Técnicas lúdicas de dessensibilização e ambientação para aquisição de exame de ressonância magnética de crânio
Data
2015-06-10
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Scanning children is a challenge for clinical and research purposes since movement artifact affects severely the quality of the exam. Although clinical protocols have been optimized to reduce movement on acquiring a high quality pediatric brain scan without sedation, the success is limited. Moreover, for research purposes, alternative methods to sedation have been proposed with positive outcome but with intensive training and time consuming. Aims: In this study, we evaluated the use of a thirty-minute playful technique for preparing children and adolescents for a brain MRI research protocol. Methods: A total of 781 subjects (430M/351F) from 6-14 years-old were invited to perform a brain MRI protocol in two centers. In one center the intervention was individual and in the other was in group. Prior to the scan, subjects underwent a playful technique which included dance, relaxation, music, and recreational and interactive games. Results: Overall, 96% of the children (749/781) submitted to the playful intervention performed an MRI scan. All scans had diagnostic quality. Older children had a higher change of performing a scan without movement (OR= 1.16, p= 0.004), and overtime the chance of delivering a MRI sequence without movement decreases (OR= 0,43; p<0,001). The success rate of acquiring a scan without movement varied from 98,5-70 % overtime. Children who received individual intervention had 3.53 chances (p<0.001) of a successful imaging (i.e., without movement) compared to those who were exposed to group intervention. No gender effect was observed on images quality (OR=- 0,72; p=0,081). Conclusion: Our results suggest that our therapeutic protocol is effective in preparing children and adolescents for a research MRI scan and should be considered as a potential alternative technique to be used in medical diagnostic imaging centers.
Imagens de Ressonância Magnética (RM) de crianças tanto para fins clínicos como o de pesquisa se configuram como um grande desafio que englobam tanto a questão dos artefatos de movimento severo quanto à qualidade do exame. Ainda que os protocolos clínicos busquem reduzir o movimento durante a aquisição de imagem de crânio com alta qualidade em pacientes pediátricos sem a utilização da anestesia, o sucesso é limitado. Embora, pesquisas venham utilizando métodos alternativos à sedação e conseguindo resultados positivos, demandam, muitas vezes, de métodos de treinamento intensivo e demorado. Objetivos: Neste estudo avaliou-se a utilização de uma técnica lúdica com trinta minutos de duração para a preparação de crianças e adolescentes, antes da aquisição de RM de crânio. Métodos: Um total de 781 indivíduos (430M/351F), entre 06 e 14 anos de idade foi convidado para participar de um protocolo de pesquisa que incluía RM de crânio em dois centros de imagens. Em um dos centros a intervenção foi individual (sítio 1) e no outro a intervenção ocorreu em grupo de três a quatro crianças/adolescentes. Antes da realização do exame de RM os sujeitos foram submetidos a uma técnica lúdica que incluía, dança, relaxamento, músicas e jogos e brincadeiras recreativas e interativas. Resultados: No geral, 96% dos indivíduos (749/781) que foram submetidos às técnicas lúdicas realizaram o exame de RM. Todos os exames obtiveram qualidade diagnóstica. Crianças mais velhas apresentaram maiores chances de conseguir imagens de qualidade sem movimentos (OR = 1,16, p = 0,004). Observou-se também que as chances de sucesso na obtenção de imagens de qualidade diminuíram ao longo do tempo (OR = 0,43; p <0,001). Entretanto, a taxa de sucesso na obtenção de imagens de qualidade sem movimento variou de 98,5% a 70% ao longo do tempo de aquisição. No sítio, no qual, as crianças receberam intervenção individual apresentaram uma chance maior 3,53 (p <0,001) na obtenção de imagens com alta qualidade (sem movimento), quando comparados àqueles que receberam a intervenção em grupo. Nenhum efeito de gênero foi observado em relação à qualidade de imagem (OR = - 0,72; p = 0,081). Conclusão: os resultados sugerem que as técnicas lúdicas foram eficazes na preparação de crianças e adolescentes para a realização de exame de RM de crânio em crianças e adolescentes, podendo ser considerada com potencial para ser utilizada tanto em centros de imagens de RM quanto para diagnóstico médico.
Imagens de Ressonância Magnética (RM) de crianças tanto para fins clínicos como o de pesquisa se configuram como um grande desafio que englobam tanto a questão dos artefatos de movimento severo quanto à qualidade do exame. Ainda que os protocolos clínicos busquem reduzir o movimento durante a aquisição de imagem de crânio com alta qualidade em pacientes pediátricos sem a utilização da anestesia, o sucesso é limitado. Embora, pesquisas venham utilizando métodos alternativos à sedação e conseguindo resultados positivos, demandam, muitas vezes, de métodos de treinamento intensivo e demorado. Objetivos: Neste estudo avaliou-se a utilização de uma técnica lúdica com trinta minutos de duração para a preparação de crianças e adolescentes, antes da aquisição de RM de crânio. Métodos: Um total de 781 indivíduos (430M/351F), entre 06 e 14 anos de idade foi convidado para participar de um protocolo de pesquisa que incluía RM de crânio em dois centros de imagens. Em um dos centros a intervenção foi individual (sítio 1) e no outro a intervenção ocorreu em grupo de três a quatro crianças/adolescentes. Antes da realização do exame de RM os sujeitos foram submetidos a uma técnica lúdica que incluía, dança, relaxamento, músicas e jogos e brincadeiras recreativas e interativas. Resultados: No geral, 96% dos indivíduos (749/781) que foram submetidos às técnicas lúdicas realizaram o exame de RM. Todos os exames obtiveram qualidade diagnóstica. Crianças mais velhas apresentaram maiores chances de conseguir imagens de qualidade sem movimentos (OR = 1,16, p = 0,004). Observou-se também que as chances de sucesso na obtenção de imagens de qualidade diminuíram ao longo do tempo (OR = 0,43; p <0,001). Entretanto, a taxa de sucesso na obtenção de imagens de qualidade sem movimento variou de 98,5% a 70% ao longo do tempo de aquisição. No sítio, no qual, as crianças receberam intervenção individual apresentaram uma chance maior 3,53 (p <0,001) na obtenção de imagens com alta qualidade (sem movimento), quando comparados àqueles que receberam a intervenção em grupo. Nenhum efeito de gênero foi observado em relação à qualidade de imagem (OR = - 0,72; p = 0,081). Conclusão: os resultados sugerem que as técnicas lúdicas foram eficazes na preparação de crianças e adolescentes para a realização de exame de RM de crânio em crianças e adolescentes, podendo ser considerada com potencial para ser utilizada tanto em centros de imagens de RM quanto para diagnóstico médico.
Descrição
Citação
MIRANDA, Walter Alves de. Técnicas lúdicas de dessensibilização e ambientação para aquisição de exame de ressonância magnética de crânio. 2015. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.