Acesso arterial transradial distal como via de escolha preferencial para cineangiocoronariografias e intervenções coronarianas percutâneas

Data
2021
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Background: distal transradial access (dTRA) as a refinement of the conventional transradial has several potential advantages in terms of patient and operator comfort, faster hemostasis, and risk of proximal radial artery occlusion and has recently gained large popularity worldwide. We aim to describe our real-world experience with dTRA as default for routine coronary angiography (CAG) and percutaneous coronary intervention (PCI) in a broad sample of all-comers patients. Material and methods: from February 2019 to June 2021, 2,913 consecutive all-comers patients submitted to CAG and/or PCI via dTRA have been enrolled into the DIStal TRAnsradial access as default approach for Coronary angiography and intervenTIONs (DISTRACTION) registry and their data were analysed. Results: mean patient age was 63±14.1 years-old, most were male (66.5%), with hypertension (77.9%) and acute coronary syndromes (51%). Overall, 668 (22.9%) patients had ST-elevation myocardial infarction and 73 (2.5%) presented to the cath lab in cardiogenic shock. We had only 2.4% access site crossovers, 20% of these performed via contralateral dTRA; then, only in 57 (2%) patients dTRA sheath insertion could not be obtained, despite successful distal radial artery puncture (in all 2,913 patients). Right dTRA was the most frequent (79.8%), followed by left dTRA (10.3%), redo ipsilateral dTRA (9.2%) and simultaneous bilateral dTRA (0.7%). For 60% of all patients, PCI was performed and left anterior descending was the most prevalent target coronary territory (47.7%). Distal and proximal radial artery pulses were palpable in all patients after hemostasis. No major adverse cardiac and cerebrovascular events and no major complications related to dTRA were recorded. Conclusions: dTRA as default for routine CAG and PCI by experienced transradial operators appears to be feasible and safe.
Racional: o acesso transradial distal (do inglês distal transradial access, dTRA) é um refinamento da clássica técnica convencional (tradicional) e tem várias potenciais vantagens em termos de conforto a pacientes e operadores, mais célere hemostasia, menor risco de oclusão proximal da artéria radial e tem, recentemente, logrado grande popularidade ao redor do mundo. Objetivo: avaliar exequibilidade e segurança do dTRA como via preferencial para cineangiocoronariografia (CINE) e/ou intervenção coronariana percutânea (ICP) rotineiras. Material e métodos: analisaram-se os dados de 2.913 pacientes consecutivos submetidos, entre fevereiro de 2019 e junho de 2021, a CINE e/ou ICP via dTRA e incluídos no “DIStal TRAnsradial access as default approach for Coronary angiography and intervenTIONs (DISTRACTION) registry” (ensaiosclinicos.gov.br Identificador: RBR 7nzxkm7nzxkm), o primeiro registro brasileiro a avaliar o dTRA como via padrão para CINE e ICP. Resultados: A média de idade dos pacientes foi 63±14.1 anos, a maioria do gênero masculino (66.5%), com hipertensão arterial sistêmica (77.9%) e síndromes coronarianas agudas (51%). Ao todo, 668 (22.9%) pacientes sofreram infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST e 73 (2.5%) se apresentaram ao laboratório de hemodinâmica em status de choque cardiogênico. Houve apenas 2.4% de crossovers de sítio de acesso arterial, 20% dos quais executados via dTRA contralateral; logo, apenas em 57 (2%) pacientes, não se logrou inserção do sheath arterial via dTRA, a despeito de punção bem sucedida da artéria radial distal (em todos os 2.913 pacientes). O dTRA direito foi o mais frequente (79.8%), seguido pelo dTRA esquerdo (10.3%), repetição do dTRA ipsilateral (9.2%) e dTRA bilateral simultâneo (0.7%). Em 60% de todos os pacientes, ICP foi realizada e a artéria descendente anterior foi o território coronário mais frequente (47.7%). Os pulsos radiais distal e proximal foram palpáveis em todos os pacientes após a hemostasia e à alta hospitalar. Não se registraram eventos cardíacos e cerebrovasculares maiores nem complicações significativas relacionadas ao dTRA. Conclusões: a adoção do dTRA como via de escolha xix preferencial para a execução rotineira de cineangiocoronariografias e intervenções coronarianas percutâneas, por operadores experientes, parece ser exequível e segura.
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