A perda auditiva neurossensorial súbita como primeira manifestação da Doença de Menière
Data
2020-11-26
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Sudden sensorineural hearing loss (SSHL) is currently considered just a common symptom to several diseases and can also be a possible criterion used for the diagnosis of Menière's disease. Objective: to estimate the incidence of SSHL as the first clinical manifestation in patients with Menière's disease as well as to study the clinical parameters and audiometric characteristics those suggest the diagnosis of this disease at the time of installation of the SSHL. Methods: 470 patients with SSHL were included according to the definition of the National institute for Deafness and communication Disorders (NICDC), regardless of sex and age. The patients were divided into two groups: one group with Menière's disease diagnosed according to the criteria of the Bárány Society, and another group without Menière's disease. The following parameters were evaluated: sex, age, other concomitant symptoms of hearing loss, time interval between the appearance of symptoms and the beginning of treatment, comorbidities, the degree of hearing loss in the affected ear, audiometric patterns, the degree of hearing recovery and, the recurrence of hearing loss. Results: Of the 470 patients with SSHL, 244 (51.9%) are males and 226 (48.1%) females. The age distribution is unimodal -52 years-, with an average of 47, 8 ± 16.4 years and range from 13 years (minimum) to 94 years (maximum); 409 (87.02%) of the patients had a unilateral hearing loss and 61 (12.98%) with a bilateral loss. Bilateral cases were evaluated for each ear separately. A group of 63 (13.4%) patients was diagnosed with Menière's Disease with a predominance of females (63.5%); symptoms such as aural fullness, vertigo and nausea were more relevant and statistically significant in cases with Menière. The average degree of loss is 70.89 dB (SD: ± 54.36) and the Speech Recognition Percentage Index (SRPI) of 40% in cases without Menière and 29.96 dB (SD: ± 28.73) and 60% respectively in cases with Menière. The ascending audiometric curve was the most common in cases with Menière with a statistically significant difference (p = 0.001). The degree of hearing loss and the Speech Recognition Percentage Index (SRPI) correlate positively with the prognosis of recovery in both groups. There was a recurrence of 30.2% of the patients with Menière occurring in an average time of 3 ½ years, and only 6.38% in the cases without Menière. Conclusion: The incidence of Menière's disease in SSHL was higher than reported in the literature. At the moment of sudden hearing loss, the clinical, audiometric and evolutionary characteristics predictive for xiv Menière's disease criteria were: female predominance, presence of aural fullness, vertigo and nausea; mild to moderate hearing loss with ascending audiometric curve and greater recurrence of sudden deafness.
A perda Auditiva neurossensorial Súbita (PANSS) é atualmente considerada apenas um sintoma comum à diversas doenças e pode ser também um possível criterio utilizado para o diagnóstico da Doença de Menière. Objetivo: estimar a incidência da PANSS como primeira manifestação clínica em pacientes com Doença de Menière bem como estudar os parâmetros clínicos e características audiométricas que sugerem o diagnóstico desta doença no momento da instalação da PANSS. Métodos:Foram incluídos 470 pacientes com PANSS segundo a definição da National institute for Deafness and Communication Disorders (NIDCD), independente do sexo e da idade. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um grupo com Doença de Menière diagnosticados segundo os critérios da Bárány Society, e outro grupo sem Doença de Menière. Foram avaliados os seguintes parâmetros: sexo, idade, outros sintomas concomitantes da perda auditiva, intervalo de tempo entre a aparição dos sintomas e o início de tratamento, as comorbidades, o grau de perda auditiva na orelha acometida, os padrões audiométricos, o grau de recuperação auditiva e, a recorrência da perda auditiva. Resultados: Dos 470 pacientes com PANSS, 244 (51,9%) são do sexo masculino e 226 (48,1%) do sexo feminino. A distribuição etária é unimodal -52 anos-, com uma média de 47, 8 ± 16,4 anos e variação de 13 anos (mínimo) até 94 anos (máximo); 409 (87,02%) dos pacientes tiveram uma perda auditiva unilateral e 61 (12,98%) com uma perda bilateral. Os casos bilaterais foram avaliados cada orelha separadamente. Um grupo de 63 (13,4%) pacientes foi diagnosticado com a Doença de Menière com predominância de sexo feminino (63,5%); os sintomas como plenitude aural, vertigem e náuseas foram mais relevantes e estatisticamente significativas nos casos com Menière. A média de grau de perda é 70,89 dB (DP: ± 54,36) e o índice percentual de reconhecimento de fala (IPRF) de 40% nos casos sem Menière e, 29,96 dB (DP:± 28,73) e 60% respectivamente nos casos com Menière. A curva audiometrica ascendente foi a mais comum nos casos com Menière com uma diferença estatística significativa (p=0, 001). O grau de perda auditiva e o Índice Percentual de Reconhecimento da Fala (IPRF) se correlacionam positivamente com o prognostico da recuperação nos dois grupos. Houve recorrência de 30,2% dos pacientes com Menière ocorrido em um tempo médio de 3 anos e meio, e apenas xii 6,38% nos casos sem Menière. Conclusão: A incidência da Doença de Menière na PANSS foi maior do que descrito na literatura atual. No momento de instalação da perda auditiva súbita as características clínicas, audiométricas e evolutiva preditiva para critérios de Doença de Menière foram: predominância do sexo feminino, presença de plenitude aural, vertigem e náuseas; perda auditiva de grau leve a moderado com curva audiométrica ascendente e maior recorrência da surdez súbita.
A perda Auditiva neurossensorial Súbita (PANSS) é atualmente considerada apenas um sintoma comum à diversas doenças e pode ser também um possível criterio utilizado para o diagnóstico da Doença de Menière. Objetivo: estimar a incidência da PANSS como primeira manifestação clínica em pacientes com Doença de Menière bem como estudar os parâmetros clínicos e características audiométricas que sugerem o diagnóstico desta doença no momento da instalação da PANSS. Métodos:Foram incluídos 470 pacientes com PANSS segundo a definição da National institute for Deafness and Communication Disorders (NIDCD), independente do sexo e da idade. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um grupo com Doença de Menière diagnosticados segundo os critérios da Bárány Society, e outro grupo sem Doença de Menière. Foram avaliados os seguintes parâmetros: sexo, idade, outros sintomas concomitantes da perda auditiva, intervalo de tempo entre a aparição dos sintomas e o início de tratamento, as comorbidades, o grau de perda auditiva na orelha acometida, os padrões audiométricos, o grau de recuperação auditiva e, a recorrência da perda auditiva. Resultados: Dos 470 pacientes com PANSS, 244 (51,9%) são do sexo masculino e 226 (48,1%) do sexo feminino. A distribuição etária é unimodal -52 anos-, com uma média de 47, 8 ± 16,4 anos e variação de 13 anos (mínimo) até 94 anos (máximo); 409 (87,02%) dos pacientes tiveram uma perda auditiva unilateral e 61 (12,98%) com uma perda bilateral. Os casos bilaterais foram avaliados cada orelha separadamente. Um grupo de 63 (13,4%) pacientes foi diagnosticado com a Doença de Menière com predominância de sexo feminino (63,5%); os sintomas como plenitude aural, vertigem e náuseas foram mais relevantes e estatisticamente significativas nos casos com Menière. A média de grau de perda é 70,89 dB (DP: ± 54,36) e o índice percentual de reconhecimento de fala (IPRF) de 40% nos casos sem Menière e, 29,96 dB (DP:± 28,73) e 60% respectivamente nos casos com Menière. A curva audiometrica ascendente foi a mais comum nos casos com Menière com uma diferença estatística significativa (p=0, 001). O grau de perda auditiva e o Índice Percentual de Reconhecimento da Fala (IPRF) se correlacionam positivamente com o prognostico da recuperação nos dois grupos. Houve recorrência de 30,2% dos pacientes com Menière ocorrido em um tempo médio de 3 anos e meio, e apenas xii 6,38% nos casos sem Menière. Conclusão: A incidência da Doença de Menière na PANSS foi maior do que descrito na literatura atual. No momento de instalação da perda auditiva súbita as características clínicas, audiométricas e evolutiva preditiva para critérios de Doença de Menière foram: predominância do sexo feminino, presença de plenitude aural, vertigem e náuseas; perda auditiva de grau leve a moderado com curva audiométrica ascendente e maior recorrência da surdez súbita.