Vaginoplatia com celulose oxidada

Data
2011
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivo: Apresentar e avaliar os resultados histologicos, anatomicos e funcionais do procedimento de McIndoe modificado, utilizando a celulose oxidada (Surgicel®). Metodos: Onze mulheres com agenesia vaginal se submeteram a neovaginoplastia com ou sem canalizacao utero-vaginal utilizando um molde revestido com celulose oxidada. As cirurgias foram realizadas entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010. Oito dessas pacientes tiveram o diagnostico de Sindrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH), e as outras tres tiveram o diagnostico de Agenesia Cervico-vaginal (CVA). O tempo medio de seguimento foi 14 meses (variando de 6 a 24 meses), e incluiu exame fisico e avaliacao do questionario sexual (Female Sexual Function Index-FSFI). Amostras teciduais foram obtidas no momento da cirurgia e 1 a 12 meses apos o procedimento. Biopsias vaginais para controle foram obtidas de um grupo de pacientes com doencas ginecologicas benignas. Avaliou-se a epitelizacao escamosa do tecido da neovagina, e a quantidade total de colageno das neovaginas, e comparou-se com o grupo controle. Para analise estatistica utilizou-se o teste ANOVA e o t-test. Resultados: Seis meses apos a cirurgia, o sucesso anatomico foi encontrado em 100% das pacientes com sindrome MRKH (comprimento vaginal > 6 cm), e sucesso funcional em todas as pacientes que iniciaram atividade sexual (Score FSFI > 30). As biopsias mostraram epitelizacao da neovagina apos 6 meses em todas as amostras, e o conteudo total de colageno foi comparavel ao de uma vagina normal. Uma complicacao maior ocorreu em uma paciente com CVA, que culminou em morte. O procedimento de canalizacao utero vaginal nao foi bem sucedido em criar um pertuito para menstruacoes regulares mensais em nenhum dos casos. Nenhuma das pacientes com CVA obtiveram sucesso anatomico ou funcional. Conclusao: A neovaginoplastia com a tecnica de McIndoe modificada, utilizando a celulose oxidada (Surgicel®), procedimento simples e de baixo custo, permite a formacao de canal vaginal com epitelizacao e conteudo de colageno similar ao de uma vagina normal. E uma potencial alternativa terapeutica para sindrome de MRKH
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2011. 89 p.