Modelagem da distribuição geográfica e conservação de duas espécies ameaçadas de Rhipsalis (Cactaceae) na Mata Atlântica
Data
2014-04-24
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Geographic distribution models and conservation status of two endangered species of Rhipsalis (Cactaceae) in the Atlantic Forest. The Rhipsalis (Cactaceae) is the most abundant genus among all the epiphytic cactus. This group is divided into five subgenera based on morphological and physiological different features, particularly in the format of cladodes and flowers arrangement. Phyllarthrorhipsalis is the most diverse subgenus, with 13 species described in which the predominant feature is the stem flattened shape. Rhipsalis crispata (Haw.) Pfeiffer. and Rhipsalis oblonga Loefgr. are both endemic of the Atlantic Forest and are phylogenetically very close species. Initially, Rhipsalis crispimarginata Loefgr. was not covered at this work because they are not recognized as a valid species, but during this research, we have been found morphological differences that may contribute to the species segregation, thus justifying their posterior inclusion. In order to identify geographical distribution patterns and also reassess the conservation status of the three studied species, the habitat was defined based on information gathered from online data banks, herbarium exsiccates and literature. This survey resulted in 20 presence points to R. crispata, 18 to R. crispimarginata and 32 to R. oblonga. The coordinates were plotted in ArqGIS software in order to build a species distribution maps and the Maxent algorithm was used to modeling the potential species (MPE), using five bioclimatic variables that was chosen from a correlation matrix. For each species were generated models in present and future scenarios CCSM4 and MIROC5, both for the year 2070 and based on rates of carbon emissions. The models generated for the present, revealed new potential areas for species occurrence, however the most of these populations was not found in the field and possibly do not resisted to the intense anthropogenic pressure, that suffered recently, since require appropriate conditions of light and humidity to thrive. The projections for the future indicated a worse scenario, with a great habitat loss in southern Bahia State and in a band stretching from the north of São Paulo to Santa Catarina State, especially for the species R. crispimarginata. Thus, considering this vulnerability, we recommended an immediate taxonomic revision and its inclusion in endangered species list from IUCN-International Union for Conservation of Nature. After finding the reduction of their areas of occupation, we also suggest a change in the conservation state of R. oblonga of "Vulnerable" (VU) for Endangered (EN) category in Appendix II of CITES and for R. crispata, to "Critically Endangered" (CR) one.
Modelagem da distribuição geográfica e conservação de duas espécies ameaçadas de Rhipsalis (CACTACEAE) na Mata Atlântica O gênero Rhipsalis (CACTACEAE) é o mais abundante entre as cactáceas epífitas e divide-se em cinco subgêneros com base em variações morfofisiológicas, sobretudo no formato dos cladódios e disposição das flores. Phyllarthrorhipsalis é o subgênero mais diverso, com 13 espécies onde a característica predominante é a forma achatada do caule. Rhipsalis crispata (Haw.) Pfeiff. e Rhipsalis oblonga Loefgr são endêmicas da Mata Atlântica e filogeneticamente aparentadas. Rhipsalis crispimarginata Loefgr não é ainda reconhecida como espécie, mas foi incluída no estudo por se constatarem diferenças morfológicas que podem contribuir para sua identificação. A fim de identificar padrões na distribuição geográfica e reavaliar o estado de conservação das três espécies, a área de ocorrência foi definida com base em informações coletadas nos bancos de dados on-line, exsicatas de herbários e literatura, resultando em 20 pontos de presença para R. crispata, 18 para R. crispimarginata e 32 para R. oblonga. Geraram-se modelos de distribuição potencial das espécies (MPE) através do algoritmo Maxent, utilizando cinco variáveis bioclimáticas escolhidas a partir de uma matriz de correlação. Para cada espécie foram gerados modelos no presente e nos cenários climáticos futuros CCSM4 e MIROC5, ambos para o ano de 2070, baseados na duplicação da concentração de CO2 relativamente à época pré-insdustrial. Os modelos gerados para o presente revelaram novas áreas potenciais para a ocorrência das espécies, embora a maior parte dessas populações não tenha sido localizada em campo, possivelmente por não terem resistido à intensa pressão antrópica sofrida recentemente. As projeções para o futuro indicaram um cenário com grande perda de habitat potencial no sul da Bahia e em uma faixa que se estende do norte de São Paulo até Santa Catarina, especialmente para R. crispimarginata. Considerando a vulnerabilidade desta espécie, recomenda-se a imediata revisão taxonômica e sua inclusão na lista de espécies ameaçadas da IUCN- União Internacional para a Conservação da Natureza. Sugere-se igualmente a mudança do estado de conservação de R. oblonga de ?Vulnerável? (VU) para a categoria em perigo (EN) do apêndice II do CITES e de R. crispata para ?Criticamente em perigo? (CR), considerando a redução de suas áreas de ocorrência.
Modelagem da distribuição geográfica e conservação de duas espécies ameaçadas de Rhipsalis (CACTACEAE) na Mata Atlântica O gênero Rhipsalis (CACTACEAE) é o mais abundante entre as cactáceas epífitas e divide-se em cinco subgêneros com base em variações morfofisiológicas, sobretudo no formato dos cladódios e disposição das flores. Phyllarthrorhipsalis é o subgênero mais diverso, com 13 espécies onde a característica predominante é a forma achatada do caule. Rhipsalis crispata (Haw.) Pfeiff. e Rhipsalis oblonga Loefgr são endêmicas da Mata Atlântica e filogeneticamente aparentadas. Rhipsalis crispimarginata Loefgr não é ainda reconhecida como espécie, mas foi incluída no estudo por se constatarem diferenças morfológicas que podem contribuir para sua identificação. A fim de identificar padrões na distribuição geográfica e reavaliar o estado de conservação das três espécies, a área de ocorrência foi definida com base em informações coletadas nos bancos de dados on-line, exsicatas de herbários e literatura, resultando em 20 pontos de presença para R. crispata, 18 para R. crispimarginata e 32 para R. oblonga. Geraram-se modelos de distribuição potencial das espécies (MPE) através do algoritmo Maxent, utilizando cinco variáveis bioclimáticas escolhidas a partir de uma matriz de correlação. Para cada espécie foram gerados modelos no presente e nos cenários climáticos futuros CCSM4 e MIROC5, ambos para o ano de 2070, baseados na duplicação da concentração de CO2 relativamente à época pré-insdustrial. Os modelos gerados para o presente revelaram novas áreas potenciais para a ocorrência das espécies, embora a maior parte dessas populações não tenha sido localizada em campo, possivelmente por não terem resistido à intensa pressão antrópica sofrida recentemente. As projeções para o futuro indicaram um cenário com grande perda de habitat potencial no sul da Bahia e em uma faixa que se estende do norte de São Paulo até Santa Catarina, especialmente para R. crispimarginata. Considerando a vulnerabilidade desta espécie, recomenda-se a imediata revisão taxonômica e sua inclusão na lista de espécies ameaçadas da IUCN- União Internacional para a Conservação da Natureza. Sugere-se igualmente a mudança do estado de conservação de R. oblonga de ?Vulnerável? (VU) para a categoria em perigo (EN) do apêndice II do CITES e de R. crispata para ?Criticamente em perigo? (CR), considerando a redução de suas áreas de ocorrência.
Descrição
Citação
FRANCA, Valeria Braga. Modelagem da distribuição geográfica e conservação de duas espécies ameaçadas de Rhipsalis (Cactaceae) na Mata Atlântica. 2014. 88 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Diadema, 2014.