Integração entre Sistemas de Informação em Saúde: o caso do e-SUS Atenção Básica
Data
2019
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: In Brazil, health professionals and public managers coexist with dozens of Health Information Systems in their work environments. Some are called National Health Information System because they are used by thousands of health services to collect and send data to large databases centralized in the Ministry of Health of Brazil. Most were created in a fragmented way and disconnected from a global view of the MS software ecosystem, causing them to be born with little or no integration with each other. Some public policies have been implemented to reduce the fragmentation of National Health Information System in the Brazilian Unified Health System (SUS), among which the e-SUS AB Strategy, carried out by the Primary Health Care Department of the Ministry of Health. Objective: To describe and analyze the situation of the integration of e-SUS AB with others National Health Information Systems of Brazilian Primary Health Care. Methodology: A case study with data analysis and cross-checking of multiple sources of evidence was carried out: official publications and technical documents of MS, interviews with key informants, literature review and answers obtained through the Access to Information Law. Results and Discussion: We found 31 National Health Information Systems in production in Primary Care. It was verified that the e-SUS AB Strategy accomplished complete unification of user interfaces with 11 of these systems, incomplete integration with other 4 systems and no integration with 16 systems. Interface integration was observed in 100% of the Primary Health Care Department own systems, but no complete integration was observed with any systems of the Ministry of Health Surveillance Department. Frequency and intensity of systems use in health services appeared as less important factors, since systems with a marked use at the local level had incipient integration with e-SUS AB. Conclusion: The e-SUS AB Strategy took on the challenge of producing more integration through unified interfaces guided by the "single window" concept. The difficulties in achieving this integration are related to the historic fragmentation of Ministry of Health management, the maintenance of the (false) dichotomy between Surveillance and Health Assistance, the low governance of the e-SUS AB management area and the fragile IT governance of the MS. Decentralized IT hubs play a central role in the development of National Health Information System, but are largely ignored in the master plans and technology management committees.
Introdução: Profissionais de saúde e gestores públicos convivem com dezenas de Sistemas de Informação em Saúde (SIS) em seus ambientes de trabalho. Alguns são chamados SIS de base nacional por serem utilizados por milhares de serviços de saúde para captar e enviar dados para grandes bases centralizadas no Ministério da Saúde (MS). A maioria foi criada de forma fragmentada e desconectada de uma visão global do ecossistema de software do MS, o que fez com que nascessem com pouca ou nenhuma integração entre si. Algumas políticas públicas vêm sendo implantadas para diminuir a fragmentação dos SIS no Sistema Único de Saúde, entre as quais a Estratégia e-SUS AB, protagonizada pelo Departamento de Atenção Básica do MS. Objetivo: Descrever e analisar a situação da integração do e-SUS AB com os SIS de base nacional da Atenção Básica do SUS. Metodologia: Foi realizado um estudo de caso com análise e cruzamento de dados de múltiplas fontes de evidências: publicações oficiais e documentos técnicos do MS, entrevistas com informantes-chave, revisão de literatura e respostas obtidas através da Lei de Acesso à Informação. Resultados e Discussão: Foram encontrados 31 SIS de base nacional em produção na Atenção Básica. Verificou-se que a Estratégia e-SUS AB realizou unificação completa de interfaces de usuário com 11 destes SIS, integração incompleta com outros 4 SIS e nenhuma integração com 16 SIS. Observou-se integração de interfaces em 100% dos SIS do próprio DAB, mas não se observou integração completa com nenhum dos SIS da Secretaria de Vigilância à Saúde do MS. Frequência e intensidade do uso dos SIS nos serviços de saúde apareceram como fatores de menor relevância, pois SIS com uso acentuado no nível local tiveram integração incipiente com o e-SUS AB. Conclusão: A Estratégia e-SUS AB assumiu o desafio de produzir mais integração através da unificação de interfaces guiada pelo conceito de “janela única”. As dificuldades em realizar tal integração estão relacionadas à histórica fragmentação da gestão do MS, à manutenção da (falsa) dicotomia entre Vigilância e Assistência, à baixa governabilidade da área gestora do e-SUS AB e à frágil governança de Tecnologia da Informação (TI) do MS. Os núcleos descentralizados de TI têm papel central no desenvolvimento de SIS, mas são praticamente ignorados nos planos diretores e nos comitês de gestão de tecnologias.
Introdução: Profissionais de saúde e gestores públicos convivem com dezenas de Sistemas de Informação em Saúde (SIS) em seus ambientes de trabalho. Alguns são chamados SIS de base nacional por serem utilizados por milhares de serviços de saúde para captar e enviar dados para grandes bases centralizadas no Ministério da Saúde (MS). A maioria foi criada de forma fragmentada e desconectada de uma visão global do ecossistema de software do MS, o que fez com que nascessem com pouca ou nenhuma integração entre si. Algumas políticas públicas vêm sendo implantadas para diminuir a fragmentação dos SIS no Sistema Único de Saúde, entre as quais a Estratégia e-SUS AB, protagonizada pelo Departamento de Atenção Básica do MS. Objetivo: Descrever e analisar a situação da integração do e-SUS AB com os SIS de base nacional da Atenção Básica do SUS. Metodologia: Foi realizado um estudo de caso com análise e cruzamento de dados de múltiplas fontes de evidências: publicações oficiais e documentos técnicos do MS, entrevistas com informantes-chave, revisão de literatura e respostas obtidas através da Lei de Acesso à Informação. Resultados e Discussão: Foram encontrados 31 SIS de base nacional em produção na Atenção Básica. Verificou-se que a Estratégia e-SUS AB realizou unificação completa de interfaces de usuário com 11 destes SIS, integração incompleta com outros 4 SIS e nenhuma integração com 16 SIS. Observou-se integração de interfaces em 100% dos SIS do próprio DAB, mas não se observou integração completa com nenhum dos SIS da Secretaria de Vigilância à Saúde do MS. Frequência e intensidade do uso dos SIS nos serviços de saúde apareceram como fatores de menor relevância, pois SIS com uso acentuado no nível local tiveram integração incipiente com o e-SUS AB. Conclusão: A Estratégia e-SUS AB assumiu o desafio de produzir mais integração através da unificação de interfaces guiada pelo conceito de “janela única”. As dificuldades em realizar tal integração estão relacionadas à histórica fragmentação da gestão do MS, à manutenção da (falsa) dicotomia entre Vigilância e Assistência, à baixa governabilidade da área gestora do e-SUS AB e à frágil governança de Tecnologia da Informação (TI) do MS. Os núcleos descentralizados de TI têm papel central no desenvolvimento de SIS, mas são praticamente ignorados nos planos diretores e nos comitês de gestão de tecnologias.
Descrição
Citação
COELHO NETO, Giliate Cardoso. Integração entre Sistemas de Informação em Saúde: o caso do e-SUS Atenção Básica. 2019. 122f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019