Habilidades pragmáticas em crianças deficientes auditivas: estudo de casos e controles

Data
2010-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To evaluate the pragmatic abilities of a group of hearing impaired children, and compare them with normal-listener peers. METHODS: Case-control study composed by 32 children of both genders with ages between two and six years, paired by age: 16 hearing impaired with moderately severe to profound hearing loss without other organic dysfunctions (cases), and 16 children with normal hearing with no Speech-Language Pathology complaints (control). The evaluation and analysis of pragmatic abilities were carried out based on the ABFW-Pragmatics Test, following instructions of its own protocol. RESULTS: The average age of the studied children was four years (SD=1,3); there was a significant difference between cases and controls regarding the number of communicative acts per minute (p=0,001). The hearing impaired children presented fewer communicative initiatives than normal listeners, and the gestural communicative mean was used by 13 (81.3%) of the first group and by five (32.2%) of the latter (p=0,004). There was no difference between the groups regarding communicative intentions (p=0,465). CONCLUSION: The hearing impaired children were able to interact in contextualized situations using communicative functions similar to the listeners, and differed from them in the most used communicative mean.
OBJETIVO: Avaliar as habilidades pragmáticas de um grupo de crianças deficientes auditivas e compará-las a seus pares normo-ouvintes. MÉTODOS: Estudo de casos e controles composto por 32 crianças de ambos os gêneros com idades entre dois e seis anos. Dentre estas, 16 deficientes auditivas de grau moderadamente severo a profundo sem outros comprometimentos orgânicos (casos) e 16 crianças normo-ouvintes sem queixas fonoaudiológicas (controle) pareadas por idade. A avaliação e a análise da pragmática foram realizadas a partir do Teste ABFW-Pragmática, seguindo as instruções do protocolo. RESULTADOS: A média de idade das crianças estudadas foi quatro anos (DP=1,3); houve diferença significativa em relação ao número de atos comunicativos por minuto entre casos e controles (p=0,001). As crianças deficientes auditivas apresentaram menos iniciativas comunicativas do que as crianças normo-ouvintes e o meio comunicativo gestual foi utilizado por 13 (81, 3%) destas e por cinco (32,2%) das crianças normo-ouvintes (p=0,004). Não houve diferença entre os grupos em relação às intenções comunicativas (p=0,465). CONCLUSÃO: As crianças deficientes auditivas foram capazes de interagir em situações contextualizadas utilizando-se de funções comunicativas semelhantes às das ouvintes, e se diferiram destas quanto ao meio comunicativo mais utilizado.
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Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v. 15, n. 3, p. 390-394, 2010.
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