Infecção e colonização por Candida spp, em cavidade oral de pacientes transplantados hepáticos: identificação das espécies e perfil de sensibilidade
Data
2020-06-25
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: Fungal infections are frequent after liver transplantation, and these microorganisms are responsible for a high rate of morbidity and mortality. Objective: To verify infection and oral colonization by Candida in liver transplant patients, to identify the species, to test the main antifungals and to verify associated factors. Methodology: Cross-sectional study carried out with 97 liver transplant patients from a hospital in southern Brazil, in which an oral clinical examination was performed at the beginning of the study and another after six months (collection "A" and collection "B"), to check for infection/colonization by Candida. A form was filled out with sociodemographic and clinical data, after oral material from all patients was collected with a sterile swab, seeded on plates with Sabouraud Dextrose agar culture medium with Chloramphenicol and incubated at 350 C for 48 hours. The samples were identified by sequencing the ITS (Internal transcribed spacer) region of the rDNA. The antifungal sensitivity tests were performed according to CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) protocol M-27A4, and the broth microdilution technique was performed with the antifungals fluconazole, amphotericin B and micafungin. Results: Of the 97 patients investigated, 15.47% had candidiasis in one of the collections, with C. albicans being the prevalent species. A strain of C. albicans and one of C. tropicalis resistant to fluconazole were found. In the 82 patients who did not present oral candidiasis, colonization was verified in 61% of them in collection A and in 59.8% in collection B. The distribution of species found in collections A and B respectively were C. albicans 29 (58%) and 27 (55.1%), C. glabrata 8 (16%) and 9 (18.4%), C. tropicalis 5 (10%) and 3 (6.12%), C. dubliniensis 5 (10% ) and 8 (16.3%) and C. fermentatti 03 (6%) and 2 (4.1%). Regarding micafungin, all isolates were susceptible. For amphotericin B all suggestive of susceptibility. The levels of resistance to fluconazole in collections A and B respectively were C. albicans (6.9% and 7.4%), C. glrabrata (12.5% and 11.1%), C. dubliniensis (20% and 12.5%), C. tropicalis (20% and 33.3%). There was no statistically significant difference between candidiasis, colonization and resistance with the associated factors. Conclusion: Liver transplant patients have candidiasis and oral colonization by Candida, the main species identified was C. albicans. Eleven fluconazole-resistant Candida isolates were found.
Introdução: Infecções fúngicas são frequentes após transplante hepático, sendo esses microrganismos responsáveis por uma elevada taxa de morbidade e mortalidade. Objetivo: Analizar a infecção e colonização oral por Candida em pacientes transplantados hepáticos, identificar as espécies, testar os principais antifúngicos e verificar fatores associados. Metodologia: Estudo transversal realizado com 97 pacientes transplantados hepáticos de um hospital do Sul do Brasil, nos quais foi feito exame clínico oral no início do estudo e outro após seis meses (coleta “A” e coleta “B”), para verificar a infecção/colonização por Candida. Foi preenchida uma ficha com dados sociodemográfico e clínicos, após material oral de todos os pacientes foi coletado com swab estéril, semeado em placas com meio de cultura Sabouraud Dextrose ágar com Cloranfenicol e incubadas a 350 C por 48h. As amostras foram identificadas por sequenciamento da região ITS (Internal transcribed spacer) do rDNA. Os testes de sensibilidade a antifúngicos foram realizados conforme o protocolo M-27A4 do CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute), sendo realizada a técnica de microdiluição em caldo frente aos antifúngicos fluconazol, anfotericina B e micafungina. Resultados: Dos 97 pacientes investigados, 15,47% apresentaram candidíase em uma as coletas, sendo a C. albicans a espécie prevalente. Foram evidenciadas uma cepa de C. albicans e uma de C. tropicalis resistentes ao fluconazol. Nos 82 pacientes que não apresentaram candidíase oral, foi verificada a colonização em 61% deles na coleta A e em 59,8% na coleta B. A distribuição de espécies encontradas nas coletas A e B respectivamente foram C. albicans 29 (58%) e 27 (55,1%), C. glabrata 8 (16%) e 9 (18,4%), C. tropicalis 5 (10%) e 3 (6,12%), C. dubliniensis 5 (10%) e 8 (16,3%) e C. fermentatti 03 (6%) e 2 (4,1%). Em relação a icafungina, todos os isolados foram suscetíveis. Para anfotericina B todos sugestivos de suscetibilidade. Os índices de resistência ao fluconazol nas coletas A e B respectivamente foram C. albicans (6,9% e 7,4%), C. glrabrata (12,5% e 11,1%), C. dubliniensis (20% e 12,5%), C. tropicalis (20% e 33,3%). Entre 49 pacietes analizados pode-se observar que quanto maior a idade e tempo de trasnpsplante, maior a chance de desenvolver candidíase. Entre os 97, não houve diferença estatisticamente significante entre candidíase, colonização e resistência com os fatores associados. Conclusão: Pacientes transplantados hepáticos apresentam candidíase e colonização oral por Candida, principal espécie identificada foi a C. albicans. Foram encontrados 11 isolados de Candida resistentes ao fluconazol.
Introdução: Infecções fúngicas são frequentes após transplante hepático, sendo esses microrganismos responsáveis por uma elevada taxa de morbidade e mortalidade. Objetivo: Analizar a infecção e colonização oral por Candida em pacientes transplantados hepáticos, identificar as espécies, testar os principais antifúngicos e verificar fatores associados. Metodologia: Estudo transversal realizado com 97 pacientes transplantados hepáticos de um hospital do Sul do Brasil, nos quais foi feito exame clínico oral no início do estudo e outro após seis meses (coleta “A” e coleta “B”), para verificar a infecção/colonização por Candida. Foi preenchida uma ficha com dados sociodemográfico e clínicos, após material oral de todos os pacientes foi coletado com swab estéril, semeado em placas com meio de cultura Sabouraud Dextrose ágar com Cloranfenicol e incubadas a 350 C por 48h. As amostras foram identificadas por sequenciamento da região ITS (Internal transcribed spacer) do rDNA. Os testes de sensibilidade a antifúngicos foram realizados conforme o protocolo M-27A4 do CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute), sendo realizada a técnica de microdiluição em caldo frente aos antifúngicos fluconazol, anfotericina B e micafungina. Resultados: Dos 97 pacientes investigados, 15,47% apresentaram candidíase em uma as coletas, sendo a C. albicans a espécie prevalente. Foram evidenciadas uma cepa de C. albicans e uma de C. tropicalis resistentes ao fluconazol. Nos 82 pacientes que não apresentaram candidíase oral, foi verificada a colonização em 61% deles na coleta A e em 59,8% na coleta B. A distribuição de espécies encontradas nas coletas A e B respectivamente foram C. albicans 29 (58%) e 27 (55,1%), C. glabrata 8 (16%) e 9 (18,4%), C. tropicalis 5 (10%) e 3 (6,12%), C. dubliniensis 5 (10%) e 8 (16,3%) e C. fermentatti 03 (6%) e 2 (4,1%). Em relação a icafungina, todos os isolados foram suscetíveis. Para anfotericina B todos sugestivos de suscetibilidade. Os índices de resistência ao fluconazol nas coletas A e B respectivamente foram C. albicans (6,9% e 7,4%), C. glrabrata (12,5% e 11,1%), C. dubliniensis (20% e 12,5%), C. tropicalis (20% e 33,3%). Entre 49 pacietes analizados pode-se observar que quanto maior a idade e tempo de trasnpsplante, maior a chance de desenvolver candidíase. Entre os 97, não houve diferença estatisticamente significante entre candidíase, colonização e resistência com os fatores associados. Conclusão: Pacientes transplantados hepáticos apresentam candidíase e colonização oral por Candida, principal espécie identificada foi a C. albicans. Foram encontrados 11 isolados de Candida resistentes ao fluconazol.