Efeitos da cafeína sobre o traçado eletroencefalográfico de recém nascidos prematuros
Data
2017-06-06
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: To evaluate poligraphic traces of preterm newborns (PTNB) in use of caffeine and compare them to PTNB not in use of this medication, in terms of amount of epileptic discharges and/or seizures. Evaluate cerebral base activity (CBA) as well, including different age groups, taking into account total cumulative dose of caffeine (TCD) up to the day EEG was performed, and time of treatment initiation (early treatment introduction, up to the second day of life, or latte introduction, from the third day on). Method: If no apparent risks for seizures and/or epileptic discharges were present, not even abortive seizures drugs were in use, all PTNB born at Hospital São Paulo were considered into the study. Information about the patient, the mother, gestational inquiries, familiar and pathological conditions were assembled on questionnaires applied. Once the newborn suited the study profile, the baby was submitted to polygraph examination for at least 60 minutes with simultaneous video recording. EEG traces were subsequently analyzed in view of the presence of seizures and/or epileptic discharges and CBA differences. Results: At the end of almost two years of research, 117 patients were enrolled, 91 were embraced according to inclusion and exclusion criteria’s for analysis. Total cumulative dose of caffeine did not increase epileptic discharges and/or seizures. However, late caffeine treatment initiation established greater association to epileptic discharges frequency then early treatment. Considering CBA, babies on caffeine had altered synchronicity according to different corrected ages and time of treatment introduction. In addition, sleep disturbance could be detected on babies on caffeine, which presented a reduction on the percentage of total quiet sleep time and, therefore, interbusrts intervals were also affected. Conclusion: Different caffeine total cumulative doses does not predict seizures and/or epileptic discharges increases, however there seems to be a better chance of epileptic discharges on those PTNB that received late caffeine treatment introduction. Besides, it alters brain synchronicity and sleep structure, shortening quiet sleep and consequently interbusts intervals. Somehow, those results imply an interference on brain maturation.
Objetivo: Avaliar traçados de exames de poligrafia em recém-nascidos prematuros (RNPT) que usaram a medicação cafeína, comparando-os ao traçado de RNPT que não utilizaram a medicação, quanto à presença de atividade epileptiforme e/ou crises epilépticas, bem como atividade elétrica cerebral basal (AEC), em suas diferentes faixas etárias, considerando-se a dose total de cafeína acumulada (DTA) até a época de realização do exame e o tempo de introdução da medicação (precoce, até dois dias de vida ou tardia, a partir do terceiro dia de vida). Método: Foram incluídos todos os prematuros nascidos no Hospital São Paulo que não apresentassem riscos conhecidos para o aparecimento de crises e/ou paroxismos epileptiformes e que não estivessem em uso de medicações que sabidamente poderiam abortar esses achados. Foram preenchidos questionários com dados do paciente, gestação, dados maternos, bem como seus antecedentes familiares e patológicos. Uma vez incluído no perfil do estudo, o bebê era submetido ao exame de poligrafia com duração mínima de 60 minutos. Os traçados foram posteriormente analisados quanto a presença de paroxismos epileptiformes e /ou crises epilépticas e mudanças em sua atividade de base. Resultados: Após quase dois anos de pesquisa, foram incluídos 117 pacientes no estudo. O exame foi analisado em 91 pacientes que preenchiam os critérios de inclusão e exclusão. Não se observou influência da DTA como fator preditor para um maior conteúdo de paroxismos epileptiformes e/ou crises epilépticas. No entanto, quando introduzida de forma tardia observou-se maior aparecimento de paroxismos epileptiformes quando comparado à introdução precoce. Em relação à atividade de base, bebês em uso de cafeína apresentaram variação em relação a sincronização cerebral se mostrando mais assíncronos a depender da idade gestacional corrigida e da forma de uso (precoce ou tardio). Houve diferença também em relação à porcentagem de sono quieto e consequentemente de IS, sendo menores em bebês que fizeram uso da medicação. Conclusão: A cafeína, em suas diferentes DTA durante um tratamento, não parece ser um fator preditor à ocorrência de crises epilépticas ou ao aumento de paroxismos epileptiformes, porém parece haver maior chance desses paroxismos ocorrerem quando a introdução da medicação é feita de forma tardia. Ainda, altera a atividade de base quanto a sincronia cerebral e estrutura de sono, reduzindo o período de sono quieto, o que de certa forma deduz uma interferência do processo de amadurecimento cerebral.
Objetivo: Avaliar traçados de exames de poligrafia em recém-nascidos prematuros (RNPT) que usaram a medicação cafeína, comparando-os ao traçado de RNPT que não utilizaram a medicação, quanto à presença de atividade epileptiforme e/ou crises epilépticas, bem como atividade elétrica cerebral basal (AEC), em suas diferentes faixas etárias, considerando-se a dose total de cafeína acumulada (DTA) até a época de realização do exame e o tempo de introdução da medicação (precoce, até dois dias de vida ou tardia, a partir do terceiro dia de vida). Método: Foram incluídos todos os prematuros nascidos no Hospital São Paulo que não apresentassem riscos conhecidos para o aparecimento de crises e/ou paroxismos epileptiformes e que não estivessem em uso de medicações que sabidamente poderiam abortar esses achados. Foram preenchidos questionários com dados do paciente, gestação, dados maternos, bem como seus antecedentes familiares e patológicos. Uma vez incluído no perfil do estudo, o bebê era submetido ao exame de poligrafia com duração mínima de 60 minutos. Os traçados foram posteriormente analisados quanto a presença de paroxismos epileptiformes e /ou crises epilépticas e mudanças em sua atividade de base. Resultados: Após quase dois anos de pesquisa, foram incluídos 117 pacientes no estudo. O exame foi analisado em 91 pacientes que preenchiam os critérios de inclusão e exclusão. Não se observou influência da DTA como fator preditor para um maior conteúdo de paroxismos epileptiformes e/ou crises epilépticas. No entanto, quando introduzida de forma tardia observou-se maior aparecimento de paroxismos epileptiformes quando comparado à introdução precoce. Em relação à atividade de base, bebês em uso de cafeína apresentaram variação em relação a sincronização cerebral se mostrando mais assíncronos a depender da idade gestacional corrigida e da forma de uso (precoce ou tardio). Houve diferença também em relação à porcentagem de sono quieto e consequentemente de IS, sendo menores em bebês que fizeram uso da medicação. Conclusão: A cafeína, em suas diferentes DTA durante um tratamento, não parece ser um fator preditor à ocorrência de crises epilépticas ou ao aumento de paroxismos epileptiformes, porém parece haver maior chance desses paroxismos ocorrerem quando a introdução da medicação é feita de forma tardia. Ainda, altera a atividade de base quanto a sincronia cerebral e estrutura de sono, reduzindo o período de sono quieto, o que de certa forma deduz uma interferência do processo de amadurecimento cerebral.