Desajustados ou revoltados? A patologização da indisciplina escolar

Data
2023-07-20
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Alguns dizem que vivemos uma epidemia de transtornos mentais. No caso do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, segundo Frances (2015, apud AMARAL, 2020), vivemos, na verdade, uma epidemia de diagnósticos falso-positivos. Isso decorre da classificação indiscriminada por parte da classe médica psiquiátrica e da fragilidade de seus discursos, que facilmente se disseminaram produzindo o que hoje vemos, com cada vez mais indivíduos se autodiagnosticando ou recebendo esse diagnóstico erroneamente. A problematização acerca destes discursos e da produção de diagnósticos é feita neste trabalho. No entanto, temos em vista como a patologização, este fenômeno de se diagnosticar desenfreadamente, atua no contexto escolar. Por que a escola se tornou um local passível de classificação de transtornos mentais? Quais são os mecanismos escolares que induzem à desconfiança nos alunos, e os entende como desajustados (e revoltados)? Quais são as condições de opressão que os estudantes enfrentam na dinâmica escolar e ao receberem o diagnóstico de TDAH? Tais são as questões que abordaremos no presente trabalho.
Alguns dizem que vivemos uma epidemia de transtornos mentais. No caso do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, segundo Frances (2015, apud AMARAL, 2020), vivemos, na verdade, uma epidemia de diagnósticos falso-positivos. Isso decorre da classificação indiscriminada por parte da classe médica psiquiátrica e da fragilidade de seus discursos, que facilmente se disseminaram produzindo o que hoje vemos, com cada vez mais indivíduos se autodiagnosticando ou recebendo esse diagnóstico erroneamente. A problematização acerca destes discursos e da produção de diagnósticos é feita neste trabalho. No entanto, temos em vista como a patologização, este fenômeno de se diagnosticar desenfreadamente, atua no contexto escolar. Por que a escola se tornou um local passível de classificação de transtornos mentais? Quais são os mecanismos escolares que induzem à desconfiança nos alunos, e os entende como desajustados (e revoltados)? Quais são as condições de opressão que os estudantes enfrentam na dinâmica escolar e ao receberem o diagnóstico de TDAH? Tais são as questões que abordaremos no presente trabalho.
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