A presença do Novo Mundo na iconografia da morte e dos sonhos de São Francisco Xavier: a missão jesuítica e as partes e gentes do Império Português
Data
2014-08-01
Tipo
Artigo
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Resumo
This article analyzes pictorial interpretations of saint Francis Xavier's death and dreams visions, from early seventeenth century until mideighteenth century. If the Jesuit, even before his canonization in 1622, was seen as an Apostle of the East, a change occurred from the second half of the seventeenth century on. To the Asian iconographic indexes were added Africans and Native Americans ones in the depiction of his dreams and death. Through the observation of this imagetic shift the aim is to understand the making of a visual program for Xavier's hagiography, in which a prior and more exclusive relation with the East is surpassed by the efforts of fulfilling a role as the mission ultimate example, also - and specially - for the Americas. It particularly interests how these iconic displacements occurred in the case of the Portuguese Empire and Brazil.
A proposta deste artigo é analisar diferentes leituras pictóricas da morte e dos sonhos de S. Francisco Xavier, desde inícios do século XVII até a parte da pesquisa em relação à morte deriva de monografia defendida em 2010 na UNIFESP. Versões da parte sobre o sonho foram apresentadas em congressos em 2010 e uma prévia bastante resumida foi publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional (n. 93, Junho de 2013). Gostaríamos de agradecer às contribuições feitas naquelas ocasiões pela audiência e pela banca, bem como também agradecemos a André Tavares, Evergton Sales Souza, Renato Cymbalista e aos pareceristas. A pesquisa contou com o apoio do CNPq e da Fapesp. meados do século XVIII. Se o jesuíta, mesmo antes de sua canonização em 1622 era entendido como Apóstolo do Oriente, a partir da segunda metade do século XVII, ocorreu uma mudança iconográfica pela qual aos personagens e elementos asiáticos somaram-se africanos e índios americanos na representação da cena de sua morte e de seus sonhos. Pretende-se a partir desse câmbio imagético analisar a construção de um programa visual da hagiografia de Xavier, no qual a vinculação exclusiva com o Oriente é suplantada pelos esforços em caracterizá-lo como exemplo máximo para a Missão, aplicável também - e sobretudo - às Américas. Interessam aqui em particular essas modulações no caso do Brasil e do Império Português.
A proposta deste artigo é analisar diferentes leituras pictóricas da morte e dos sonhos de S. Francisco Xavier, desde inícios do século XVII até a parte da pesquisa em relação à morte deriva de monografia defendida em 2010 na UNIFESP. Versões da parte sobre o sonho foram apresentadas em congressos em 2010 e uma prévia bastante resumida foi publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional (n. 93, Junho de 2013). Gostaríamos de agradecer às contribuições feitas naquelas ocasiões pela audiência e pela banca, bem como também agradecemos a André Tavares, Evergton Sales Souza, Renato Cymbalista e aos pareceristas. A pesquisa contou com o apoio do CNPq e da Fapesp. meados do século XVIII. Se o jesuíta, mesmo antes de sua canonização em 1622 era entendido como Apóstolo do Oriente, a partir da segunda metade do século XVII, ocorreu uma mudança iconográfica pela qual aos personagens e elementos asiáticos somaram-se africanos e índios americanos na representação da cena de sua morte e de seus sonhos. Pretende-se a partir desse câmbio imagético analisar a construção de um programa visual da hagiografia de Xavier, no qual a vinculação exclusiva com o Oriente é suplantada pelos esforços em caracterizá-lo como exemplo máximo para a Missão, aplicável também - e sobretudo - às Américas. Interessam aqui em particular essas modulações no caso do Brasil e do Império Português.
Descrição
Citação
Varia Historia. Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais., v. 30, n. 53, p. 407-441, 2014.