Contribuições da psicologia para a estrutura de um ambulatório de atendimento a pacientes com desordens do desenvolvimento do sexo (dds) no serviço de endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo: organização, pesquisa e intervenções clínicas
dc.contributor.advisor | Kater, Claudio Elias Kater [UNIFESP] | pt |
dc.contributor.author | Silveira, Mariana Telles [UNIFESP] | |
dc.contributor.institution | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) | pt |
dc.date.accessioned | 2018-07-30T11:52:43Z | |
dc.date.available | 2018-07-30T11:52:43Z | |
dc.date.issued | 2015-11-30 | |
dc.description.abstract | O trabalho desenvolvido permitiu uma série de intervenções que, ao longo destes cinco anos de trabalho, foram implementadas no Ambulatório de Adrenal da UNIFESP-EPM, conforme apresentado na produção dos quatro artigos científicos. Além e a partir dessas intervenções, como sugere o título dessa tese, ambicionávamos delinear algumas diretrizes para a construção de um centro integrado de atendimento aos pacientes com DDS na UNIFESP, tentando cotejar, através de umas das dimensões de cuidado ? a psicologia ?, algumas diretrizes de orientação para a construção desse centro. Sugerimos, como primeira intervenção, a identificação dos ambulatórios da UNIFESP que recebem e atendem esses pacientes. Durante nosso projeto, pudemos identificar, além do Ambulatório de Adrenal, pelo menos outros sete ambulatórios: (1) Endócrino-Pediatria, (2) Gônadas, (3) Cirurgia Infantil, (4) Urologia, (5) Ginecologia, (6) Reprodução Humana e (7) Psiquiatria. Os profissionais que atendem nos referidos ambulatórios não parecem ter a rotina de conversarem entre si; alguns têm parcerias (entre um ou outro) e outros trabalham paralelamente, sem nenhuma conexão. Como demostramos no artigo 2, esse modo de funcionamento institucional torna-se um complicador importante, pois produz um paciente adulto extremamente dependente da fala dos pais, sem autonomia e distante do próprio tratamento. Dentro deste contexto, pensamos que poderia ser desenvolvida uma estratégia baseada na promoção de encontros entre os coordenadores destes ambulatórios, os quais poderiam facilitar a criação de um projeto compartilhado por todos. Assim, poderíamos criar um centro integrado de atendimento, e encontros com data e local conhecidos por todas as disciplinas de cuidado e todos os serviços, promovendo uma melhor comunicação e uma troca mais efetiva entre os gestores. Além disso, poderíamos delinear diretrizes de atendimentos aos pacientes de forma individualizada, contemplando as várias dimensões da problemática existente na clínica da DDS. Este centro seria um lugar privilegiado para a produção de pesquisa, para a troca de experiências, para o desenvolvimento de grupos de estudos e um espaço de treinamento para jovens médicos. A articulação das distintas equipes fortaleceria o atendimento a esse público específico, diminuindo índices de fragmentação detectados durante todo o trabalho. Pacientes adultos com HAC atendidos preferencialmente no ambulatório de Adrenal, seriam beneficiados pelo atendimento conjunto com outros pacientes adultos com DDS (atendidos no ambulatório de Gônadas, por exemplo). Poderíamos promover diferentes ações que contemplassem as DDS em geral, como, por exemplo: grupos terapêuticos de pacientes, pesquisas sobre sexualidade, identidade, gênero (temas extremamente atuais) e grupos focais com temas específicos. A união dos ambulatórios otimizaria e melhoraria o treinamento dos residentes de Endocrinologia, promovendo grupos de estudo e discussões sobre o tema. Através desse centro, poderíamos compor uma equipe interdisciplinar nos moldes propostos pelos protocolos de Chicago, convidando advogados, conselheiros em bioética e assistentes sociais para comporem a equipe de trabalho. Outra configuração possível para esse centro seria num local físico no qual se reunissem todos os pacientes com DDS da UNIFESP, e os vários profissionais envolvidos desenvolveriam dispositivos de articulação entre as disciplinas, ou seja, o centro seria o representante do coletivo dos ambulatórios. Serviria como referência, mas manteria sua autonomia de funcionamento. Com estes modelos poderíamos também ampliar nossa rede de cuidados, promovendo troca de experiências com outros centros e possibilitando outras ações sociais que contemplariam a construção de redes psicossociais locais (no caso de pacientes de outras cidades) que podem ser acionadas em caso de abandono de tratamento, falta de recursos financeiros básicos etc. O centro também poderia desenvolver: 1) Grupo focal com os usuários para conhecer o que eles desejam de um centro integrado; 2) Preparo de um grande banco de dados com o cadastro dos pacientes com DDS da UNIFESP ? coordenado por profissionais responsáveis por receber os casos e inserilos na Instituição. Criar estratégias virtuais do cenário global do serviço, promovendo a localização atual e futura do paciente (ação voltada para a construção de uma continuidade do tratamento - onde estou e para onde vou); 3) Ambulatório de transição ? ações voltadas ao público adolescente (preparo para integração e conhecimento sobre a própria DDS), desenvolvimento de uma série de atividades (grupos focais, atendimento individual, dinâmicas de grupo, atividades sobre diversos temas (sexualidade, autonomia, escolha profissional, relacionamento amoroso, identidade de gênero, entre outros). Preparo do adolescente para o serviço adulto; 4) Fórum de bioética; 5) Preparo de jornadas, cursos, workshops sobre o tema e sobre temas atuais, que constantemente são projetados na mídia, produzindo análises críticas; 6) Aprofundamento do treinamento dos residentes e dos assistentes envolvidos no trato com os pacientes, nos moldes desenvolvidos pela disciplina da Universidade da Columbia ? Medicina Narrativa (1); grupos Balint (2) 7) Desenvolvimento de formação multidisciplinar, promovendo estágios para psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, entre outros. Essas ações poderiam fazer parte de um projeto de seguimento de, no mínimo, 5 anos, o qual, além de visar uma melhora na assistência ao paciente e na formação dos profissionais envolvidos, possibilitaria desenvolver e produzir mais dados sobre o tema, contribuindo com futuras pesquisas e publicações. | pt |
dc.description.source | Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016) | |
dc.format.extent | 83 p. | |
dc.identifier | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2679573 | pt |
dc.identifier.citation | SILVEIRA, Mariana Telles. Contribuições da psicologia para a estrutura de um ambulatório de atendimento a pacientes com desordens do desenvolvimento do sexo (dds) no serviço de endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo: organização, pesquisa e intervenções clínicas. 2015. 83 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015. | |
dc.identifier.file | 2015-0541.pdf | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48332 | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/restrictedAccess | |
dc.subject | desordens do desenvolvimento do sexo | pt |
dc.subject | psicologia | pt |
dc.title | Contribuições da psicologia para a estrutura de um ambulatório de atendimento a pacientes com desordens do desenvolvimento do sexo (dds) no serviço de endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo: organização, pesquisa e intervenções clínicas | pt |
dc.type | info:eu-repo/semantics/doctoralThesis | |
unifesp.campus | São Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM) | pt |
unifesp.graduateProgram | Medicina (Endocrinologia Clínica) | pt |
unifesp.knowledgeArea | Ciências da saúde | pt |
unifesp.researchArea | Medicina | pt |