Tratamento de pacientes com úlceras isquêmicas secundárias à esclerose sistêmica com N-acetilcisteína endovenosa
Data
2006-04-01
Tipo
Artigo
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Resumo
The repetitive ischemic-reperfusion episodes in patients with systemic sclerosis (SSc) cause an increase in free radical activity, which may be implicated in the inflammatory and vascular lesions observed in this illness. Endovenous N-acetylicysteine is a potent anti-oxidant agent and might be beneficial to the treatment of vascular events in SSc. This communication reports on the use of endovenous N-acetylcysteine in three SSc patients with active ulcers in fingers and toes. At baseline, two patients presented two finger ulcers each, and a third patient had three ulcers in the toes. All patients presented a decrease in the dimensions of at least one ulcer. Two patients presented complete healing of one ulcer. These preliminary results suggest that endovenous N-acetylcysteine may be an efficient therapeutic option for extremity ulcers in SSc patients and support future randomized double blind placebo-controlled trials.
Os repetidos episódios de isquemia-reperfusão observados na esclerose sistêmica (ES) acarretam aumento na atividade de radicais livres, o que pode estar implicado nas anormalidades vasculares e inflamatórias descritas nessa enfermidade. A N-acetilcisteína sob forma endovenosa é uma potente droga antioxidante e, como tal, poderia ter efeito benéfico para o tratamento das lesões vasculares da ES. Relatamos o tratamento com N-acetilcisteína endovenosa de três pacientes com diagnóstico de ES e com úlceras ativas de extremidades (dígitos ou artelhos). Dois pacientes apresentavam duas úlceras digitais e o terceiro paciente, três úlceras em artelhos no início do tratamento. Todos os pacientes apresentaram diminuição no diâmetro de pelo menos uma úlcera após o tratamento. Duas pacientes apresentaram cicatrização de uma úlcera. Esses resultados preliminares sugerem que a N-acetilcisteína endovenosa parece ser uma boa opção terapêutica para o tratamento de úlceras de extremidades em pacientes com ES e justificam a elaboração de ensaios controlados duplo-cego com placebo.
Os repetidos episódios de isquemia-reperfusão observados na esclerose sistêmica (ES) acarretam aumento na atividade de radicais livres, o que pode estar implicado nas anormalidades vasculares e inflamatórias descritas nessa enfermidade. A N-acetilcisteína sob forma endovenosa é uma potente droga antioxidante e, como tal, poderia ter efeito benéfico para o tratamento das lesões vasculares da ES. Relatamos o tratamento com N-acetilcisteína endovenosa de três pacientes com diagnóstico de ES e com úlceras ativas de extremidades (dígitos ou artelhos). Dois pacientes apresentavam duas úlceras digitais e o terceiro paciente, três úlceras em artelhos no início do tratamento. Todos os pacientes apresentaram diminuição no diâmetro de pelo menos uma úlcera após o tratamento. Duas pacientes apresentaram cicatrização de uma úlcera. Esses resultados preliminares sugerem que a N-acetilcisteína endovenosa parece ser uma boa opção terapêutica para o tratamento de úlceras de extremidades em pacientes com ES e justificam a elaboração de ensaios controlados duplo-cego com placebo.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 46, n. 2, p. 148-152, 2006.