Causa clínicas de eletrorretinograma negativo em pacientes de hospital universitário
Data
2015-12-31
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objective: To determine the frequency and cause of electroretinography (ERG) negative scotopic over a period of 11 years and correlate the fundus findings, age, sex, visual acuity and family inbreeding. Methods: This retrospective cross-sectional observational study included 1612 patients, who were divided into two groups according to age, with 245 of the group of children and adolescents under the age of eighteen years of age (group 1) and in 1367 the adult group over the age of eighteen years of age (group 2) examined between March 2004 and July 2015 in Visual Electrophysiology Laboratory of the Department of Ophthalmology and Visual Sciences at the Federal University of São Paulo / Hospital Sao Paulo. Patients were selected who had negative ERG, or a significant reduction of amplitude of the b-wave so that the wave amplitude was lower than it, i.e., b / a ratio ? 1 at maximum scotopic ERG response. The level of statistical significance was taken as p ? 0.05. Results: Of the total sample, 41 (2.5%) patients had negative ERG, 27 adults (2.0%) and 14 children and adolescents (5.7%). Ages ranged from 0.5 to 78.1 years (mean 32.8 ± 20.5; median 28.6), and for group 1 0.5 to 17.0 years (12.2 ± 4.6 ; median 13.8) and for Group 2, 18.6 to 78.1 years (43.5 ± 17.0, median 38.5). Of the total, 23 patients (56.1%) were male and 18 (44.9%) were female. ERG negative bilateral was found in 29 patients (12 in Group 1, 17 in Group 2) and unilateral in 12 patients (Group 1 2, 10 for group 2). A family history of consanguinity was found in nine patients (21.9%). The average visual acuity in the better eye sight was 0.54 ± 0.54 logMAR of (20/70) and 0.73 ± 0.39 logMAR (20/107) for group 1 and 0.45 ± 0, 58 logMAR (20/56) for group 2. The visual acuity for the worst eye vision was 0.88 ± 0.69 logMAR (20/150) and 0.83 ± 0.41 logMAR (20 / 135) for group 1 and 0.91 ± 0.74 logMAR (20/186) for group 2. The changes most commonly found in the fundus were: atrophy of the retinal pigment epithelium in 34 patients (12 in group 1; 22 Group 2), pale papilla in 22 patients (14 in group 1, group 2, 8) and vascular attenuation of 22 patients (8 in group 1: 14 group 2). The most frequent diagnostic hypotheses were: retinitis pigmentosa (33.3%), juvenile retinoschisis (12.8%) and uveitis (12.8%). Conclusions: The negative ERG frequency in the 11-year study period was close (3-5%) described in the literature, is more common in males and in children and adolescents. Visual acuity was worse for children and adolescents than adults. Bilateral cases were more common than unilateral. The retinitis pigmentosa and juvenile retinoschisis were the most frequent diagnostic hypotheses.
Objetivo: Determinar a frequência e a causa do eletrorretinograma (ERG) escotópico negativo em um período de 11 anos e correlacionar os achados de fundo de olho, idade, sexo, acuidade visual e consanguinidade familiar. Métodos: Este estudo observacional descritivo transversal retrospectivo incluiu 1612 pacientes, que foram divididos em dois grupos de acordo com a idade, sendo 245 do grupo de crianças e adolescentes com idade inferior a dezoito anos de idade (grupo 1) e 1367 do grupo de adultos com idade superior a dezoito anos de idade (grupo 2) examinados entre março de 2004 a julho de 2015 no Laboratório de Eletrofisiologia Visual do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo / Hospital São Paulo. Foram selecionados pacientes que apresentavam ERG negativo, ou seja, uma redução significativa da amplitude da onda-b, de modo que esta amplitude fosse inferior à onda-a, ou seja, relação b/a ? 1 na resposta escotópica máxima do ERG. O nível de significância estatística foi considerado como p?0,05. Resultados: Do total da amostra, 41 (2,5%) pacientes apresentaram ERG negativo, sendo 27 adultos (2,0%) e 14 crianças e adolescentes (5,7%). A idade variou de 0,5-78,1 anos (média 32,8 ± 20,5; mediana 28,6), sendo para o grupo 1 de 0,5 a 17,0 anos (12,2 ± 4,6; mediana 13,8) e para o grupo 2, de 18,6 a 78,1 anos (43,5 ± 17,0; mediana 38,5). Do total, 23 pacientes (56,1%) eram do sexo masculino e 18 (44,9%) do sexo feminino. ERG negativo bilateral foi encontrado em 29 pacientes (12 do grupo 1; 17 do grupo 2) e unilateral em 12 pacientes (2 do grupo 1; 10 para o grupo 2). A história de consanguinidade familiar foi encontrada em nove pacientes (21,9%). A acuidade visual média no olho de melhor visão foi de 0,54 ± 0,54 logMAR (20/70), sendo 0,73 ± 0,39 logMAR (20/107) para o grupo 1 e 0,45 ± 0,58 logMAR (20/56) para o grupo 2. A acuidade visual média para o olho de pior visão foi de 0,88 ± 0,69 logMAR (20/150), sendo de 0,83 ± 0,41 logMAR (20/135) para o grupo 1 e 0,91 ± 0,74 logMAR (20/186) para o grupo 2. As alterações mais comumente encontradas na fundoscopia foram: atrofia do epitélio pigmentado da retina em 34 pacientes (12 do grupo 1; 22 do grupo 2), palidez de papila em 22 pacientes (14 do grupo 1; 8 do grupo 2) e atenuação vascular em 22 pacientes (8 do grupo 1; 14 do grupo 2). As hipóteses diagnósticas mais frequentes foram: retinose pigmentária (33,3%), retinosquise juvenil (12,8%) e uveíte (12,8%). Conclusões: A frequência de ERG negativo nos 11 anos de período do estudo foi próxima (3-5%) a descrita na literatura, sendo mais comum para o sexo masculino e em crianças e adolescentes. A acuidade visual foi pior para as crianças e adolescentes do que os adultos. Os casos bilaterais foram mais comuns que os unilaterais. A retinose pigmentária e a retinosquise juvenil foram às hipóteses diagnósticas mais frequentes.
Objetivo: Determinar a frequência e a causa do eletrorretinograma (ERG) escotópico negativo em um período de 11 anos e correlacionar os achados de fundo de olho, idade, sexo, acuidade visual e consanguinidade familiar. Métodos: Este estudo observacional descritivo transversal retrospectivo incluiu 1612 pacientes, que foram divididos em dois grupos de acordo com a idade, sendo 245 do grupo de crianças e adolescentes com idade inferior a dezoito anos de idade (grupo 1) e 1367 do grupo de adultos com idade superior a dezoito anos de idade (grupo 2) examinados entre março de 2004 a julho de 2015 no Laboratório de Eletrofisiologia Visual do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo / Hospital São Paulo. Foram selecionados pacientes que apresentavam ERG negativo, ou seja, uma redução significativa da amplitude da onda-b, de modo que esta amplitude fosse inferior à onda-a, ou seja, relação b/a ? 1 na resposta escotópica máxima do ERG. O nível de significância estatística foi considerado como p?0,05. Resultados: Do total da amostra, 41 (2,5%) pacientes apresentaram ERG negativo, sendo 27 adultos (2,0%) e 14 crianças e adolescentes (5,7%). A idade variou de 0,5-78,1 anos (média 32,8 ± 20,5; mediana 28,6), sendo para o grupo 1 de 0,5 a 17,0 anos (12,2 ± 4,6; mediana 13,8) e para o grupo 2, de 18,6 a 78,1 anos (43,5 ± 17,0; mediana 38,5). Do total, 23 pacientes (56,1%) eram do sexo masculino e 18 (44,9%) do sexo feminino. ERG negativo bilateral foi encontrado em 29 pacientes (12 do grupo 1; 17 do grupo 2) e unilateral em 12 pacientes (2 do grupo 1; 10 para o grupo 2). A história de consanguinidade familiar foi encontrada em nove pacientes (21,9%). A acuidade visual média no olho de melhor visão foi de 0,54 ± 0,54 logMAR (20/70), sendo 0,73 ± 0,39 logMAR (20/107) para o grupo 1 e 0,45 ± 0,58 logMAR (20/56) para o grupo 2. A acuidade visual média para o olho de pior visão foi de 0,88 ± 0,69 logMAR (20/150), sendo de 0,83 ± 0,41 logMAR (20/135) para o grupo 1 e 0,91 ± 0,74 logMAR (20/186) para o grupo 2. As alterações mais comumente encontradas na fundoscopia foram: atrofia do epitélio pigmentado da retina em 34 pacientes (12 do grupo 1; 22 do grupo 2), palidez de papila em 22 pacientes (14 do grupo 1; 8 do grupo 2) e atenuação vascular em 22 pacientes (8 do grupo 1; 14 do grupo 2). As hipóteses diagnósticas mais frequentes foram: retinose pigmentária (33,3%), retinosquise juvenil (12,8%) e uveíte (12,8%). Conclusões: A frequência de ERG negativo nos 11 anos de período do estudo foi próxima (3-5%) a descrita na literatura, sendo mais comum para o sexo masculino e em crianças e adolescentes. A acuidade visual foi pior para as crianças e adolescentes do que os adultos. Os casos bilaterais foram mais comuns que os unilaterais. A retinose pigmentária e a retinosquise juvenil foram às hipóteses diagnósticas mais frequentes.
Descrição
Citação
ROCHA, Daniel Martins. Causa clínicas de eletrorretinograma negativo em pacientes de hospital universitário. 2015. 75 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.