86% de cura. A liberação percutânea e a cirurgia aberta apresentaram 100% de cura do “dedo em gatilho”. Recidivas não foram observadas em qualquer paciente tratado pela liberação percutânea ou pela cirurgia aberta. Os tratados com corticosteroide apresentaram 12,5% de recidiva na primeira infiltração (quatro pacientes, sendo que três foram curados com a segunda infiltração) e 18% na segunda. Não se observou complicação importante (infecção, lesão total do tendão flexor ou do nervo digital) em nenhum dos pacientes tratados por qualquer dos métodos.
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2010. 124 p.